quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Bruxas habitantes do ar.
Uma das representações mais comuns das bruxas, é de uma mulher velha, toda enrugada, com verrugas espalhadas pelo rosto, poucos dentes na boca, roupa negra, chapéu imenso na cabeça, e a velha vassoura de piaçaba para nela podeer voar. essa representação que praticamente definiu a imagem de uma bruxa no ocidente foi tirada dos contos de fadas. Porque autores de histórias infantis faziam questão de representarem as bruxas dessa maneira tão apavorante? Jules Michelet no seu livro La Sorciére tem uma explicação bastante aceitavél: " Os contos de fadas libertados dos ridiculos ornatos com que seus ultimos redatores os mascaram, são o próprio coração do povo. Marcam uma época poética, entre o comunismo grosseiro da vila primitiva e a licença do tempo, em que a burguesia nascente escreve as cínicas fabulas. O desejo que o pobre servo tem de respirar, de repousar, de achar um tesouro que acabe com as suas misérias, aparece muitas vezes nesses contos."
Quis falar das bruxas no presente. Me referindo ao passado para descobrir nas curvas do tempo, mistérios que foram encerrados por pesadas portas de aço, construidas pelas mãos que degolaram pescoços, mas que tambem percorreram corpos a procura de prazer.
Penso nas habitantes do ar como mulheres livres, que souberam enxergar a mais ínfima subdivisão das moléculas para conseguirem enxergar o universo. E nele de deleitar com segredos da vida e da morte, do ceu e do inferno, do sonho e da realidade, e sobretudo do prazer e da dor. Quis esse vôo para habitantes do ar, porque a trajetória delas pelo planeta foi trágica, ao mesmo tempo em que permitiu semear com a força do vento a constante transformaçao dos destinos.
Nesse vôo infindável essas bruxas vieram me visitar e encontraram passagem nos reflexos dos espelhos que me projetam para o infinito. O que me seduz nessas mulheres-feiticeiras é a sensibilidade que possuem de caminhar sobre o fio de uma teia de aranha à procura do centro coabitado por deuses e demônios.wikepédia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário