contos sol e lua

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Mestres Individuais.

Um dos problemas mais difíceis que tem de enfrentar o instrutor de um movimento espiritual é a impaciência dos estudantes que desejam colher o que não semearam, que são incapazes de esperar pela colheita. Estudantes esses que desejam resultados imediatos e, se não lhes nascem asas em determinado prazo, fixado por eles mesmo, elevam o grito ao céu e buscam um "mestre individual", estando dispostos a atirar o senso comum pela janela fora, caso o mesmo garanta resultados. Já tratámos deste assunto noutra ocasião, mas como há sempre quem se esqueça e, além deles, há os novos estudantes que diariamente chegam à Fraternidade, é necessário que assuntos de tão grande importância sejam regularmente apreciados. Já alguém viu alguma vez, em qualquer instituição de ensino, desde o jardim de infância à universidade, um professor para cada estudante? Nós, não. Nenhum conselho directivo sancionaria semelhante desperdício de energia. Nem tão-pouco se recomendaria um só professor para determinados alunos, só pelo facto de eles serem impacientes ou quisessem passar pelos diversos anos académicos "rapidamente". E, finalmente, se houvesse alguma excepção que aconselhasse tal anormalidade, seriam precisos professores que tivessem a capacidade de transmitir os conhecimentos aos seus alunos de uma forma maciça, método que teria, naturalmente, grandes perigos. Se isto é verdade para o ensino académico oficial, por que razão pode haver diferença para as escolas da ciência espiritual? Disse o Cristo: "Se eu lhes falei de coisas terrenas, não me acreditaram, como me acreditariam se lhes tivesse falado de coisas espirituais?". A razão disto, amigos, é que nenhum "mestre individual", mesmo no caso de existirem, poderia iniciar alguém nos mistérios da alma, se o discípulo não preparar, primeiro, o seu trabalho. E quem quer que diga, ou que publique, que garante a iniciação de alguém, define-se e cataloga-se, a si mesmo, como impostor. Além disso, quem se deixar enganar mostra, também, muito pouco discernimento. De outro modo compreenderia que nenhum mestre aceitaria usar o seu tempo e energia, egoisticamente com um só aluno, quando poderia usá-lo com a mesma facilidade, para instruir muitos outros. Acrescentemos, por último, que jamais os Irmãos Maiores assistiriam a alguém com carácter de "mestres individuais". Quem assim o julgar cai num tremendo engano, ou em deliberada desonestidade. Max Heindel

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