terça-feira, 30 de agosto de 2011
OS POETAS DE POEMAS MÍSTICOS DO ORIENTE.
· Gibran Khalil Gibran
Nascido em 1883 em Bsharre, aldeia montanhosa no Norte do Líbano, Gibran Khalil Ginran tomou contato, na infância, com o pensamento dos filósofos da idade de ouro da cultura árabe e com o cristianismo, ao estudar num colégio de padres maronitas em Beirute. Mas aos 11 anos, migrou com a mãe e os irmãos para os Estados Unidos. Ainda adolescente, começou a desenvolver aptidão para a pintura e a literatura. Aprendeu rapidamente o Inglês e começou a escrever para jornais da comunidade sírio-libanesa radicada nos EUA.
Entre 1903 a 1904, Gibran perdeu a irmã Sultana, o irmão Boutros e a mãe, todos por enfermidades. A sucessão de tragédias familiares em um espaço tão pequeno de tempo marcaria profundamente sua personalidade. Mais do que nunca, Gibran atirou-se inteiramente ao trabalho artístico.
Em 1904, conseguiu realizar sua primeira exposição de pinturas e desenhos em Boston e conheceu Mary Haskell, diretora e proprietária de uma escola local, que passou a custear seus estudos de arte em Paris(1908 a 1910). Seu primeiro trabalho literário de importância foi publicado em 1906, um volume de contos: Ninfas dos Vales, redigido em árabe. O tema básico girava em torno de críticas ao papel da religião na sociedade e colocava-se contra as leis orientais.
Friderich Nietzsche foi influência importante no pensamento de Khalil Gibran.
O mais célebre trabalho de Gibran, O Profeta (1923), é visto por muitos estudiosos como um paralelo proposital da obra de Nietzsche, Assim Falou Zaratustra. O Profeta tornou Gibran conhecido no mundo inteiro. Como em Zaratustra, O Profeta de Gibran procura dar um aspecto divino à condição humana, em vez de buscar a divindade no exterior do indivíduo.
Gibran morreu em Nova Iorque, em 1931, acreditando na missão mística da criação artística. “Através de meu trabalho, haverá algumas pessoas que poderão se libertar de todos os grilhões do passado. Aqueles capazes de suportar a vida de hoje são relativamente poucos, mas são os mais fortes. Se eu puder abrir o coração humano, não terei vivido em vão”.
· Jalal ud-Din Rumi
Um dos mais expressivos poetas sufis, nasceu em 1207, em Balkh (atual Afeganistão). Jalal ud-Din Mohammed Ibn Mohammed al-Balkhi Rumi era filho de um sábio religioso. Aos 25 anos, foi enviado para a cidade de Aleppo, para o ensino superior e, mais tarde, para Damasco. Continuou com sua educação até o 40 anos e, após a morte do pai, sucedeu-o como professor. Rumi tornou-se famoso por sua introspecção mística, seu conhecimento religioso e sua poesia.
Em 1244, Rumi encontrou Shams de Tabriz, que se tornou seu mestre espiritual. Shams de Tabriz tinha então 60 anos de idade e havia oferecido a Deus, segundo dizem, sua própria vida em troca do encontro com um de seus santos.
Shams e Rumi permaneceram juntos até 1247, quando Shams desapareceu. Há versões de que tenha sido assassinado por discípulos de Rumi, ciumentos da ascendência que ele exercia sobre seu mestre.
Inconsolável, Rumi escreveu Poemas Místicos em homenagem a Shams. O livro é uma compilação de poemas de amor e de luto. Também em homenagem ao mestre, criou a dança cósmica, o sama, praticada pela ordem sufi Mevlevi. Morreu em 1273, em Konya, local que se tornou sagrado para os dançarinos dervixes.
· Omar Khayyam
Nasceu em Naishápúr (Nishapur), cidade do Nordeste da Pérsia (Irã), em 1048, e morreu em 1131. Durante sua vida, tornou-se famoso por seus conhecimentos de matemática e astronomia, especialmente por sua contribuição para a reforma do calendário Persa. Mas hoje o nome de Khayyam é lembrado por sua poesia.
No ocidente, ficou conhecido primeiramente nos países de língua Inglesa devido à tradução realizada por Edward Fitzgerald, em 1859, de sua obra principal, O Rubaiyat.
Rubaiyat é o plural da palavra persa ruba'i, que designa uma pequena composição em verso composta por duas linhas, cada uma delas com uma quebra, que transforma assim essas duas linhas em quatro versos. É uma forma poética original típica da literatura persa medieval. As Rubaiyat tornaram-se muito populares, mas também foram cultivadas por poetas eruditos e filósofos, como Omar Khayyam.
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