quarta-feira, 20 de maio de 2015

Anjo sem asas.

Sou anjo caído na estrada Ajoelhado, com as asas quebradas Nos olhos a amargura da solidão Uma flecha pontiaguda atravessou o meu coração! Meus dias estão incertos Eu danifiquei a máscara Meu rosto está descoberto Como voltar para casa? Eu sou um vento frio! Um pote vazio Chuva gelada Caminhos tortuosos na estrada Quem passa não me vê E quem me vê só quer me esquecer Eu sou predestinado à solidão Guardo os meus segredos no coração Eu sou a canção que ninguém cantou Restos do amor que se acabou Eu sou a lágrima do humilhado Um espírito cansado Eu sou como a porta do cemitério Todos os que entram nela, temem ir para o inferno Eu sou o mistério que lhe tira o sono Sou a angústia do abandono! Anjo que não consegue e não quer voar Sem as asas onde estão os motivos para sonhar? A noite cai e as estrelas sumiram do céu, escureceu! Esqueceram de mim e este destino é só meu! janete sales.

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