contos sol e lua

contos sol e lua

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Esta denominação:

É para um demônio malígno que se transforma em mulher, em espécie feminil para seduzir o homem. Acreditava-se muito que os demônios da legião de Satã metamorfoseavam-se em diabas sensuais equivalentes a uma Lilith voluptuosa. Mas Lilith foi um caso à parte, num primeiro momento, cerca de mais de cento e trinta anos, ela coabitou com Adão, depois afastou-se, mais tarde foi amaldiçoada por Jeová a perambular errante por toda a eternidade.
A lenda da vampira estendeu-se pelos tempos, e segundo as vítimas que sobreviveram aos seus ataques, Lilith surge do meio das trevas, sempre em noites de lua cheia, suas vítimas geralmente estão em sono profundo e de repente sente-se um peso asfixiante e a sensação de um corpo invisível em contato com o seu. Sente-se carícias ardentes abaixo do ventre e uma picada no pescoço por onde o sangue é chupado. Lilith provoca um orgasmo na vítima para ludibriá-la com o prazer enquanto rouba-lhe o líquido rubro da vida.
Este súccubus de boca irrisória e lábios de mel, foi temido e desejado por muitos indivíduos em suas terríveis noites de solidão e insônia... Bem-vinda Lilith, ao meu leito!
Em outubro de 1999, eu tive a oportunidade de viajar para Minas Gerais para a cidadezinha de Mariana, lugar exótico onde viveu o poeta Alphonsus de Guimaraes.

Foi aí que eu conheci melhor toda a obra do poeta, visitei sua antiga habitação onde hoje é um museu, peregrinei até o seu túmulo no cemitério local, e folheando sua obra, deparei-me com um poema que chamou-me a atenção, pois o título do escrito é “Súccubus”. O poeta descreve o demônio que o atormenta como uma espécie de Lilith! Observem o poema que eu transcrevo como algo inédito a todos os leitores e pesquisadores do sobrenatural e do fantástico, do lúgubre e do desconhecido. O poema foi resgatado de uma Segunda edição publicada no ano de 1955.

“Súccubus” – por Alphonsus de Guimaraes

“As vezes, alta noite, ergo em meio à cama o meu vulto de espectro, a alma em sangue, os cabelos hirtos, o torvo olhar como raso de lama, sob o tropel de um batalhão de pesadelos. Pelo meu corpo todo uma fúria de chama enrosca-se, prendendo-o em satânicos elos: vai-te demônio encantador, demônio ou dama loira fidalga infiel dos infernais castelos! Como um danado em raiva horrenda, clamo e rujo, hausto por hausto aspiro um ar de enxofre: tento erguer a voz, e como um réptil escabujo. Quem quer que sejas, vai-te, ó tu que assim me assombras! Acordo: o céu, lá fora, abre o olhar sonolento cheio da compunção dos luares e das sombras. O poeta parece descrever um horrendo pesadelo que atormenta-o a noite toda, um súccubus, demônio de espécie feminil que roubou-lhe o sagrado e tranquilo sono!”

Já um outro poeta conhecido por Dário Veloso, fez uma obra com uma alusão direta à Lilith, onde o título é “Lilith”! Observem:

“Lilith” (fragmento)

“Vênus Urânia, Sol, num poente agoníaco. Ilusão dos sentidos, flor de espuma. Lótus de volúpia, os olhos do zodíaco. Astro do sonho a mergulhar na bruma. Bruxa cruel, de olhos do infortúnio! Toda de neve, a cordilheira linha de finos rutílos punhais, cordilheira da morte, val da morte, para imortais...”

