sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O LOBISOMEM.


Dentre todos os mitos que misturam aspectos anatômicos humanos e animais no mesmo personagem , certamente os “lobisomens” são os que mais “povoam” as profundezas da imaginação humana - são relatados em diversos países ao longo da história humana, principalmente à partir do fim da idade média. Um mito onde uma pessoa que no período de lua cheia, transforma-se numa forma de vida peluda com garras e presas semelhante à um lobo que ganhou grande impulso com produções cinematográficas nas últimas décadas, mas será que à biologia atual não está concebendo “lobisomens” com os organismos transgênicos? O que realmente pode acontecer no futuro com o uso indevido na combinação de DNA de diferentes espécies? Desde o século 10 a.C. há referência sobre esse mito por um filósofo grego chamado Heródoto ao citar o “povo dos neuros”, onde as pessoas assumiam à aparência de um lobo todos os anos por durante alguns dias. Porém, foi Petronious, autor romano da peça teatral “Satyricon” no ano 5 a.C., que combinou o fenômeno astronômico da lua cheia com à transformação de um homem em lobo, mas foi um outro autor romano – Ovídio, onde no ano 1 d.C. escreveu sobre o mito do rei Likaon, que teria desrespeitado o deus Júpiter ao lhe oferecer carne humana escondida num banquete e, então, Júpiter ao perceber à trama ficou extremamente furioso jogando uma maldição sobre Likaon transformando-o em um lobo, aí surgiu o termo “lykantropos”- aquele que vira lobo, onde esse termo também é usado posteriormente para designar uma doença, a licantropia. Em termos históricos, foi na idade média é que os lobisomens ficaram mais conhecidos e ganharam um “status” maligno na sociedade, só na França onde era chamado de “loup-garou”- entre os anos de 1520 e 1630, relataram-se 30.000 casos, talvez o mais famoso seja o caso de Pierre Bourgot, um pastor que foi julgado em 1521 por uma série de assassinatos brutais de mulheres jovens , onde o mesmo declarou que se auto-transformava em lobo. Isso só para evidenciar que no século XVI milhares de pessoas foram acusadas de bruxaria e de serem lobisomens com práticas de canibalismo foram condenadas pela à inquisição e mortas na fogueira, sendo que a grande maioria eram camponeses – isso provavelmente associado com os graves problemas sócio-econômicos e desigualdades sociais, além da pobreza e miséria as inúmeras doenças e fome salientavam ainda mais à paranóia de lobisomens. Naquela época na França, qualquer pessoa que tivesse muito pelo no corpo todo, com sombrancelhas grossas que se fundem, com as palmas das mãos muito ásperas e calejadas e com grandes olhos arregalados podia ser acusado de ser um lobisomem pela inquisição e, posteriormente condenado à morte ou à severos castigos, onde os crimes com extrema crueldade eram julgados equivocadamente como práticas de lobisomem, com foi em 1573, uma aldeia francesa nas proximidades de Dôle foi “palco de terror” das atrocidades de um grande lobo que matou e devorou parcialmente dezenas de crianças, constatou-se que o mesmo animal tinha uma enorme semelhança facial com uma pessoa chamada Gilles Garnier, sendo preso o mesmo confessou sob tortura que fizera pacto com um espírito maligno da floresta onde lhe dera um líquido que, aplicado ao corpo, transformava-o em um lobo - após o julgamento foi queimado vivo. Na região norte e nordeste brasileiro há muitas lendas envolvendo esse personagem em noites de luas cheia, marcante no folclore, inclusive com ataques à seres humanos; mas uma pequena cidade do interior do estado de São Paulo, Joanópolis , possui tradição nos relatos de lobisomens. Como curiosidade, no sertão nordestino há à lenda do Labatut, um ser de andar bípede da altura de um homem, extremamente peludo, cabelos longos, pés arredondados, mãos compridas com garras, com apenas um olho na região da testa ( ciclópico), audição apurada e presa enormes é considerado um “tipo” pior que o próprio lobisomem, de ação noturna e extremamente esfomeado atacando qualquer possível presa, inclusive o ser humano.
Doente com Hipertricose.
Além dos aspectos históricos citados, temos algumas manifestações de certas doenças que também podem ter originado o mito dos lobisomens, como a doença genética conhecida como Hipertricose, que causa um crescimento anormal e exagerado de pêlos por todo corpo de uma pessoa conferindo-lhe um aspecto animalesco e assustador. Porém, há uma outra doença chamada de Licantropia, ou seja, uma manifestação psicológica de comportamento “tipo lobisomem” , mas na realidade é uma doença mental e sob ação de drogas alucinógenas fazia seu usuário acreditar que podia mudar de forma, isso associado à vontade sádica de ingerir carne e de beber sangue , transformava essa pessoa em um monstro assassino. Provavelmente na idade média, o comportamento licantrópico atingiu grandes proporções, pois naquela época era muito comum o uso de ervas para fabricar porções relacionados com bruxaria, onde inclusive se utilizava sementes de papoula e de beladona, esta feita na forma pastosa, onde o mesmo através da pele ou da ingestão atinge à corrente sanguínea e afeta o SNC (Sistema Nervoso Central), causando sintomas como delírio, alucinações e agitação intensa; certamente muitas alucinações foram causadas pela ergotina, ou seja, uma substância originada de um fungo da mesma família do LSD que contaminava o centeio do pão. Juntando tudo isso uma pessoa normal podia ter comportamento alterado de maneira agressiva repentinamente, ou seja, uma manifestação de licantropia. Não podemos esquecer que os lobos sempre estiveram presentes na cultura humana, inclusive com uma constelação no firmamento celeste; até a origem da cidade de Roma é mitologicamente atribuída à dois irmãos que foram amamentados e criados por uma loba, mas isso na realidade seria possível? Sim, pois em 1920 na Índia, duas meninas – Camala e Amata, que foram criadas por lobos foram retiradas de uma gruta, onde comprovou-se que as mesmas sobreviveram se alimentando por carne fresca e andavam de quatro sob total influência de lobas. Será que os aspectos históricos e as doenças aqui citadas seriam realmente à explicação para à origem do mito do lobisomem? Ou será que muitas pessoas não focalizam nesse mito os mais profundos desejos comportamentais e sexuais reprimidos? Ou através do mito simplesmente não estamos mascarando nossos instintos animais? Será que à ciência, através da criação de seres transgênicos, não pode criar os atuais “lobisomens”? Seja como for aos lobos tem sobrado a fama de mal na atualidade, mas apenas são mamíferos da mesma ''família'' biológica dos cachorros, onde alguns dos quais já foram extintos pelo o homem recentemente, como o “Lobo da Tasmânia” nestes século.
