quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Vejo as pessoas.


Vejo as pessoas por aí
Deitar fora as próprias vidas ao ansiar por coisas
que nunca conseguem obter
Caem no mais profundo desespero
E torturam-se continuamente.
Mesmo que obtenham o que desejam
Por quanto tempo vão poder usufrui-lo?
Por um prazer divino
Sofrem dez tormentos do inferno,
Prendendo-se cada vez mais à roda.
Pessoas assim são como macacos
Que tentam desesperadamente agarrar a lua na água
E caiem então na voragem.
Quão infinitamente sofrem os que são apanhados no mundo da ilusão.
Sem querer, preocupo-me com eles a noite toda
E não consigo estancar a corrente de lágrimas.
Ryokan.

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