contos sol e lua

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Degraus (Hermann Hesse).

Assim como as flores murcham e a juventude cede à velhice, também os degraus da Vida, a sabedoria e a virtude, a seu tempo, florescem e não duram eternamente. A cada apelo da vida deve o coração estar pronto a despedir-se e a começar de novo, para, com coragem e sem lágrimas se dar a outras novas ligações. Em todo o começo reside um encanto que nos protege e ajuda a viver Serenos transponhamos o espaço após espaço, não nos prendendo a nenhum elo, a um lar; sermos corrente ou parada não quer o espírito do mundo. Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos. Apenas nos habituamos a um círculo de vida, íntimos, ameaça-nos o torpor; só aquele que está pronto a partir e parte se furtará à paralisia dos hábitos. Talvez também a hora da morte nos lance, jovens, para novos espaços, o apelo da Vida nunca tem fim... Vamos, Coração, despede-te e cura-te!

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