segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Deusa do Amor e da Fertilidade.Freya.


Os europeus do norte chamaram sua Deusa sensual de Fréya, que significa "concubina" e deram seu nome para o sexto dia da semana, a Sexta-feira, ou "Friday". Ela era a regente ancestral dos deuses mais velhos, ou Vanir e irmã de Fricka.
Fréya era a mais bela e querida entre todas as Deusas, que na Alemanha era identificada com Frigga. Ela nasceu em Vaneheim, também era conhecida como Vana, a Deusa dos Vanes, ou como Vanebride.
Quando Fréya chegou a Asgard, os Deuses caíram apaixonados por sua beleza e elegância que lhe concederam o reino de Folkvang e o Grande Palácio de Sessrymnir, onde a Deusa podia acomodar todos os seus admiradores e os espíritos dos guerreiros mortos nas batalhas.
Fréya era filha de Njörd (Deus do Mar) e da giganta Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas). Tinha como irmão Freyr, que era o deus da paz e da prosperidade. Pertencia a raça dos Vanes.
Fréya e Frigga são consideradas dois aspectos da Grande Deusa.
Fréya é o aspecto donzela e Frigga o aspecto materno.
UNIÕES DE FRÉYA.
Fréya por ser tão bonita, despertou o amor de Deuses, Gigantes e Gnomos e todos tiveram a sua vez, para tentar obtê-la como esposa. Porém, Fréya desdenhou os feios Gigantes, e inclusive rechaçou a Thrym quando Loki e Thor a obrigaram a aceitá-lo como marido. Entretanto, não era tão inflexível quando tratava-se dos Deuses, pois como personificação da Terra, desposou: Odin (o Céu), Freyr (o irmão que representa a chuva fertilizante), Odur (a luz do Sol), entre outros.
Teve muitos maridos e amantes, que aparentemente mereceu as acusações de Loki de ser muito volúvel, pois havia amado e casado com muitos Deuses.
COLAR MÁGICO E O MANTO.
Como Deusa da Beleza, Fréya, igual a todas as mulheres, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar. Quando a Deusa o viu pela primeira vez, decidiu que deveria ser seu, mas os gnomos não o queriam vender. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem hesitar, Freya concordou e tornou-se proprietária de Brinsingamen (colar), um poderoso equilíbrio da Serpente Midgard e um símbolo de fertilidade. Tais atributos correspondem à Lua Cheia.
O colar mágico que Freya usava foi obra dos artesões conhecidos como Brisings: Allfrigg, Dvalin, Berling e Grerr.
A inveja e a cobiça de Odin por tal jóia e pelo meio através do qual Fréya a obteve o levou a ordenar ao deus gigante Loki que roubasse o colar. Para recuperá-lo, Fréya deveria concordar com uma obscura ordem de Odin: deveria incitar a guerra entre reis e grandes exércitos para depois reencarnar os guerreiros mortos para que lutassem novamente.
Fréya também era orgulhosa proprietária de um manto de plumas de falcão. Quando Fréya aparecia envolta em seu manto de plumas de falcão e não usando nada a não ser seu colar mágico de âmbar, ninguém podia resistir a ela. O manto de penas, lhe permitia voar entre os mundos. Já o colar mágico da Deusa, tinha o dom de fazer desaparecer os sentimentos dolorosos. Este colar se rompeu uma vez, segundo uma lenda, por ira da Deusa ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.
RAINHA DAS VALQUÍRIAS.
Com o nome de Valfreya comandava as Valquírias nos campos de batalha, reclamando para si, metade dos heróis mortos. Era representada portando escudo e lança, estando somente a metade inferior de seu corpo vestida com o atavio solto habitual das mulheres.
Fréya transportava os mortos eleitos até Folkvang, onde eram devidamente agasalhados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas puras e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus amantes e esposos depois da morte.
Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados.
Muito embora, Fréya seja regente da morte, Rainha das Valquírias, as condutoras das almas dos mortos em combate, ela não era uma Deusa atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor e da sexualidade, embelezando e enriquecendo a vida. Ela era ainda, a única que cultivava as maçãs douradas de que se alimentavam os deuses lhes conferindo a graça da juventude eterna.
Como acreditava-se que Fréya escutava a oração dos apaixonados, esses sempre a invocavam e era costume compor canções de amor em sua honra, as quais eram cantadas em ocasiões festivas. Na Alemanha, seu nome era usado com o significado do verbo "cortejar".
Este aspecto da Deusa, também conhecida como líder das Valquírias, a conecta à Lua Nova.
DEUSA-XAMÃ.
