quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O que acontece após a morte?
Ao morrer, a criatura humana que se encontrava preparada para esse evento cósmico ficará circunscrita à egregora à qual aderiu em vida terrestre.
Uma clara exposição desta questão o que acontece após a morte? , embora simplificada e reduzida a termos de compreensão humana, se torna necessária porque esta é a pergunta que os seres humanos se fazem desde que a evolução da consciência lhes permitiu questionar e raciocinar, sendo, também, o mistério principal que as religiões se propõem a clarificar, cada qual consubstanciando sua versão com dogmas, mitos e alegorias próprios, quase todos envolvendo tentativas de explicação da natureza da Divindade por meios mágicos, simbólicos, secretos, velados ou no mínimo de difícil compreensão para o comum dos mortais. Todas as correntes religiosas que tentam compreender Deus em sua essência parecem, contudo, concordar em um ponto: a natureza Trina e ao mesmo tempo Una da Divindade.
Por mais céptico e materialista que um homem seja, lá no fundo da sua consciência reside a certeza de que “não seria justo” tudo acabar com a morte, ou seja, o homem não se conforma em perder, dentro da Criação, aquilo que ele mesmo define como sendo a sua identidade. Na realidade, salvo a exceção dos nihilistas convictos, o homem espera após a morte continuar existindo, em forma incorpórea e invisível aos olhos dos mortais, porém mantendo sua personalidade (que ele julga ser sua identidade), sua sensação de autopercepção e seu aparente domínio sobre algumas coisas. Certas correntes de pensamento voltadas para essa visão querem fazer acreditar que uma personalidade desencarnada adquire “superpoderes”, pelo simples fato de já não estar presa a um corpo físico, como dons de cura, de previsão do futuro, capacidade de influir nos acontecimentos e outros prodígios. Ora, como poderia alguém vir a ser o que não era e passar a exercer um poder que antes não tinha, pelo simples fato de já não ter corpo, por ter morrido?
Infelizmente essas crenças tão primitivas encontram respaldo em grande parte da Humanidade e disso se valem pessoas inescrupulosas para explorar o próximo, cobrando para propiciar uma "ponte" entre o Além e aqueles que perderam entes queridos, sem a presença física dos quais julgam não poder viver, tal o apego que a eles desenvolveram, considerandoos, subjetivamente, extensões do seu próprio ego. Jesus disse: “Deixai os mortos em paz”. Isto porque quando um ser humano morre fisicamente, aquela personalidade que o caracterizava na Terra como "Fulano de Tal " deixa de existir ativamente (personaliticamente) e não mais pode se expressar no plano terreno, passando a existir passivamente, como memória de uma experiência de vida (e não mais como maneira de ser), não devendo, portanto, ser invocada. A individualidade que sobrevive à morte do corpo físico, como já foi explicado, nada tem a ver com personalidade. Por isso Jesus disse: “Um homem só morre uma vez”.
Quando a morte do corpo físico ocorre, duas coisas podem ter acontecido, não mais que duas: ou aquela pessoa que morreu estava preparada para a morte, ou não estava. Aquele que estava preparado, por acontecimentos iniciáticos compreendidos, por estudos metafísicos ou por alguma doutrina (religiosa ou não), toma determinado rumo no contexto cósmico. Aquele que não estava preparado e foi surpreendido pela morte segue outro caminho. Assim, vemos que a morte não é igual para todos em termos de destinação da identidade que a ela sobrevive.
Ao morrer, a criatura humana que se encontrava preparada para esse evento cósmico ficará circunscrita à egregora à qual aderiu em vida terrestre: o cristão irá para a Vida Eterna (no Paraíso Celeste, ou passando pelo Purgatório, ou descerá ao Inferno); o budista reencarnará ou escapará da “roda da encarnação” e entrará no Nirvana (Vida Eterna); e assim por diante com relação a outras religiões; o ateu convicto, que estava preparado para morrer deixando de existir, terá sua convicção realizada, dissolvendo-se no Nada; os voltados para as Forças das Trevas e que com elas pactuaram conscientemente durante suas vidas terrestres, estando preparados para morrer irão se juntar a elas. Vemos, por aí, que o livre arbítrio dado por Deus ao Homem é exercido in totum, consubstanciando-se in articulo mortis.
