segunda-feira, 16 de setembro de 2013
A Lua dos Ventos - Setembro.
Setembro marca a época da renovação, com o ápice da primavera. Este mês, em gaélico, chama-se Meán Fomhair, é o final da roda escura do ano e o início da roda clara, onde todos os seres começam a vibrar intensamente, em todos os sentidos.
Pronúncia em gaélico: Meán Fomhair - Setembro
Respirar profundamente e absorver os conhecimentos que despertam a nossa alma... na qual as flores, mais uma vez, se fazem presentes e tudo ao nosso redor ganha um novo colorido, nos inspirando às transformações interiores e às mudanças.
Nada é esquecido, apenas se mantém adormecido, até que a semente esteja pronta para reiniciar seu ciclo de evolução. Os ventos promovem o movimento básico deste despertar, o fluxo sagrado da consciência, ou seja, a cada novo movimento sentimos-nos cada vez mais próximos da fonte.
Para que essa conexão aconteça, precisamos estar conscientes do agora, para percebermos que aquilo que vivenciamos diariamente nos liga intimamente aos Deuses.
Os ventos são umas das formas pelas quais a natureza nos conecta a esses sinais, por exemplo, quando são cálidos, leves, frios ou gelados. Naturalmente, sentimos diferentes sensações que nos transmitem alguma mensagem interior.
Para os antigos celtas, o vento era uma grande força da natureza, elementos invisíveis do céu e que nos remete aos Três Reinos Celtas: Terra, Céu e Mar, que representam também o corpo, a mente e o espírito.
O fogo era considerado, por eles, o ponto central da vida, um presente dos Deuses, responsável pela Inspiração, o Awen ou Imbas Sagrado.... Um ser vivo, que nasce, cresce, se alimenta, definha e morre.
Os três elementos estão interligados e conectados entre si, como se fossem um nó celta. Podemos representá-los, simbolicamente, da seguinte forma:
O centro é o equilíbrio, a Bilé ou o fogo sagrado, onde os três reinos estão ligados por uma grande árvore, no caso, representado pela figura de uma árvore com motivos celtas.
O ar é invisível - mas sua própria natureza de invisibilidade torna tudo mais profundo. Ele é a consciência do sopro sagrado, que continuamente é mudado. A cada respiração, o mundo exterior é trazido para o nosso espaço interior. Espaços internos de nossos corpos e, portanto, as mentes, sonhos, recordações e até mesmo crenças, são reavivadas.
O ar que se movimenta forma os ventos inerentes às quatro direções: Norte, Leste, Sul e Oeste. O centro é representado, novamente, como local sagrado, a Mãe Terra.
Aproveitando a atmosfera de renovação e de equilíbrio, proporcionada durante o Equinócio da Primavera, façamos uma meditação invocando a magia dos "Quatros Ventos". Sinta a presença de cada um, trazendo-lhe a força do Norte, a luz do Leste, a inspiração do Sul e a iluminação do Oeste.
Coloque no centro do seu espaço sagrado um caldeirão com uma vela branca dentro, simbolizando a sua consciência no momento presente. Medite o tempo que for necessário e sinta a sua energia se harmonizando com todo o universo. Que assim seja!Rowena Arnehoy Seneween.
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