É considerada ainda, a Deusa da magia e da adivinhação. Ela era quem iniciava os deuses na arte da magia.
A magia de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou manto de pele de falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para qualquer dos mundos e retornasse com profecias. A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia.
Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens astrais como necessárias para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre os nórdicos, esta habilidade presenteada por Freya, era chamada Seidhr.
ENCANTAMENTO SEIDHR.
Seidhr era uma forma mística de magia, transe e adivinhação primariamente feminina. Apesar da tradição rezar que as runas teriam se originado de Freya, e que fossem utilizadas por suas sacerdotisas, a maior parte de Seidhr envolvia a prática de transmutação, viagem do corpo astral através dos Nove Mundos, magia sexual, cura, maldição e outras técnicas. Suas praticantes chamadas Volvas ou às vezes Seidkona, eram sacerdotisas de Freya. Enquanto uma volva entrava em transe, outras sacerdotisas entoavam canções especiais, chamadas "galdr". Era o uso do canto conjugado com a repetição de poesias que era criado o estado alterado de consciência.
As volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas pelo povo sobre todos os tipos de problemas.
As Volvas moviam-se livremente de um clã ao outro. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem muitos amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais.
As mulheres pareciam ser as únicas praticantes do Seidhr de Freya, pois esse era um ritual-erótico reservado as mulheres. Isso implica que esse prática datasse provavelmente de época anterior à formação dos dogmas paternalistas e, portanto, sem dúvida, de antes da androcratização dos mitos.
Entretanto, existem vestígios em poemas e prosas de que Seidhr fosse também praticado por homens vestidos com roupas de mulheres. Odin, por exemplo, é a única deidade masculina listada nos mitos a ter praticado este tipo de magia, como iniciado de Freya. Vestir-se com roupas de sexo oposto é uma tradição realmente antiga que tem suas raízes na crença de que um homem deve espiritualmente transformar-se em uma mulher para servir a Deusa.
FRÉYA E ODUR.
Fréya, como personificação da Terra, casou-se com Odur, o símbolo do Sol de verão, a quem ela amava muito e com o qual teve duas filhas: Hnoss e Gersimi. Essas donzelas eram tão formosas que todas as coisas belas eram batizadas com seus nomes.
Enquanto Odur permaneceu ao seu lado, Fréya sempre estava sorridente e era completamente feliz. Porém, cansado da vida sedentária, Odur abandonou seu lar subitamente e se dedicou a vagar pelo mundo. Fréya, triste e abandonada, chorou copiosamente e suas lágrimas caiam sobre as pedras abrandando-as. Se dizia inclusive, que chegaram a introduzir-se no centro das pedras, onde se transformavam em ouro. Outras lágrimas cairam no mar e foram transformadas em âmbar.
Cansada da sua condição de viúva de marido vivo e desejosa de ter Odur novemente em seus braços, Fréya resolveu empreender finalmente sua busca, atravessando terras, ficou conhecida por diferentes nome como Mardel ("Luz sobre o Mar"), Horn ("Mulher linho"), Gefn ("A Generosa"), Syr ("A Porca"), Skialf e Thrung, interrogando a todos que se encontravam a um passo, sobre o paradeiro de seu marido e derramando tantas lágrimas que em toda a parte o ouro era visto sobre a Terra.
Muito longe, ao sul, Fréya encontrou finalmente Odur, debaixo de uma florescente laranjeira, árvore prometida aos apaixonados.
De mãos dadas, Odur e Fréya empreenderam o caminho de volta para casa e à luz de tanta felicidade, as ervas cresceram verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza era simpatizante com a alegria de Fréya como se afligia quando se encontrava triste.
As mais belas plantas e flores do Norte eram chamadas de cabelos de Fréya, as gotas de orvalho de olho de Fréya. Também dizia-se que a Deusa tinha um afeto especial pelas fadas, gostava de observá-las quando dançavam à luz da Lua e para elas reservava as mais delicadas flores e o mais doce dos mel.
Odur, o marido de Fréya, era considerado a personificação do Sol e também um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo, declarava que não era de estranhar que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele,
Esta Deusa era também, protetora do matrimônio e dos recém-nascidos.
DEUSA DA FERTILIDADE E DOS GATOS.
Fréya, Deusa da Fertilidade, da Guerra e da Riqueza, viveu em Folkvang (campo de batalha) e possuía a habilidade de voar, o que fazia com uma charrete puxada por dois gatos brancos: Bygul (cabeça de ouro) e Trjegul (árvore do âmbar dourado). Após servirem a Deusa por 7 anos, eles foram recompensados sendo transformados em bruxas, disfarçadas em gatos pretos.
