domingo, 20 de fevereiro de 2011

Atividade do Mundo Celeste e as Forças da Natureza.


Estamos habituados a falar sobre evolução, mas alguma vez analisamos o que é que faz a evolução, por que não fica estagnada? Se o fizemos, devemos compreender que há forças por trás do que é invisível que causam a alteração na flora e na fauna, a mudança do clima e da topografia, que não param; e, então, vem a pergunta natural: o que ou quem são as forças ou agentes em evolução?

Naturalmente estamos bem cônscios que os cientistas dão certas explicações automáticas. Eles merecem muito crédito; realizaram muito, considerando que a ciência ainda está na infância, têm apenas cinco sentidos e instrumentos engenhosos a seu serviço. Suas deduções são maravilhosamente verdadeiras, mas isto não quer dizer que não hajam causas subjacentes que eles ainda não puderam perceber, mas que transmitem maior compreensão do assunto do que pode ser conseguido pela simples explanação automática. Um exemplo pode elucidar este ponto.

Dois homens estão conversando, quando, subitamente, um derruba o outro com um soco. Aqui temos uma ocorrência, um fato, e podemos explicá-lo em uma maneira automática dizendo: "Vi um homem contrair os músculos de seu braço, dar um soco no outro e derrubá-lo". É uma visão verdadeira, sem dúvida, mas o cientista oculto veria também o pensamento de raiva que inspirou o golpe, e daria uma versão mais completa se dissesse que o homem foi derrubado por um pensamento; porque o punho fechado não foi senão um instrumento irresponsável de agressão. Na falta da força propulsora do pensamento de raiva, a mão teria permanecido inerte e o golpe nunca teria sido desfechado.

Assim, a ciência oculta atribui todas as causas à Região do Pensamento Concreto, e diz como elas são geradas lá pelos espíritos humanos e super-humanos.

Lembrando que os arquétipos criadores de todas as coisas que vemos no mundo visível estão no Mundo do Pensamento, que é o reino do tom, estamos preparados para compreender que as forças arquetípicas estão constantemente trabalhando sobre estes arquétipos que, então, emitem um certo tom ou, aonde um número delas reunirem-se para criar uma espécie de formas animal, vegetal ou humana, os diferentes sons se misturam em um grande acorde. Este único tom ou acorde, conforme for o caso, é então a nota-chave da forma assim criada e, enquanto ele soar, a forma ou a espécie resistem; quando ele cessar, a única forma morre ou a espécie extingue-se.

Uma confusão de sons não é música, da mesma forma que palavras agrupadas ao mesmo tempo e a esmo não formam uma frase. Mas o som ordenado ritmicamente é o construtor de tudo o que é, como diz João nos primeiros versículos de seu Evangelho, "No princípio era o Verbo... e nada do que foi feito, foi feito sem ele"; e também "o Verbo se fez carne".

Assim, vemos que o som é o criador e o sustentador de toda a forma, e, no Segundo Céu, o Ego torna-se um com as Forças da Natureza. Com elas ele trabalha sobre os arquétipos da terra e do mar, da flora e da fauna, para realizar as mudanças que, gradualmente, alteram a aparência e condições da terra e assim proporcionam um novo ambiente feito por si mesmo, no qual ele, o Ego, possa colher novas experiências.

O Ego é dirigido neste trabalho por grandes Mestres pertencentes às Hierarquias Criadoras, que são chamados Anjos, Arcanjos e outros nomes, sendo todos ministros de Deus. Eles instruem-no, conscienciosamente, na divina arte da criação, tanto no que se refere ao mundo como aos objetos que estão nele. Eles ensinam-lhe como construir uma forma para si próprio, dando-lhe como auxiliares os chamados "Espíritos da Natureza", e, assim, o homem está cumprindo seu aprendizado para tornar-se um criador, cada vez que ele for ao Segundo Céu. Lá ele constrói o arquétipo da forma que, mais tarde, ele exterioriza no nascimento.

Há quatro éteres chamados éter químico, éter de vida, éter de luz e éter refletor. As forças trabalham ao longo dos polos positivo e negativo dos diversos éteres. Os Egos no Mundo Celeste são parte dessas forças, e, assim, as próprias pessoas que chamamos mortos, são os que constróem nossos corpos e ajudam-nos a viver. Podemos observar também que ninguém pode ter um corpo denso melhor do que o que possa construir. Se alguém comete um erro em seu trabalho no Mundo Celeste, ele vai notar isso quando for usar esse corpo defeituoso na terra e, com isso, aprende a corrigir o erro na próxima vez que tiver que construir um arquétipo.

Todos os habitantes do Mundo Celeste trabalham sobre os modelos da terra, os quais estão todos na Região do Pensamento Concreto. Eles alteram as características físicas da terra e ocasionam as mudanças graduais que modificam sua aparência para que, à cada volta para a vida física, tenha sido preparado um ambiente diferente, onde possam ganhar novas experiências. Clima, flora e fauna são alterados pelo homem, sob o comando de Seres superiores.

Assim, o mundo justamente é o que nos mesmos, individual e coletivamente, fizemos e será o que fizermos dele. O cientista oculto vê em tudo o que acontece uma causa de natureza espiritual manifestando-se sem omitir a predominância e o alarmante aumento da freqüência dos abalos sísmicos, que acompanham o pensamento materialista da ciência moderna.

É verdade que causas puramente físicas podem ocasionar tais distúrbios, mas é esta a última palavra sobre o assunto? Podemos ter sempre uma explicação completa, registrando somente o que aparece na superfície? Certamente não! O ocultista diz que se não fosse pelo materialismo, os abalos sísmicos não teriam ocorrido.

O trabalho do homem no Mundo Celeste não está limitado, unicamente, à alteração da superfície da terra, que deverá ser o cenário de suas lutas futuras para subjugar o Mundo Físico. Ele está ativamente ocupado em aprender como construir um corpo que permita melhores condições de expressão. É destino do homem tornar-se uma inteligência Criadora e ele está cumprindo seu aprendizado todo o tempo. Durante sua vida celeste ele está aprendendo a construir toda espécie de corpos / incluindo o humano.

Assim, vemos que o homem aprende a construir seus veículos no Mundo Celeste e a usá-los no Mundo Físico. A natureza proporciona todas as fazes de experiências, de modo tão maravilhoso e com tão profunda sabedoria que, à medida que aprendemos a penetrar mais e mais fundo em seus segredos, ficamos cada vez mais conscientes de nossa própria insignificância, e sentimos uma crescente veneração por Deus, cujo símbolo visível é a Natureza.Max Heindel.

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