terça-feira, 1 de dezembro de 2009
A luz Astral.
A luz astral permite ao iogue ou à pessoa com dons parapsicológicos mobilizar ou fazer levitar objetos, ter pressentimentos e outras percepções extra-sensoriais. Um grande iogue é capaz de materializar ou desmaterializar objetos atuando a partir do interior da sua estrutura atômica. Ele pode fazer isso porque se reduziu à condição de um espírito universal. Ele nada mais é, além da lei eterna, e nada mais deseja, a não ser o bem absoluto. Antes de alcançar esse ponto, ele deve aprender a desidentificar-se totalmente do mundo físico tridimensional. Quando vence, ele atinge o nirvana e transcende o estágio atual de evolução humana. Alcança o chamado “adeptado”, a completa aptidão em matéria de sabedoria divina. Porém, segue aperfeiçoando-se em outros níveis, em direção a círculos cada vez mais amplos de consciência planetária e cósmica.
Esses seres de luz conservam seus corpos físicos. Podem viver bem mais de um século, e trabalham retirados do mundo, inspirando a evolução humana de “dentro para fora” e estimulando os impulsos mais elevados em nossos corações e mentes. Chamados de iogues perfeitos por Yogananda, tais seres são conhecidos como imortais pelo taoísmo, como rishis pelo hinduísmo e budas ou arhats pelo budismo.
No final do século 19, alguns desses mestres inspiraram a criação do movimento teosófico moderno. Em colaboração com eles, a escritora russa Helena Blavatsky fazia demonstrações de psicocinese, desmaterializações e materializações de objetos e outros fenômenos. O espiritualismo abriu uma profunda brecha no materialismo cego daquele momento. A revolução industrial estava no auge e se apoiava em um cristianismo dogmático e autoritário. Alfred Sinnett, um dos principais jornalistas da época, manteve correspondência durante anos com dois adeptos que viviam nos Himalaias. As cartas recebidas por Sinnett estão hoje depositadas no setor de manuscritos raros do Museu Britânico, em Londres, e os estudantes podem examiná-las. Além do seu conteúdo extraordinário, elas eram escritas mentalmente no Tibete e materializadas na Índia, muitas vezes aparecendo misteriosamente do nada diante dos olhos atônitos de pessoas da elite social. Sinnett descreveu muitos desses fenômenos, feitos diante de testemunhas cujos relatos foram publicados nos jornais da época e que estão reunidos hoje em livro. Em uma dessas cartas, um adepto explica os fenômenos de materialização e desmaterialização de objetos:O cérebro humano é um gerador inesgotável, e da melhor qualidade, que produz força cósmica a partir da energia baixa e bruta da natureza; o adepto completo se tornou um centro do qual se irradiam potencialidades que geram correlações e mais correlações durante épocas sem fim do tempo que virá. Esta é a chave do mistério pelo qual ele é capaz de projetar no mundo e materializar nele as formas que sua imaginação construiu no mundo invisível a partir da matéria cósmica. O adepto não cria qualquer coisa nova, mas apenas utiliza materiais que a natureza apresenta ao redor dele ” (O Mundo Oculto, a Verdade Sobre as Cartas dos Mahatmas, de Alfred P. Sinnett, Editora Teosófica).
A partir da segunda metade do século 20, a levitação, a materialização e outros fenômenos extraordinários que rompem os limites do mundo físico convencional vêm sendo abordados de muitas maneiras diferentes pela mente humana. A ciência avança em sua luta com os mistérios da mecânica quântica, da astrofísica e da criação do universo. Outro enfoque é o do sonho e da imaginação. Nas histórias em quadrinhos e filmes, super-heróis como o Capitão América, o Super-Homem e até o desajeitado Superpateta (o amigo de Mickey) lutam pelo bem e, para alcançar objetivos altruístas, são capazes de levitar e têm intuição, entre outros poderes ióguicos. Voam em altas velocidades, em nosso planeta ou fora dele. Ao mesmo tempo, preservam a sua identidade pessoal. O segredo é uma regra básica da sua atuação pelo bem da humanidade. Os anjos que ajudam pessoas em dificuldades, em seriados de televisão, são outro exemplo. O herói gaulês Asterix tem elementos desse arquétipo. Tais personagens são, na verdade, diferentes versões populares dos adeptos ou mahatmas. A presença protetora desses grandes seres está no centro do inconsciente coletivo humano, e é captada pela criatividade dos escritores de todas as nações.R.Planeta.
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