quinta-feira, 16 de abril de 2015
Vivendo aqui e agora.
Osho diz:
Existem dois tipos de vida. Uma orientada pelo medo; e a outra, orientada pelo amor.
A vida orientada pelo medo não pode nunca leva-lo a um relacionamento profundo. Você permanece no medo e não aceita o outro – não pode aceitar que penetrem no seu âmago mais profundo. Até um determinado ponto você aceita o outro; além desse ponto um muro vem e tudo estaciona.
Perceba... A pessoa orientada pelo amor é aquela que não tem medo do futuro, não tem medo dos resultados e consequências – é aquela que vive aqui e agora.
É isso o que Krsna diz a Arjuna no Gita: Não se preocupe com os resultados – não pense sobre o que acontecerá depois. Apenas esteja aqui, e aja totalmente. Não planeje. Um homem orientado pelo medo está sempre calculando, planejando, manipulando. Toda a sua vida é perdida dessa maneira.
Ouvi falar sobre um velho monge Zen.
Ele estava em seu leito de morte. Seu último dia chegou. E ele declarou que depois dessa noite não estaria mais vivo. Assim, seus seguidores, discípulos e amigos começaram a chegar. Todos eles vieram – chegaram pessoas de todas as partes.
Um de seus antigos discípulos, quando ouviu que o Mestre estava morrendo, correu para o mercado. Alguém lhe perguntou: O mestre está morrendo em sua cabana – por que você está indo para o mercado¿ O discípulo respondeu: Sei que meu mestre adora um tipo especial de bolo, por isso estou indo comprá-lo.
Era difícil encontrar esse bolo, mas, de algum modo, à noite, ele o conseguiu e voltou correndo com o bolo.
Todo mundo estava preocupado – era como se o Mestre estivesse esperando por alguém. Ele abria os olhos, olhava e fechava-os novamente. Quando o discípulo chegou, ele disse: Que bom que você veio. Onde está o bolo¿
O discípulo lhe entregou o bolo – e ficou muito feliz do Mestre ter perguntado a respeito.
Já morrendo, o Mestre pegou o bolo em suas mãos, mas elas não estavam tremendo. Ele era muito velho, mas suas mãos não tremiam. Então, alguém falou: Você é tão velho e está quase na hora da morte. Sua última respiração está se aproximando, mas suas mãos não tremem!
O Mestre disse: Eu nunca tremo – porque não tenho medo. Meu corpo ficou velho, mas ainda sou jovem. E continuarei jovem mesmo quando este corpo se for. Então ele pegou um pedaço de bolo.
Alguém perguntou: Qual é a sua última mensagem, Mestre¿ Você nos deixará logo. O que deseja que nós nos lembremos¿
O Mestre sorriu e disse: Ah! Que bolo delicioso!
Perceba... Este é um homem que vive no aqui e agora: Que bolo delicioso! Até a morte é irrelevante. O próximo momento não significa nada. Este momento, este bolo é delicioso.
Quando você puder estar neste momento, no momento presente, na presença – na plenitude, só então poderá amar.
O amor é um florescimento raro. Acontece apenas algumas vezes. Milhões e milhões de pessoas vivem com uma atitude falsa, pensando que são amantes. Acreditam que amam, mas isso é apenas uma crença.
O amor é um florescimento raro. Algumas vezes, ele acontece. É raro porque só acontece quando não há nenhum medo; antes disso, nunca. Esse amor significativo só acontece para uma pessoa profundamente espiritual, religiosa. O sexo é possível para todos; a familiaridade é possível para todos. O amor não.
Quando você não tem medo, não tem nada para esconder – pode estar aberto, pode retirar todos os limites. E então, convidar o outro para penetrá-lo – na sua própria essência.
Mas perceba... Em seu amor o medo está sempre presente. O marido tem medo da esposa, a esposa tem medo do marido. Os amantes são sempre medrosos. Então não há amor – há apenas um arranjo – de duas pessoas medrosas dependendo uma da outra, brigando, explorando, manipulando, controlando, dominando, possuindo – isto não é amor.
Se você permitir que o amor aconteça, não haverá necessidade de oração, não haverá necessidade de meditação, não haverá necessidade de qualquer igreja ou templo.
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