O mito de Lilith ressurgiu não somente na literatura, mas nas histórias em quadrinhos também!
A editora RGE publicou em novembro de 1976 o terceiro número de uma das melhores revistas de terror de todos os tempos, “Kripta”! Lembram-se da frase: “Com Kripta qualquer dia é sexta-feira e qualquer hora é meia-noite!”? Muito bem, foi nesta edição que publicou-se a história de Lilith em quadrinhos, o roteiro foi escrito por Nicola Cuti e as ilustrações ficaram a cargo de Jaime Brocal. Diria que foi uma das melhores edições da revista, simplesmente formidável! Mas a Lilith das lendas hebraicas é muito mais assustadora do que podemos imaginar, sua energia negativa oriunda da maldição de Deus pesa como um fardo do inferno. Ela carrega sozinha a sina errante de Ter sido ela a responsável pela mancha do pecado no seio da humanidade e de sua morte e aniquilação. Na bíblia, no livro de Eclesiastes, que é tão pessimista quanto algumas obras de Schopenhauer e Cíoran, existe uma advertência sobre o episódio: “Por causa da mulher, morrerás!”.
Duras palavras que não entoam bem nos ouvidos desavisados! Parece que a mulher carrega sozinha o peso do seu castigo sendo que o homem também foi cúmplice! Mas se Lilith assombrou os tempos antigos das civilizações da Mesopotâmia, na Idade Média multiplicou-se o terror envolto no mito. Comunidades judaícas espalhadas por toda a Europa afirmando-se nos seios dos outros povos como bons comerciantes, mantinham suas crenças e tradições intocáveis, principalmente a religião, e no livro Zohar, dos judeus cabalísticos, que era uma espécie de obra reflexiva sobre o velho testamento, surge a citação clara e evidente que Lilith era a primeira esposa de Adão antes de Eva, e que tornou-se um ser malígno, uma vampira... Aqui, o mal personificou-se quase que em um símbolo místico relacionado com o lúgubre do imaginário humano de todos os tempos!
Segundo Carl G. Jung, “uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem tem um aspecto inconsciente, mas amplo, que nunca é precisamente definido ou de todo explicado”. Lilith se encaixa perfeitamente nesta visão jungeana de complexa simbologia mística onde o inconsciente é manifestado em todas as suas expressões.
Lilith é a noite, é a rainha da noite, é a lua, representa a lua, a oposição do sol. Lilith foge da luz, como uma vampira, precisa reinar nas trevas como algo desconhecido e que causa medo nas criaturas. é para um demônio malígno que se transforma em mulher, em espécie feminil para seduzir o homem. Acreditava-se muito que os demônios da legião de Satã metamorfoseavam-se em diabas sensuais equivalentes a uma Lilith voluptuosa. Mas Esta denominação é para um demônio malígno que se transforma em mulher, em espécie feminil para seduzir o homem. Acreditava-se muito que os demônios da legião de Satã metamorfoseavam-se em diabas sensuais equivalentes a uma Lilith voluptuosa. Mas Lilith foi um caso à parte, num primeiro momento, cerca de mais de cento e trinta anos, ela coabitou com Adão, depois afastou-se, mais tarde foi amaldiçoada por Jeová a perambular errante por toda a eternidade.
A lenda da vampira estendeu-se pelos tempos, e segundo as vítimas que sobreviveram aos seus ataques, Lilith surge do meio das trevas, sempre em noites de lua cheia, suas vítimas geralmente estão em sono profundo e de repente sente-se um peso asfixiante e a sensação de um corpo invisível em contato com o seu. Sente-se carícias ardentes abaixo do ventre e uma picada no pescoço por onde o sangue é chupado. Lilith provoca um orgasmo na vítima para ludibriá-la com o prazer enquanto rouba-lhe o líquido rubro da vida.
Este súccubus de boca irrisória e lábios de mel, foi temido e desejado por muitos indivíduos em suas terríveis noites de solidão e insônia... Bem-vinda Lilith, ao meu leito!
Em outubro de 1999, eu tive a oportunidade de viajar para Minas Gerais para a cidadezinha de Mariana, lugar exótico onde viveu o poeta Alphonsus de Guimaraes.

Foi aí que eu conheci melhor toda a obra do poeta, visitei sua antiga habitação onde hoje é um museu, peregrinei até o seu túmulo no cemitério local, e folheando sua obra, deparei-me com um poema que chamou-me a atenção, pois o título do escrito é “Súccubus”. O poeta descreve o demônio que o atormenta como uma espécie de Lilith! Observem o poema que eu transcrevo como algo inédito a todos os leitores e pesquisadores do sobrenatural e do fantástico, do lúgubre e do desconhecido. O poema foi resgatado de uma Segunda edição publicada no ano de 1955.

“Súccubus” – por Alphonsus de Guimaraes

“As vezes, alta noite, ergo em meio à cama o meu vulto de espectro, a alma em sangue, os cabelos hirtos, o torvo olhar como raso de lama, sob o tropel de um batalhão de pesadelos. Pelo meu corpo todo uma fúria de chama enrosca-se, prendendo-o em satânicos elos: vai-te demônio encantador, demônio ou dama loira fidalga infiel dos infernais castelos! Como um danado em raiva horrenda, clamo e rujo, hausto por hausto aspiro um ar de enxofre: tento erguer a voz, e como um réptil escabujo. Quem quer que sejas, vai-te, ó tu que assim me assombras! Acordo: o céu, lá fora, abre o olhar sonolento cheio da compunção dos luares e das sombras. O poeta parece descrever um horrendo pesadelo que atormenta-o a noite toda, um súccubus, demônio de espécie feminil que roubou-lhe o sagrado e tranquilo sono!”