Os que não estavam preparados para deixar de existir fisicamente quedam como que atordoados, com sua identidade cósmica em estado letárgico, uma perigosa condição, na qual ficam ao sabor de variadas forças, podendo inclusive ser manobrados pelos demônios, como se fossem bonecos destituídos de vontade própria. Isso acontece por dois motivos: primeiro, porque não estavam preparados para morrer, pelo evidente fato de que viviam tão apegados ao mundo material, às suas ilusões e falsos objetivos que sequer consideravam seriamente a possibilidade de virem a morrer; segundo, porque não tendo exercido em vida, conscientemente, uma vontade espiritual voltada para a libertação da matéria, a ela quedaram presos mesmo após a morte, ficando sob a influência direta do diabo, que é o rei do mundo material. Nessa categoria se enquadram, também, os que se julgavam preparados mas na verdade não o estavam, porque os seus propósitos não eram sinceros.
A existência incorpórea post mortem, por ser despersonalizada, embora com identidade própria, não compreende uma interação “social” entre segmentos de alma, ou seja: os mortos não convivem uns com os outros. Cada um tem sua identidade própria e se encontra agrupado em sua família cósmica segundo a egregora à qual aderiu em vida, mas não se relaciona em termos de convivência terrestre (o que existe é uma interação, uma harmonização egregorial). Não há, pois, “convívio social” entre os mortos tal como entendemos esse convívio no plano terrestre, pelo simples fato de que não há o que ser dito de um para outro; não há experiências pessoais a serem comentadas ou intercambiadas, nem troca de energia, nem interesses de egos a se confrontarem, porque já não há personalidades ativas, mas, sim, memórias que pertencem ao Registro Cósmico Geral, (Arquivo Acásico)como uma experiência da Divindade vivida em sua Obra.
De onde estão, os mortos não podem ver os vivos, da mesma forma que os vivos não podem ver os mortos. Entretanto, uma comunicação entre mortos e vivos é possível, através da harmonização entre um vivo e um morto. Contudo, aquele que morreu apresenta-se na mente daquele que está vivo não como uma personalidade rediviva mas, sim, como uma autoconsciência identificada, que não mais tem nome, sexo ou características humanas. Trata-se de uma comunicação entre dois seres individuais, cada qual situado em uma esfera de compreensão com características próprias de manifestação, incompreensíveis uma para a outra, e que, por isso, não podem ser descritas: o morto não mais compreende o que seja a vida no corpo físico, embora tenha vindo de um plano material; o vivo não pode compreender o que seja a existência imaterial, embora possa um dia ter vindo dela.
Aqueles mortos que em sua peregrinação terrestre levaram vida santa ascendem a um nível de existência onde podem exercer o poder de intercessão pelos vivos junto a Deus. E é certo que Deus os atende (*), pois que não pedem em causa própria. E porque atendendo a estes, que se santificaram e já não estão na matéria, nutre a fé dos que a eles recorrem, e Deus quer que a fé se dissemine, para a salvação espiritual do Homem dentro do processo da Criação como um todo. Porque isto propicia a evolução, que é exatamente o combustível que dá movimento à Obra Divina, mantendo-a em estado de Existência, em contraposição ao Nada. O diabo não quer a evolução das espécies em termos de elevação de nível de compreensão, pois seu objetivo principal é a sabotagem da Criação, com a contração final e irreversível do Cosmos, o que não ocorrerá.
