contos sol e lua

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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MAAT.

Um estudo dos textos antigos da religião egípcia convencerá a qualquer um que os egípcios acreditavam em só um deus, que existia por si mesmo, imortal, invisível, eterno, onipresente, todo poderoso e inescrutável. Não é mesmo certo que ao longo dos anos desenvolveram uma série de crenças politeístas, e que as cultivavam em certos períodos de sua história, influindo nas nações que os rodiavam, e que inclusive aplicavam aos estrangeiros, e que por isso tem legado até nossos dias a idéia de que os egípcios foram um povo politeísta e idolatra.
Passando dos textos religiosos aos que contêm preceitos morais, encontramos que estes últimos jogam muita luz sobre a idéia que tinham os antigos egípcios sobre estes conceitos, e um destes é o "conceito de Maat". Maat é o conceito abstrato do bem, da ordem e da verdade dos antigos egípcios, personificado como uma mulher com uma pluma de avestruz em sua cabeça, era considerada como filha do deus criador Atum-Rá, surge com os "mitos da criação" estando associada a Thoth, ptahe Khemenu neste trabalho, seu nome significa "retidão" e enfatiza o que é correto, verdadeiro, confiável, real, genuíno, justo, inalterável e coisas por este estilo. Este papel foi estabelecido por seu predecessor divino Horus, que derrotou as forças do deus caótico Seth É a responsável pelas estações, o dia e a noite, o movimento dos astros e a chuva. Os juizes em esferas humanas e divinas foram conhecidos como representantes de Maat.
De acordo com alguns egiptólogos, seu antiquíssimo culto contou com seus próprios sacerdotes e um templo em Tebas. O culto de Maat foi difundido desde Tebas e o limite sul de Kemet até o delta do Nilo. Outro trecho que fala do sem-número de seguidores é que muitos faraós incorporam seus nomes no elemento Maat. A personificação de Maat como deusa pode-se ver no "Livro dos Mortos", onde no " Salão de duas verdades " o coração do defunto seria pesado por Anubis de encontro à pena da verdade, que era símbolo de Maat. Se o veredito fosse favorável então o defunto poderia olhar para a frente e ter uma pós-vida feliz; se não, a alma era devorada rapidamente pela Ammut híbrida.
Qualquer que seja sua descrição, seu conteúdo é o mesmo, o coração deve ser tão leve como Maat para chegar a ser "O da palavra verdadeira" ou o "justificado" e poder entrar no reino de Osíris. Esta era a culminação das metas de qualquer egípcio, uma vez que a região do inframundo estava ao alcançe do povo em geral. A idéia conceitual de Maat também pode ser descrita como uma personificação da deusa. Muitos templos egípcios tem representações de cenas de culto onde o faraó ou o sumo sacerdote, sustenta em suas mãos elevadas uma
estatuinha de Maat que representa uma divindade criadora.
Desta forma a oferenda de Maat aos deuses como parte de um ritual diário no templo, simboliza a unidade, e a harmonia dentro do cosmos. Já que sua presença difundida profundamente dentro dos templos era a personificação da ordem cósmica, da ordem social e o comportamento da humanidade, já que estes valores ditam o nível de "retitude do grupo", já que "o mal é inerente ao não existente" e por tanto estava presente desde antes da criação.
Os preceitos de Maat podem ser encontrados em vários documentos e considerados como "instruções", assim uma pessoa correta que conduz sua vida pelo caminho de Maat, será justificada na morte e existirá eternamente na "Região do mortos abençoados". Um caráter secundário de Maat é sua personificação, a qual como idéia abstrata se assemelha a idéia judeo-cristã da arca da aliança que contém os dez mandamentos.Wikepédia.

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