Os gatos eram os animais favoritos da Deusa Fréya,considerados símbolos de carinho e sensualidade, ou da personificação da fertilidade.
Freya é portanto, uma Deusa associada aos gatos, tal qual a egípcia Bast e à grega Àrtemis Além disso, tinha poderes de se transmutar e era a Sábia que inspirou toda a poesia sagrada. Mulheres sábias, videntes, senhoras das runas e curandeiras estavam intimamente conectadas com Freya, pois só ela era a Deusa da magia, bruxaria e dos assuntos amorosos.
Algumas vezes, foi representada conduzindo junto com o irmão Freyr uma carruagem conduzida por uma javali de cerdas de ouro, espalhando, com suas mãos pródigas, frutas e flores para alegrar os corações da humanidade.
A DEUSA-JAVALI.
Como Deusa da Batalha, Fréya montava um javali chamado de Hildisvín. O sobrenome de Fréya era "Syr", que significa "porca".
O javali tem associações especiais dentro da mitologia nórdica. Como Deusa-Javali, ou Deusa-Porca Fréya está associada entre os nórdicos como entre os germanos e os celtas, a práticas sexuais proibidas (em particular o incesto entre irmão e irmã, representado pelo par Freyr-Fréya), muitas vezes ligadas às celebrações da primavera e da renovação: durante essa cerimônia realizava-se o acasalamento ritual de um sacerdote com uma sacerdotisa, considerados como o Senhor Freyr e a Senhora Fréya. Esse rito sexual, do qual existia uma equivalência entre os celtas, sobreviveu, principalmente na Inglaterra, na forma, muito atenuada, de coroar um rei e uma rainha de Mai (a tradição dos mais, dos trimazos ou da árvore de mai, corrente na França ainda há não muito tempo, teve origem semelhante).
O javali era também o animal sagrado de Freyr, o Deus fálico da Fertilidade e era sacrificado à ele como oferenda no ano novo, de modo a garantir prosperidade nos doze meses seguintes. Daí surgiu o costume, que chegou até nossos dias, de comermos carne de porco na virada do ano.
O costume da cabeça de javali ou porco na mesa de Natal, com uma maçã à boca, também remonta diretamente aos ritos consagrados a Freyr. Sacrificava-se a ele um porco ou javali por ocasião do "Feöblot" ("sacrifício a Freyr"), que se realizava durante o "Jul" (ciclo de doze dias no solstício de inverno), porque o Deus tinha como atributo um javali de cerdas de ouro, chamado Gullinbursti, o qual também lhe servia, ocasionalmente, de montaria.
O javali, na mitologia celta, é símbolo do poder espiritual inacessível e foi perseguido por Artur, que representava o poder temporal e guerreiro.
FRÉYA E OTTAR.
Os nórdicos não só invocavam Fréya para obter êxito no amor, prosperidade e crescimento, mas sim também, em certas ocasiões, para obter ajuda e proteção. Ela concedia à todos que a serviam fielmente, como aparece na história de Ottar e Angantyr, dois homens que, após discutirem durante algum tempo direitos de propriedade, expuseram sua disputa ante os Deuses. A assembléia popular decretou que o homem que pudesse provar a descendência de estirpe mais nobre e mais extensa, seria declarado vencedor, sendo designado um dia especial para ser investigada a genealogia de cada demandante.
Ottar, incapaz de recordar o nome de seus antepassados, ofereceu sacrifício a Fréya, rogando por sua ajuda. A Deusa escutou indulgentemente sua oração e, aparecendo diante dele, o transformou em um javali e sobre o seu lombo cavalgou até a morada da feiticeira Hyndla, uma célebre bruxa. Com ameaças e súplicas, Fréya exigiu que a anciã traçasse a genealogia de Ottar até Odin e nomeasse cada indivíduo por seu nome, com o resumo de suas façanhas. Então, temendo pela memória de seu devoto, Fréya também exigiu a Hundla que preparasse uma poção de recordação, a qual deu a ele para beber.
Assim preparada, Ottar apresentou-se ante a assembléia no dia marcado e com facilidade recitou sua linhagem, nominado os muitos mais antepassados de que Angantyr pode recordar, por isso foi facilmente recompensado com a garantia de posse da propriedade em questão.
DEUSA-LÍDER DAS DISIR.
Dentro das tradições dos antigos povos nórdicos, a Deusa Fréya era uma das líderes dentro do matriarcado das Deusas, o que lhe rendia vários cultos, principalmente na Suécia e na Noruega, onde era venerada como a "Grande Dis".
