segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A caça às Bruxas 1233 - 1750 ... milhares mortos em nome de Deus.


N unca será esquecido... não pode ser esquecido ... nunca mais
O TEMPO DAS FOGUEIRAS
Texto do Livro "Wicca, a feitiçaria moderna" de Gerína Dunwich.

Após a Igreja Católica ter sido formada e haver adquirido poder, os costumes dos Pagãos foram vistos como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido e a adoração dos Deuses da religião Antiga, foi banida. Os antigos festivais foram superados pelos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos Deuses da Natureza e da Fertilidade, transformados em terríveis e maléficos demônios e diabos. A igreja patriarcal chegou até a transformar várias Deusas pagãs em diabos masculinos e maus, não somente para corromper deidades da Religião Antiga, como, também para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido objeto de adoração. No ano de 1233, o Papa Gregório IX, instituiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como Inquisição, numa tentativa de terminar com a heresia. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXIII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos Pagãos (alem do judaísmo e islamismo) constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo. Os bruxos tornaram-se heréticos e a perseguição contra todos os Pagãos, espalhou-se como fogo selvagem por toda a Europa. É interessante notar que, antes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro, que ser cristã, e os Pagãos nunca foram cristãos. Eles sempre foram Pagãos.
Os Bruxos (junto com um número incalculável de homens, mulheres e crianças que não eram Bruxos), foram perseguidos, brutalmente torturados, muitas vezes violados sexualmente ou molestados, e, então, executados pelas autoridades sádicas, sedentas de sangue da Igreja, que ensinavam que seu Deus era um Deus de amor e compaixão. A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541, e, em 1604, foi adotada uma Lei que decretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos. Quarenta anos mais tarde, as 13 colônias na América do Norte, decretaram também a pena de morte para o "crime de bruxaria". No final do século XVII, os seguidores que permaneciam leais à Religião Antiga, viviam escondidos, e a Bruxaria tornou-se uma Religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão de pessoas ter sido levados à morte na Europa e mais de trinta condenados em Salem, Massachusetts, em nome do cristianismo.
Embora os infames julgamentos das Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem documentados na história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connecticut, em 1647, 45 anos antes que a história contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem. Ocorreram outras execuções pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1622.
O método mais popular de extermínio dos Bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa,, a fogueira. Outros métodos incluíam a prensagem até a morte, o afogamento, a decapitação e o esquartejamento.
Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo e, somente após as Leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que os Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do quarto das vassouras.
A INQUISIÇÃO NA IDADE MÉDIA.
AInquisição era um Tribunal Eclesiástico, também chamado de “Tribunal do Santo Ofício”, criado para combater heresias cometidas pelos cristãos confessos e muçulmanos vindos do Oriente.
Ainquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, foi iniciada em Verona sob o Papa Lúcio III no ano de 1184, inspirado em escritos de Santo Agostinho, fortaleceu-se sob o Papa Inocêncio III (1198-1216) e o Concílio de Latrão (1215), de 1231 a 1234,Gregório IX multiplicou pela Europa os Tribunais de Inquisição, presidido por inquisitores permanentes.
Todos os inquisitores deveriam ser doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil e os inquisitores devem ter no mínimo 40 anos de idade ao serem nomeados, e a autoridade do inquisitor é dada pelo Papa através de uma bula, às vezes o Papa pode delegar o seu poder de nomear os inquisitores, a um Cardeal representante, bem como aos superiores e padres provincianos dos dominicanos, e frades Franciscanos, (foram os papas Inocencio IV e Alexandre IV), que deram esse poder aos superiores e padres provincianos de suas respectivas ordens “Licet ex Omnibu” e “Olim Praesentiens”. O Inquisidor não pode nomear um escrivão, pois será assistido pelo escrivão público das dioceses, somente em 1561 e que os Papas puderam nomear o escrivão. No ponto de vista da Inquisição são Heréticos.
Os Perseguidos:

