segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Runas - O Oráculo dos Druidas.

O nome RUNA vem do termo gótico que significa sussurro, algo secreto, mistério, segredo. Os símbolos rúnicos eram utilizados antes do advento da escrita sendo, depois, associados ao alfabeto celta. Sabe-se que os povos germânicos, antes de possuírem uma escrita, costumavam desenhar símbolos em rochas. Essas inscrições chamavam-se Hallristninger e datam de 1.300 anos AC. São 24 sinais representando homens, animais, partes do corpo humano, armas, símbolos solares, de transporte, de tempo, da natureza, cujo significado profundo era transmitido secretamente de pai para filho. Esse conjunto de sinais era usado como oráculo, podendo ser gravado somente em substâncias naturais, não manufaturadas, tipo cristais, sementes, couro, ossos, madeira, conchas, seixos etc. Para a utilização do oráculo, os símbolos eram previamente consagrados com as forças da natureza, os quatro elementos: terra, água, ar e fogo. A mitologia dos povos da Escandinávia, região que hoje corresponde à Suécia, Noruega, Islândia e Dinamarca, é repleta de histórias sobre deuses fantásticos, gigantes, dotados de incríveis poderes. A gênese dos nórdicos é relatada no poema Edda Poético do século IX. Conta a lenda que Odin - PROTETOR DAS RUNAS - era um dos maiores deuses nórdicos. Seu nome significa VENTO ou ESPÍRITO. Esse protetor dos exércitos ficou pendurado pelo pé na árvore Yggdrasil (árvore do mundo, que ligava o céu e a terra), passando frio e fome durante 9 dias e 9 noites, ferido por sua própria lança. Após este ritual de sacrifício, teria avistado os caracteres rúnicos. Era ajudado por dois corvos, HUGIN, Espírito e Razão, e MUNIN, Memória e Entendimento, que se posicionavam em seus ombros depois de percorrerem o mundo durante o dia em busca de novidades para o Grande Deus. Odin possuia um cavalo lendário chamado SLEIPNIR, que tinha oito patas, locomovendo-se rapidamente pelos céus entre a esfera humana e a divina. A lança de Odin, GUNGNIR, presente dos anões ferreiros, só se detinha após atingir o alvo. Sentado em seu trono de onde podia avistar o mundo inteiro, o deus ficava em companhia dos mais valorosos guerreiros mortos em campos de batalha, recolhidos no derradeiro minuto de vida pelas WALKIRIAS, as doze virgens aladas com plumas de cisne. Esse exército espiritual do Bem mantinha-se em alerta para entrar em ação contra as forças do mal, por ocasião do Crepúsculo dos Deuses - RAGNAROKK, o Apocalipse Os antropologistas afirmam que ODIN-homem era um paranormal, possuidor de poderes psíquicos, que mantinha contato com o mundo dos espíritos, conseguindo detectar doenças e localizar pessoas e objetos à distância. Esse homem, chefe de uma comunidade tribal da Ásia, com conhecimentos xamânicos, teria emigrado para a Escandinávia e lá instalado uma religião primitiva baseada nesse código secreto de mensagens mágicas. Odin-homem, após a sua morte, teria sido elevado à condição de divindade local, sendo seus ensinamentos difundidos por sacerdotes. Os celtas eram adoradores da natureza. Os templos eram situados nas grandes florestas e sempre possuíam fontes de água subterrânea. A Catedral de Chartres foi construída numa região da antiga Beócia, sede de um complexo pré-histórico, que reunia aldeias celtas e um templo pagão da religião dos Druidas. No subsolo correm vários veios de água que, segundo especialistas em radiestesia, formam na superfície campos de energia telúrica excepcionalmente poderosos. Hoje em dia é permitido ao turista levar água dessa fonte que contem propriedades curativas. Conclui-se que os celtas já eram conhecedores da radiestesia. Os Mestres das Runas eram identificados pelo manto que usavam com pedras na bainha, e por manterem a cabeça sob um capuz de pele branca. Eram muito respeitados pela comunidade em virtude do trabalho espiritual, jurídico e do apoio material que prestavam. No século I de nossa era, o hábito de consultar as Runas já havia se espalhado pela Europa. O jogo de Runas sempre revestiu-se de um caráter mágico e sagrado. Usado como oráculo, chama a atenção para as forças ocultas que podem estar agindo. É o consulente, com base nessas informações, que decide o que fazer para que as tendências reveladas pelas Runas se concretizem ou não. Deve manter-se receptivo para acessar o que houver de positivo e transmutar o que existe de negativo. Mestre interior é a serenidade que vem da certeza de que sempre existirá uma passagem que leve do escuro profundo para a luz clara do dia, sempre ... Sua orientação dá-se quando a intuição se faz mais forte do que as dúvidas da razão, dizendo que esta é a hora e aquela é a direção.

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