O Disirblot, era um festival celebrado anualmente no início de inverno nórdico em honra a Deusa Fréya e as Disir. Durante a comemoração era servido cerveja, porco, maçãs e cevada.
Todos os festivais nórdicos eram denominados de "blots" e contava com o comparecimento de toda a comunidade.
Seu culto tinha caráter erótico e orgiástico, associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza.
As ancestrais femininas Disir eram descritas como nove mulheres vestidas de preto ou branco, carregando espadas. Nove é um número lunar e é considerado pelos nórdicos como um dos mais misteriosos e sagrados números. As Disir estão também associadas as Valquírias e as Norns. Elas traziam sorte, mas também eram famosas por suas adivinhações, principalmente quando envolvia justiça cármica.
Conectar-se com as Disir é muito eficaz para aumento de auto-estima e poder pessoal. Todos os rituais de invocação dessas sacerdotisas devem ser realizados na lua cheia.
Os templos dedicados a Deusa Fréya eram muito numerosos e foram mantidos durante muito tempo por seus devotos, o último em Magdeburgo, na Alemanha, foi destruído por ordem do Imperador Carlos Magno.
CULTO À FREYA.
Era costume serem realizadas ocasiões solenes ou festivais para beber e honrar a Deusa Fréya junto com outros Deuses, mas com o advento do cristianismo se introduziu no Norte, iguais comemorações foram transladadas para a Virgem ou a Santa Gerturdes. A mesma Fréya, como todas as divindades pagãs, foi declarada como demônio ou uma bruxa e desterrada aos picos das montanhas norueguesas, suecas e alemãs. Como a andorinha, o cuco e o gato era umm animais sagrados para Fréya nos tempos pagãos, acreditou-se que essas criaturas tinham qualidades demoníacas,e inclusive nos dias atuais se representa as bruxas com gatos pretos ao seu lado.
ARQUÉTIPO DA TERRA.
FRÉYA como arquétipo da Terra é a "Mãe Escura" que através de seu útero cria todas as coisas vivas. Já na qualidade de "Mãe Terrível", ela devora tudo que nasce de volta para o seu ventre.
Seu útero de morte é um estômago devorador de carne humana, o escuro abismo de tudo que vive. É o sangue do guerreiro que a alimenta e é por isso, que a Deusa exige oferendas de sangue vivo para ser saciada.
Os instintos de agressão e sexualidade, o amor e a morte, estão todos inseparavelmente unidos a Deusa Fréya. Isso porque, a fecundidade dos seres vivos está baseada no instinto que os impele ao sexo, mas toda a vida também depende do alimento e esse, do ato de dominar e devorar a presa.
De igual forma, a psique humana, quando projeta-se para o inconsciente, encontrará nele a unidade de um útero escuro (a terra interior), no qual criaturas se devoram e se geram. A terra está viva dentro do inconsciente do homem e é a Grande Mãe, em oposição ao princípio masculino patriarcal.
O simbolismo matriarcal é perigosamente pagão aos olhos do patriarcado, pois a terra foi amaldiçoada como sendo a quintessência do mal, pelo mundo patriarcal, dominado pelo Céu. O patriarcado despedaçou a humanidade, tornando-a uma parte superior e outra inferior, não deixando margem para reconciliação entre ambas.
A visão patriarcal tentou varrer de volta para o útero (inconsciente), todo o elemento titânico do mundo matriarcal e acredita que teria vencido esse dragão colocando o pé sobre sua cabeça. Entretanto, mesmo assim a humanidade seguiu matando e assassinando, entregue ao próprio inconsciente, encontrando desculpas e justificativas sagradas para tais feitos. Dessa vez, não foram as Deusas, mas sim o Deus único e Todo-Poderoso que exigiu essas ações. As guerras travadas nesses casos, foram então consideradas guerras santas.
A grande verdade é que não necessitamos de ilusões enganadoras para percebermos os instintos agressivos de dentro de nós. O correto é não culpar Deusas ou Deus e reconhecermos essa força impulsionadora em nós como algo esmagador, que ainda não foi descoberta a cura, mas que é uma doença, que nada tem a ver com "sagrada".
A submissão à escuridão, a aceitação dos aspectos negativos de "anima" (princípios femininos) e "animus" (princípios masculinos), a sensibilidade e o instinto perante à natureza e a assimilação do inconsciente no sentido da integração da personalidade, são algumas das expressões mais significativas para o desenvolvimento psíquico do homem atual.
A nossa Terra Interior é antes de tudo, uma Terra criativa, que não apenas produz e engole a vida, mas que também transforma, porque permite que tudo aquilo que morreu seja ressuscitado e trás para o exterior o mais elevado.

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