a) Os Excomungados
b) Os Simoníacos
c) Que se opuser a igreja de Roma e contestar a autoridade que ela recebeu de Deus
d) Quem cometer erros na interpretação das sagradas escrituras
e) Quem criar uma nova seita ou aderir a uma seita já existente
f) Quem não aceitar a doutrina Romana no que se refere aos sacramentos
g) Quem tiver opinião diferente da igreja de Roma sobre um ou vários artigos de Fé
h) Quem duvidar da fé Cristã
A Inquisição usava como método de obtenção de confissão a tortura, e usada em alguns casos ao extremo, levando o torturado à morte. Segundo Enry Thomas, grande historiador norte-americano, poderia ser escrito um livro somente sobre as torturas empregadas pela inquisição, embora pouco agradável. Vamos colocar apenas quatro:
"O prisioneiro, com as mãos amarradas para trás, era levantado por uma corda que passava por uma roldana, e guindado até o alto do patíbulo ou do teto da câmara de tortura, em seguida, deixava-se cair o indivíduo e travava-se o aparelho ao chegar o seu corpo a poucas polegadas do solo. Repetia-se isso várias vezes. Os cruéis carrascos, as vezes amarravam pesos nos pés das vítimas, a fim de aumentar o choque da queda.“
"Depois havia a tortura pelo fogo. Colocavam-se os pés da vítima sobre carvão em brasa e espalhava-se por cima uma camada de graxa, a fim de que este combustível estalasse ao contato com o fogo."
Os inquisitores estavam ali enquanto o fogo martirizava a vítima, e incitavam-na, piedosamente, a aceitar os ensinamentos da Igreja em cujo nome ela estava sendo tratada tão delicadamente e tão misericordiosamente. Para que houvesse um contraste com a tortura pelo fogo, também praticavam a da água:
"Amarrando as mãos e os pés do prisioneiro com uma corda trancada que lhe penetrava nas carnes e nos tendões, abriam a boca da vítima a força despejando dentro dela água até que chegasse ao ponto de sufocação ou confissão.”
Todas as imaginações bárbaras do espírito de Dante, quando descreveu o Inferno, foram incorporadas em máquinas reais que cauterizavam as carnes, esticavam os corpos e quebravam os ossos de todos aqueles que recusavam crer na branda misericordia dos inquisitores. De acordo com a lei, tortura só podia ser infligida uma vez, mas essa regulamentação era burlada facilmente... quando desejavam fazer repetir a tortura, mesmo depois de um intervalo de alguns dias, infringiam a lei, não alegando que fosse uma repetição, mas simplesmente uma continuação da primeira tortura.... Esse jogo de palavras dava margem a crueldade e ao zelo desenfreado dos inquisitores.
1186- A “SANTA INQUISIÇÃO” É ESTABELECIDA NO CONCÍLIO DE VERONA.
"Um certo número de papas havia cometido assassinatos, mas Inocêncio III suplantou todos os seus predecessores no número de crimes de morte. Embora não matasse pessoalmente, ele promoveu a coisa mais diabólica da história humana – a Inquisição. Estimativas o número de heréticos que Inocêncio III havia matado chega ao número de 1 milhão de pessoas! Por mais de 500 anos os papas usaram a inquisição para manter seu poder contra aqueles que não concordavam com os ensinamentos da igreja romanista.”
"É difícil explicar como a Igreja Católica que se vale do Evangelho pôde queimar vivos aqueles que não aceitavam seus ensinamentos.”
1229- CONCÍLIO DE TOULOUSE: IGREJA CATÓLICA PROIBE AOS LEIGOS A LEITURA DA BÍBLÍA E REAFIRMA A INQUISIÇÃO
"Em 1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a diabólica Inquisição, determinou: ‘Proibimos aos leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento...Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido.’ (Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Christus 1229, Canons 14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os albigeneses. Em ‘Act of Inquisition, Philip Van Limborch, History of Inquisition, cap. 8’, temos a seguinte declaração conciliar: ‘Essa peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um evangelhos para os seus próprios propósitos...eles sabem que a explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros leigos’.”
1415- O CONCÍLIO DE CONSTANÇA CONDENA WYCLIFF COMO HEREGE
"O Concílio de Constança (1414-15) em 1415, o santo Wycliff, protestante, foi postumamente condenado como ‘o pestilento canalha de abominável heresia, que inventou uma nova tradução em sua língua materna’.”
1591- O INÍCIO DA INQUISIÇÃO CATÓLICA NO BRASIL.
"O Brasil teve tribunais de Inquisição desde 1591 (quando foram condenadas mais de cem pessoas) até 1761.”
"A Inquisição se instalou no Brasil em 3 ocasiões: Em 09.96.1951, na Bahia, por 3 anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na Bahia, em 1618. Há notícia de que no século XVIII a Inquisição atuou no Brasil. Segundo o jornal ‘Mensageiro da Paz’, n° 1334, de maio de 1998, 139 pessoas foram queimadas vivas no Brasil, entre 1721 e 1777. Todos os que confessavam não crer nos dogmas católicos eram sentenciados. De acordo com dados históricos, quase todos cristãos-novos (judeus convertidos) presos no Brasil pela Inquisição, durante o século XVIII, eram brasileiros natos e pertencentes a todas as camadas sociais. Praticamente a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos era mulheres. Na Paraíba, Guiomar Nunes foi condenada à mortes na fogueira em um processo julgado em Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente na vida colonial brasileira durante mais de 2 séculos. Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição aos descendentes de judeus. Os que estavam nesta condição podiam ser punidos com a morte, confisco dos bens ou, na melhor da hipóteses, ficavam impedidos de assumir cargos públicos.”
SALÉM, 1692.
QUANDO A IGNORÂNCIA ATINGE AS RAIAS DA LOUCURA
Corria o ano de 1692 na Nova Inglaterra, EUA (então colônia da Inglaterra). Depois de um rigoroso inverno, a vida parecia fluir rotineiramente na pacata localidade de Salém, perto de Boston, capital da província de Massachusetts.
Salém fora colonizada pelos puritanos, que ali construíram uma comunidade de cunho teocrático e voltada para si mesmo. Desde 1626, quando ali chegaram ali, fugindo da perseguição religiosa na velha Inglaterra, tiveram que conviver com animais selvagens, índios e um nova terra muito diferente do que tinham no velho mundo. Isso fez com que lendas e superstições do local influenciassem o rígido estatuto sobre o comportamento religioso da comunidade.
Os puritanos seguiam uma moral severa, com base na Bíblia, e se consideravam o povo escolhido por Deus, não permitindo a ingerência de pessoas que não seguissem os seus ditames fundamentalistas. Ninguém em Salém podia entrar na igreja senão eles, nem ter terras na região senão eles.
A cidade era administrada pelos ministros da religião, que não titubeavam em excomungar quem não participasse do culto na igreja, punindo com a perda do direito de voto e de propriedade o faltoso pregresso. Não se permitia praticamente nada senão a participação no culto na igreja e conversas entre vizinhos. Dançar era considerado pecaminoso; festas ou diversão para jovens eram proibidas, tudo que dava prazer era considerado obra do diabo, e era dever de cada membro da comunidade zelar para que o diabo não marcasse presença ali. A comunidade acreditava ainda que seus principais líderes haviam sido escolhidos por Deus e que o paraíso já lhes estava reservado antecipadamente. Para os demais membros, a salvação era considerada difícil, pois o zelo pelos bons princípios estava permanentemente ameaçado pelo diabo, com suas artimanhas, enganações e tentações fatais. Desse modo, era preciso levar uma vida austera e trabalhar duro para afastar as tentações e cair nas graças de Deus.
Baseavam seus preceitos nos rígidos preceitos bíblicos do Velho Testamento. Para eles, Satanás tinha seus coadjuvantes na terra: bruxas, feiticeiros, e outros seres que escolheram servir à obra do mal, fazendo um pacto com ele.
Foi sob esse cenário que Betty Parris, filha adolescente do revendo Parris, pastor da comunidade, e suas amigas Abigail Williams, Anne Putnan, e Mary Walcot, começaram a ter pesadelos e alucinações, acusando algumas pessoas da comunidade de bruxaria.
Isso se explica pelo fato da família Parris ter uma escrava, Tituba, que havia trazido de Barbados, lugar em que os negros mantinham crenças como o vodu. Na verdade, Tituba era originária da Venezuela, de raizes indígenas, em cujas crenças acreditava. Fora levada para Barbados, de onde a família Parris a trouxe como criada.
Como não tinham lazer algum, elas se reuniam para ouvir estórias que Tituba contava de seu lugar de origem. Parece que certa vez Tituba as levou inocentemente para a floresta, no começo da noite, e dançou com elas, como faziam os negros em Barbados. Essa transgressão, porém, pesou na consciência das meninas. E por esse “crime”, as meninas começaram a se autopunir, tendo crises de choros, desmaios, catalepsias, convulsões e falta de concentração quando estavam no culto na igreja. Tinham pesadelos, e mesmo nos pesadelos as mocinhas – a mais nova com 9 anos e a mais velha com 16 – compartilhavam da mesma representatividade: viam um homem negro, muito alto, que as raptava e as obrigava a assinar um livro de capa preta, que as tornaria um membro adorador do diabo. Como se recusavam, ele xingava, e as obrigava a assistir a uma cerimônia onde muitas pessoas que já haviam aceito seu convite beijavam-lhe os pés e as mãos.
A primeira a apresentar esses sintomas foi Betty Parris, a filha do reverendo. Como não encontrassem explicações para o fato, passaram a acreditar que ela estivesse possuída pelo demônio, a mando de alguém. Sua prima Abigail acabou confessando a dança com Tituba, e a escrava foi forçada, sob castigo, a confessar que o diabo estava se servindo dela para corromper as meninas. Ela foi a primeira a ser acusada de bruxaria, mas se safou da morte pelo fato de confessar o seu “crime” e reconhecer que o diabo a estava usando contra sua vontade.
Para se livrarem da culpa, elas começaram a acusar as pessoas do lugar de terem parte com o demônio. Às vezes olhavam fixamente para um ponto, com o olhar vazio, diziam que tinham visões onde viam algumas pessoas da comunidade participando do culto de adoração ao diabo, beijando-lhe as mãos e se submetendo aos caprichos dele.
Considerando-se predestinados a herdar o reino dos céus, os puritanos viram nesses acontecimentos uma forte tentativa de Satanás para subverter essa predestinação, como na tentação de Jesus, onde ele prometia os reinos do mundo ao sagrado Mestre. Acreditavam ainda que o diabo vivia nas florestas próximas, aguardando a melhor ocasião para agir e destruir a comunidade, de modo que a dança na floresta não foi considerada somente uma transgressão aos rígidos princípios dos puritanos, mas um indício da vitória de Satanás sobre o Bem que eles representavam.
SALÉM, 1692.
Sarah Good no banco dos réus:foi enforcada