Mas no Mundo das Trevas, o mito do Lobisomem, pouco tem a ver com as lendas que todos conhecemos, na verdade eles são realmente criaturas que podem assumir forma tanto de homens quanto de lobos e também formas intermediárias entre ambos, são pessoas que podem se tornar monstros grandes, peludos, com grandes garras e presas, mas isso não é tudo, ser um Garou significa muito mais. Lobisomem é basicamente um jogo de heróis, de desespero, de esperança e de uma luta perdida, contra um inimigo terrível que se torna ainda mais poderoso a cada noite que passa. Ser um Garou é ser um guerreiro que luta pela mãe Terra, ou Gaia como eles costumam dizer. Ser um Garou é viver entre dois mundos, ser parte de duas sociedades distintas e não pertencer a nenhuma delas ao mesmo tempo. Ser um Garou e confrontar diariamente a besta que vive dentro de você, a linha entre o homem e o lobo pode ser tênue, e muitas vezes a fúria incontrolada da besta pode assumir o controle, e então, os resultados podem ser catastróficos.
Este é o universo de Lobisomem: o Apocalipse, um universo onde o fim dos tempos não é apenas um futuro próximo, ele já é uma realidade. A Mãe Gaia esta morrendo a cada dia nas mãos da terrível fera enlouquecida conhecida como Wyrm, e os Garou, mesmo sabendo que é uma guerra praticamente perdida, devem protege-la.
É neste mundo que você entrará agora, assumindo a identidade de dos últimos Garou restantes no planeta. Mas nem só de coisas ruins é feita a vida dos Garou, eles possuem muitas habilidades concedidas por Gaia, que os torna seres únicos e predadores inigualáveis. São elas:
1- Múltiplas formas: como metamorfos os Garou podem assumir uma variedade de formas intermediárias entre o homem e o lobo, incluindo a temida forma de guerra conhecida como Crinos ou homem-lobo, que é a encarnação da Fúria dos Garou.
2- Regeneração: os Garou possuem uma capacidade de regenerar ferimentos fora do comum, eles podem , em poucos segundos, curar ferimentos que matariam qualquer ser humano normal. Esta capacidade de regeneração também os torna praticamente imunes a qualquer tipo de doença.
3- Fúria: a fúria é a característica da besta, e medida de quanto o garou esta próximo dela. Porém a fúria concede muitas habilidades especiais aos Garou, é ela que permite que eles mudem de forma, e que façam ações extras por turno, além de ser usada para acionar alguns dons.
4- Gnose: é a ligação do Garou com Gaia e com o mundo espiritual. É uma parte de Gaia concedida aos seus filhos que permite que eles compreendam o equilíbrio da natureza, e é através da Gnose que os Garou são capazes de percorrer atalhos.
5- Capacidade de Percorrer Atalhos: no começo dos tempos os mundos físico e espiritual eram um só, depois quando a Wyrm enlouqueceu, os mundos foram separados e entre eles foi criada uma barreira chamada Película. Os Garou por serem seres tanto físicos quanto espirituais (em função da sua Gnose) são capazes de atravessar a Película, mas pra isso eles precisam da do auxílio de uma superfície refletora (desde espelhos até um corpo de água límpida), ao vislumbrarem seu reflexo nessa superfície, eles evocam o poder de sua Gnose e são capazes de atravessar a Película e alcançar o mundo espiritual (também conhecido como Umbra).
6- Dons: a muito tempo atrás uma grande assembléia entre os Garou e os espíritos selou uma grande aliança entre ambos. Por essa aliança os Garou se comprometeram a não mais caçar os espíritos, e em troca eles concederiam aos mesmos o seu poder. Esse poder ensinado pelos espíritos aos Garou é conhecido como Dons. Existem vários tipos de dons que possibilitam aos Garou fazer muitas coisas desde reconhecer a verdade quando ela é dita até transformar-se totalmente em prata.
7- Prata: a prata não é exatamente uma dádiva mais sim uma maldição dos Garou. A prata é o único material capaz de causar feridas realmente perigosas aos Garou. Sendo assim, o simples contado com a prata já causa danos ao garou, esse dano não pode ser absorvido e leva muito tempo pra ser regenerado, e mesmo assim as cicatrizes não somem completamente da sua pele.P. A. G. Mesquita

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