contos sol e lua

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sutra de Lótus.A estratégia.


“Estratégia”, no sentido original da palavra, refere-se a uma série de táticas militares ou marciais. Porém, considerada mais amplamente, denota um método empregado para obter melhores resultados em qualquer área; ou seja, para conduzir uma vida de vitórias e de criação de valor.
A “estratégia do Sutra de Lótus” corresponde à fé no Gohonzon; à fé que combate a ignorância e a ilusão, que transforma o carma negativo em positivo e que triunfa sem falta por meio da oração convicta, da sabedoria e da coragem ilimitadas — todas derivadas dessa oração.
Seja qual for a circunstância, quando nos baseamos na Lei Mística, a Lei suprema do Universo, jamais nos veremos num beco sem saída. O poder inigualável do Nam-myoho-rengue--kyo nos permite transcender todos os obstáculos ou impedimentos que se interponham em nosso caminho para a consecução do estado de Buda.
Daishonin cita a seguinte passagem do 23º capítulo do Sutra de Lótus, “Os Feitos do Bodhisattva Rei dos Remédios”: “Todos os que guardam rancor ou animosidade serão, da mesma forma, eliminados”.42 Estas palavras exemplificam a imensa boa sorte que provém da prática do Sutra de Lótus e do ato de propagá-lo. Ser capaz de vencer todos os obstáculos e funções negativas por meio da fé na Lei Mística é o poder que nos brinda a “estratégia do Sutra de Lótus”.
Por essa razão, Daishonin diz que “a estratégia e o domínio da esgrima” que possibilitaram Shijo Kingo a sair ileso e vitorioso desse confronto com os inimigos, na realidade, derivam da “estratégia do Sutra de Lótus” ou da Lei Mística.
A base de nossas atividades, de nossos esforços e desafios — para manter a saúde, ter uma vida realizada, comprovar a vitória e conquistar a confiança na sociedade — é a estratégia do Sutra de Lótus, em outras palavras, a forte fé.
No final da carta, Nitiren Daishonin declara a Shijo Kingo: “Tenha uma forte fé. Um covarde é incapaz de obter resposta de suas orações”.
"A covardia nos fecha os olhos”, declarou com sagacidade Ralph Waldo Emerson (1803-1882), uma das figuras ilustres da Renascença norte-americana. O medo nos impede de perceber a verdade, não nos deixa enxergar os fatos como realmente são. Faz com que uma dificuldade insignificante pareça um obstáculo enorme e com que a porta para uma solução pareça um muro espesso ante nossos olhos. Portanto, é fundamental munirmo-nos de coragem.
Emerson disse algo muito interessante: “É obvio que não existe uma entidade separada chamada ‘coragem’, não há célula do cérebro nem vaso sanguíneo que contenha gotas ou átomos que nos concedam essa virtude. No entanto, a valentia é o direito ou o estado saudável de qualquer ser humano, que o torna livre para fazer aquilo que lhe corresponde por sua constituição ou natureza. A coragem é uma força direta, é a execução instantânea do que se deve fazer”. Do ponto de vista do budismo, coragem indica o espírito mais forte e firme que existe, derivado da nossa natureza de Buda inerente. Poderíamos dizer que esse “estado saudável” se aplica à energia combatente de vencer a própria escuridão intrínseca e revelar num instante nossa natureza iluminada do Darma.
Para nós, coragem significa desafiar as questões reais e cotidianas no local em que nos encontramos, com a convicção de que somos manifestações da Lei Mística. Essa é a forma de aplicar a estratégia do Sutra de Lótus e de edificar uma história indestrutível de glória e de triunfo.
Quando jovem, trabalhei com meu mestre Toda e, juntos, travamos árduas batalhas. Sempre que me encontrava num impasse, recitava Daimoku para achar uma solução. Orava e, revigorado, voltava a desafiar. Decidido a conquistar vitórias para meu mestre e pelo Kossen-rufu, cada dia me lançava destemidamente a enfrentar os obstáculos. Com essa atitude, no fim, triunfei sobre todas as adversidades.
"Por meu mestre!”, “Pelo Kossen-rufu!” — quando os jovens atuam com a firme determinação de corresponder ao mestre e contribuir para o Kossen-rufu, podem manifestar livremente todo o seu potencial. Digo por experiência própria, que esta é a “estratégia do Sutra de Lotus”.
Para realizar o sonho de meu mestre, empenhei-me na linha de frente de difíceis batalhas e, como resultado, compreendi o significado da fé capaz de gerar vitórias absolutas. Durante onze anos que servi ao meu mestre, comprovei vitórias inequívocas com base na “estratégia do Sutra de Lótus”. E isso proporcionou grande alegria ao Sr. Toda.
Chegou a hora de confiar a meus genuínos discípulos esta filosofia prática para a vitória infalível.
Tal como nos perguntou o mestre Toda há cinquenta e cinco anos, hoje apelo a todos os jovens, meus verdadeiros sucessores: “Meus jovens amigos, de que forma realizarão o Kossen-rufu? Quais são os desafios que têm diante de vocês? Onde lutarão e como triunfarão?”F.P.Wikepédia.

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