(Museu de Salém)
Depois de Tituba, as três primeiras pessoas a serem acusadas pelas meninas foram Bridget Bishop e Sarah Good, duas mulheres meio mendigas da comunidade, e Sarah Osborne, que, simplesmente pelo fato de quase não freqüentar a igreja, era considerada uma mulher de vida dissoluta.
Foi instaurado um tribunal na cidade para julgar os casos de bruxaria, e o governador de Massachusetts mandou um representante - que também era puritano -, para comandar o tribunal.
As meninas acusavam sistematicamente, e em determinado momento 150 pessoas abarrotavam a prisão esperando sua vez de depor, enquanto outras eram torturadas e executadas na forca. Doze pessoas foram executadas, dezenas de outras torturadas. A histeria tomou conta do lugar, e mesmo pessoas influentes começaram a ser acusadas, e nem mesmo os animais foram poupados da acusação de bruxaria: dois cachorros foram enforcados.
Por mais paradoxal que pareça, se a pessoa confessasse que realmente tinha parte com o demônio, escapava das punições, pois se acreditava que a confissão quebrava o pacto com o diabo, minando-lhe a força de atuação. Mas a vergonha de confessar isso, de ficar marcado frente à comunidade, levou muitas pessoas a preferir os mais hediondos métodos de tortura, como a colocação gradual de pedras sobre o corpo do acusado, que, se não confessasse, morria esmagado. Com os que morreram sob tortura, as vítimas chegaram a 20.
Rebecca Nursey, 72 anos, foi torturada e acorrentada pelo pescoço

