Só a morte põe fim seguro
Às dores e aflições da vida.
A vida, porém, temerosa,
Tudo faz para adiar esse encontro.
É que a vida vê da morte
Apenas a mão sombria
E fecha os olhos à luzente taça
Que a mesma morte lhe oferece.
Assim também foge do amor
O coração apaixonado,
Receoso de um dia morrer
Da mesma paixão por que vive.
Lá onde nasce o verdadeiro amor
Morre o “eu”, esse tenebroso déspota.
Tu o deixas expirar no negror da noite
E livre respiras à luz da manhã.
Rumi.
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