segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

os misterios que envolvem o Ank, a cruz do Egito. E a relação dela com o Pentagrama.


O Ankh é um símbolo que significa, entre outros, a imortalidade. É encontrado nas gravuras e hieróglifos a partir da 5ª Dinastia egípcia, principalmente nos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu. Além de obeliscos, túmulos e murais.
No túmulo de Amenhotep II, vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por Osíris, concedendo a ele o dom da imortalidade, ou o controle sobre os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas situações, é encontrado próximo a boca das figuras dos deuses, neste caso significa um Sopro de Vida. Na tumba de Tutankhamon, foi encontrado um porta-espelho na forma de Ankh, já que a palavra egípcia para espelho também é Ankh. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito.
No Ocidente, o Ankh é conhecido como Cruz Egípcia ou Cruz Ansata. Esta segunda denominação tem origem na palavra latina Ansa, que significa Asa. Além destas, o encontramos como Chave do Nilo (ou da vida), Cruz da Vida ou simplesmente Cruz Ankh.
Porém, a maioria dos conceitos ocidentais não é correto, pois os egípcios da Antigüidade desconheciam a fechadura. Portanto, não seria possível associá-lo a uma chave.
A forma do Ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.
A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço, é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.
Cultura E Simbolismo.
Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o Ankh (por sua semelhança a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.
No final do século XIX, o Ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam; além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60. É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. O Ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra. Em outras situações, está associado aos Vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade. Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente, o ciclo vital da natureza.
O Ankh se popularizou no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa. O selo desta sociedade, possuía um Ankh adaptado com dois degraus na haste inferior, simbolizando os Degraus da Iniciação, ou a chave que abre todas as portas. Numa outra interpretação, representa o laço da sandália do peregrino, ou seja, aquele que quer caminhar, aprender e evoluir.
Na cultura pop, ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e a subcultura gótica através do filme The Hunger - Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catarine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena em que a dupla, usando Ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi is Dead, do Bauhaus. Assim, elementos como a figura do vampiro, o Ankh e a banda Bauhaus, podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a subcultura gótica. Possivelmente através deste filme, o Ankh foi inserido na subcultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral.
Desse modo, vemos que o Ankh não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associado há várias culturas diferentes. Mesmo assim, lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem sua origem e significados reais; associando este símbolo, erroneamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.
Pentagrama.
A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.
Origens e difusões.
Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas. Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios
Os Templários, uma ordem de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda é possível perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas Templárias em Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas. No entanto, Os Templários foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas, onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia. Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo a Renascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora, significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de 1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura Universal.
A cruz com alça, conhecida como ankh ou cruz ansata, é uma das figuras ou simbolos mais importantes encontrados nos templos do Egito Antigo. Ela aparece gravada nas colunas dos templos de Karnak, Edfu e em outros lugares. Pode-se vê-la também gravada ou pintada em murais no templo de Luxor, no templo de Hatshepsut, Medinet Habus e outros, bem como em obelisco e nas paredes de túmulos. Cenas vividas pintadas em pardes de templos ou túmulos muitas vezes representam um deus estendendo o ankh ao faraó. Um exemplo disso está no túmulo de Amenhotep II onde vemos o ankh sendo-lhe entrgue por Osiris.
Em lugar da parte vertical superior, acima dos braços da cruz, em geral associada ao cristianismo, esse dethe da cruz egipcia é ovalado, ou tem forma de uma alça. Para os egipcio antigos isto significava vida e o simbolo, na verdade, é conhecido como a chave da vida. Os historiadores têm dedicado muito pouco espaço em seus trabalhos á importância do ankh. Quando vemos o ankh numa coluna de templo ou num obelisco, e ele não está sendo entregue por um deus, a cruz ansata é quase sempre associada a outra figura ou simbolo egipcio muito conhecido, que se encontra ao lado do ankh. Esta tem o mesmo tamanho do ankh e embora a parte inferior tenha a mesma largura, ela termina numa ponta na parte superior.Wikepédia,

Um comentário:

O Garoto do Blog. disse...

eu sou meio novo com blogs me fala como eu te mando o código do banner
que eu te mandarei com muito praser
beijin