(Museu de Salém)
Ciúmes, rixas, invejas, cobiça, intriga, tudo foi levado para o tribunal como se fosse bruxaria. Perdeu-se qualquer consideração pelas pessoas: Rebecca Nursey, uma senhora de 72 anos, mãe de 11 filhos e 26 netos, caridosa e religiosa, foi sumariamente enforcada simplesmente porque o tribunal apresentou nos autos “provas concretas” contra ela.
Oterror pairava sobre a comunidade, os órfãos vagavam famintos pela cidade, e a normalidade só voltou a Salém quando a própria mulher do governador foi acusada de bruxaria, por ser amiga da senhora Carey, cujo marido, rico e influente, subornou os guardas da prisão para que a libertassem.

O governador extinguiu o tribunal, e, mais tarde, as excomunhões foram suspensas, as famílias dos acusados indenizadas e a reputação dos executados foi restaurada.
Betty Parris alguns anos mais tarde se casou com um comerciante, e se mudou de Salém. Mary Walcott morreu jovem. Abigail Williams enlouqueceu. E de Anne Putnan nada se sabe. Salém se tornou a meca das Bruxas, e hoje a cidade mantém um museu estilo noir para os turistas.
No chão do MUSEU DE SALÉM ...
UM disco com a inscrição de todos os nomes das pessoas que foram executadas por bruxaria. Desde então, ninguém nunca mais foi condenado nos Estados Unidos por prática de bruxaria.

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