Já um outro poeta conhecido por Dário Veloso, fez uma obra com uma alusão direta à Lilith, onde o título é “Lilith”! Observem:

“Lilith” (fragmento)

“Vênus Urânia, Sol, num poente agoníaco. Ilusão dos sentidos, flor de espuma. Lótus de volúpia, os olhos do zodíaco. Astro do sonho a mergulhar na bruma. Bruxa cruel, de olhos do infortúnio! Toda de neve, a cordilheira linha de finos rutílos punhais, cordilheira da morte, val da morte, para imortais...”

O mito de Lilith ressurgiu não somente na literatura, mas nas histórias em quadrinhos também!
A editora RGE publicou em novembro de 1976 o terceiro número de uma das melhores revistas de terror de todos os tempos, “Kripta”! Lembram-se da frase: “Com Kripta qualquer dia é sexta-feira e qualquer hora é meia-noite!”? Muito bem, foi nesta edição que publicou-se a história de Lilith em quadrinhos, o roteiro foi escrito por Nicola Cuti e as ilustrações ficaram a cargo de Jaime Brocal. Diria que foi uma das melhores edições da revista, simplesmente formidável! Mas a Lilith das lendas hebraicas é muito mais assustadora do que podemos imaginar, sua energia negativa oriunda da maldição de Deus pesa como um fardo do inferno. Ela carrega sozinha a sina errante de Ter sido ela a responsável pela mancha do pecado no seio da humanidade e de sua morte e aniquilação. Na bíblia, no livro de Eclesiastes, que é tão pessimista quanto algumas obras de Schopenhauer e Cíoran, existe uma advertência sobre o episódio: “Por causa da mulher, morrerás!”.
Duras palavras que não entoam bem nos ouvidos desavisados! Parece que a mulher carrega sozinha o peso do seu castigo sendo que o homem também foi cúmplice! Mas se Lilith assombrou os tempos antigos das civilizações da Mesopotâmia, na Idade Média multiplicou-se o terror envolto no mito. Comunidades judaícas espalhadas por toda a Europa afirmando-se nos seios dos outros povos como bons comerciantes, mantinham suas crenças e tradições intocáveis, principalmente a religião, e no livro Zohar, dos judeus cabalísticos, que era uma espécie de obra reflexiva sobre o velho testamento, surge a citação clara e evidente que Lilith era a primeira esposa de Adão antes de Eva, e que tornou-se um ser malígno, uma vampira... Aqui, o mal personificou-se quase que em um símbolo místico relacionado com o lúgubre do imaginário humano de todos os tempos!
Segundo Carl G. Jung, “uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem tem um aspecto inconsciente, mas amplo, que nunca é precisamente definido ou de todo explicado”. Lilith se encaixa perfeitamente nesta visão jungeana de complexa simbologia mística onde o inconsciente é manifestado em todas as suas expressões.
Lilith é a noite, é a rainha da noite, é a lua, representa a lua, a oposição do sol. Lilith foge da luz, como uma vampira, precisa reinar nas trevas como algo desconhecido e que causa medo nas criaturas.foi um caso à parte, num primeiro momento, cerca de mais de cento e trinta anos, ela coabitou com Adão, depois afastou-se, mais tarde foi amaldiçoada por Jeová a perambular errante por toda a eternidade.
A lenda da vampira estendeu-se pelos tempos, e segundo as vítimas que sobreviveram aos seus ataques, Lilith surge do meio das trevas, sempre em noites de lua cheia, suas vítimas geralmente estão em sono profundo e de repente sente-se um peso asfixiante e a sensação de um corpo invisível em contato com o seu. Sente-se carícias ardentes abaixo do ventre e uma picada no pescoço por onde o sangue é chupado. Lilith provoca um orgasmo na vítima para ludibriá-la com o prazer enquanto rouba-lhe o líquido rubro da vida.
Este súccubus de boca irrisória e lábios de mel, foi temido e desejado por muitos indivíduos em suas terríveis noites de solidão e insônia... Bem-vinda Lilith, ao meu leito!
Em outubro de 1999, eu tive a oportunidade de viajar para Minas Gerais para a cidadezinha de Mariana, lugar exótico onde viveu o poeta Alphonsus de Guimaraes.