Vale aqui esclarecer que quando pessoas afirmam estar “tomadas” por espíritos de mortos, e se propõem a dar consultas perscrutando o passado e fazendo previsões sobre o futuro, dando palpites sobre o que uma pessoa deve fazer ou deixar de fazer, influindo na tomada de decisões e operando certos prodígios prestidigitatórios, na realidade essa pessoa está sendo usada pelos demônios, que agem da seguinte maneira: retiram memórias ligadas a um morto da parte posterior da cabeça de um vivo, onde ficam alojadas, e transpõem essas imagens para a frente, dando a ilusão de que se trata de um fato real, uma visão psíquica, uma assunção de personalidade, ou algo que o valha. Fica claro, então, que quem pensa estar consultando os mortos na verdade está consultando os demônios.
A orientação (espiritual) que tenha de ser dada a um vivo é propiciada pelo Espírito Santo, que é o Mestre Interior de cada ser humano. A orientação para propósitos materiais só pode ser dada a um vivo por outro vivente, mais experiente. A obtenção de benesses materiais tais como maior conforto, mais dinheiro para gastar em propósitos consumistas, obtenção de poder sobre pessoas, satisfação de desejos da carne, de vaidades e de todo e qualquer propósito egoísta ou é obtida por ação humana concentrada sobre determinado objetivo, através do exercício da vontade, ou com a ajuda do demônio, mediante pacto, como ocorre no caso das bruxas.
Após a morte, cada qual segue o caminho que escolheu em vida, porque a morte não é uma consumação final e sim, apenas uma transição para outro plano de compreensão, em que há vários níveis. Por isso os Rosacruzes a chamam de Grande Iniciação. A comunicação real entre vivos e mortos é permitida pelas Leis Cósmicas unicamente para que os vivos tenham prova concreta da existência de outros planos, invisíveis ao olho humano, mas que existem concretamente, tal como existem as ondas de rádio e televisão, que os seres humanos não são capazes de enxergar. É permitida, também, para amenizar a dor da ausência de um ser a cujo convívio se estava habituado. Essas comunicações, contudo, são muito raras não constituindo de forma alguma um fenômeno generalizado.
Resumindo: após a morte do corpo físico o ser humano continua a existir como entidade individual, dotada de consciência, autopercepção e identidade cósmica, porém despersonalizada, se se preparou para isso, podendo reencarnar ou não. Aquele que não se preparou, queda em estado letárgico e ao sabor dos desígnios de diversas forças. E, finalmente, aquele que se preparou para a não-existência post mortem nela ingressa, como quis por sua própria convicção, dissolvendo-se no Nada para todo o sempre.
As Leis Cósmicas permitem que cada ser humano escolha livremente a opção que mais lhe aprouver. E é precisamente esta particularidade que diferencia o Homem dos animais. Estes, quando morrem, também perdem suas personalidades, mas mantém suas identidades, como o Homem. A identidade cósmica de um animal, porém, é constituída pela maneira através da qual ele concebeu qualquer manifestação terrestre de Deus que lhe seja superior, qual seja o Homem, um trovão, o dia, a noite, e por algum sentimento que possa externar, por ato, olhar ou emissão de som.
Ao deixar o corpo físico, a alma do animal segue para a egregora da sua espécie, na qual permanece até o cumprimento de determinado ciclo, quando reencarna para fins evolutivos, dentro do processo da Criação, que se dá por expansão de oitavas e abarca todos os detalhes, nuances e refrações da Vida, dos mais insignificantes vírus às maiores constelações, nos sistemas atômicos e nos sistemas planetários, visíveis e invisíveis, já criados e ainda latentes, existentes ou que já existiram.
No chamado Universo Visível, composto por sistemas planetários, uns mais evoluídos que os outros os quais também nascem, vivem e morrem, passando a existir imaterialmente (em outros Universos, de outros planos), existem cerca de oito milhões de diferentes formas de vida. O Homem é apenas uma delas e todas foram feitas à imagem de Deus.Wikepédia.
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