Foi aí que eu conheci melhor toda a obra do poeta, visitei sua antiga habitação onde hoje é um museu, peregrinei até o seu túmulo no cemitério local, e folheando sua obra, deparei-me com um poema que chamou-me a atenção, pois o título do escrito é “Súccubus”. O poeta descreve o demônio que o atormenta como uma espécie de Lilith! Observem o poema que eu transcrevo como algo inédito a todos os leitores e pesquisadores do sobrenatural e do fantástico, do lúgubre e do desconhecido. O poema foi resgatado de uma Segunda edição publicada no ano de 1955.

“Súccubus” – por Alphonsus de Guimaraes

“As vezes, alta noite, ergo em meio à cama o meu vulto de espectro, a alma em sangue, os cabelos hirtos, o torvo olhar como raso de lama, sob o tropel de um batalhão de pesadelos. Pelo meu corpo todo uma fúria de chama enrosca-se, prendendo-o em satânicos elos: vai-te demônio encantador, demônio ou dama loira fidalga infiel dos infernais castelos! Como um danado em raiva horrenda, clamo e rujo, hausto por hausto aspiro um ar de enxofre: tento erguer a voz, e como um réptil escabujo. Quem quer que sejas, vai-te, ó tu que assim me assombras! Acordo: o céu, lá fora, abre o olhar sonolento cheio da compunção dos luares e das sombras. O poeta parece descrever um horrendo pesadelo que atormenta-o a noite toda, um súccubus, demônio de espécie feminil que roubou-lhe o sagrado e tranquilo sono!”

Já um outro poeta conhecido por Dário Veloso, fez uma obra com uma alusão direta à Lilith, onde o título é “Lilith”! Observem:

“Lilith” (fragmento)

“Vênus Urânia, Sol, num poente agoníaco. Ilusão dos sentidos, flor de espuma. Lótus de volúpia, os olhos do zodíaco. Astro do sonho a mergulhar na bruma. Bruxa cruel, de olhos do infortúnio! Toda de neve, a cordilheira linha de finos rutílos punhais, cordilheira da morte, val da morte, para imortais...”

O mito de Lilith ressurgiu não somente na literatura, mas nas histórias em quadrinhos também!
A editora RGE publicou em novembro de 1976 o terceiro número de uma das melhores revistas de terror de todos os tempos, “Kripta”! Lembram-se da frase: “Com Kripta qualquer dia é sexta-feira e qualquer hora é meia-noite!”? Muito bem, foi nesta edição que publicou-se a história de Lilith em quadrinhos, o roteiro foi escrito por Nicola Cuti e as ilustrações ficaram a cargo de Jaime Brocal. Diria que foi uma das melhores edições da revista, simplesmente formidável! Mas a Lilith das lendas hebraicas é muito mais assustadora do que podemos imaginar, sua energia negativa oriunda da maldição de Deus pesa como um fardo do inferno. Ela carrega sozinha a sina errante de Ter sido ela a responsável pela mancha do pecado no seio da humanidade e de sua morte e aniquilação. Na bíblia, no livro de Eclesiastes, que é tão pessimista quanto algumas obras de Schopenhauer e Cíoran, existe uma advertência sobre o episódio: “Por causa da mulher, morrerás!”.
Duras palavras que não entoam bem nos ouvidos desavisados! Parece que a mulher carrega sozinha o peso do seu castigo sendo que o homem também foi cúmplice! Mas se Lilith assombrou os tempos antigos das civilizações da Mesopotâmia, na Idade Média multiplicou-se o terror envolto no mito. Comunidades judaícas espalhadas por toda a Europa afirmando-se nos seios dos outros povos como bons comerciantes, mantinham suas crenças e tradições intocáveis, principalmente a religião, e no livro Zohar, dos judeus cabalísticos, que era uma espécie de obra reflexiva sobre o velho testamento, surge a citação clara e evidente que Lilith era a primeira esposa de Adão antes de Eva, e que tornou-se um ser malígno, uma vampira... Aqui, o mal personificou-se quase que em um símbolo místico relacionado com o lúgubre do imaginário humano de todos os tempos!
Segundo Carl G. Jung, “uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem tem um aspecto inconsciente, mas amplo, que nunca é precisamente definido ou de todo explicado”. Lilith se encaixa perfeitamente nesta visão jungeana de complexa simbologia mística onde o inconsciente é manifestado em todas as suas expressões.
Lilith é a noite, é a rainha da noite, é a lua, representa a lua, a oposição do sol. Lilith foge da luz, como uma vampira, precisa reinar nas trevas como algo desconhecido e que causa medo nas criaturas.

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