segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CERTA MANHÃ...


Certa manhã bem cedo, antes do sol nascer, um pescador foi a um rio. Chegando à margem, sentiu alguma coisa sob seus pés, e descobriu que era um saquinho de pedras. Ele o apanhou e, colocando sua rede de lado, sentou-se na margem do rio para esperar o sol nascer. Esperava pela alvorada para iniciar seu dia de trabalho. Preguiçosamente, pegou uma pedrinha de dentro do saco e atirou-a à água. Depois apanhou outra e mais outra. Na falta do que fazer, continuou jogando as pedras na água, uma após a outra.
Lentamente, o sol foi surgindo e iluminando. A essa altura, ele já havia jogado todas as pedras, menos uma; a última ficou na sua mão. Seu coração quase parou, quando viu, à luz do dia, o que segurava nas mãos. Era uma pedra preciosa! No escuro, ele havia jogado um saco inteiro delas! O que havia perdido sem saber! Cheio de pesar, amaldiçoou a si mesmo. Lamentou-se, chorou e quase enlouqueceu de desgosto.
Acidentalmente, havia encontrado a possibilidade de enriquecer pelo resto da vida, mas na escuridão, por ignorância, havia perdido a chance. Por outro lado, ainda teve sorte: sobrara-lhe uma pedra; a luz havia surgido antes que ele a tivesse jogado também. Geralmente, as pessoas não têm tanta sorte.
Há escuridão por toda parte e o tempo voa. O sol ainda não surgiu e já desperdiçamos todas as pedras preciosas da vida. A vida é um imenso tesouro e o homem não faz nada além de jogá-lo fora. No momento em que compreendemos a importância da vida, o tempo já passou. O mistério, o segredo, a graça, a redenção, o paraíso - tudo é perdido. E a vida é desperdiçada.Bhagwan Shree Rajneesh. Osho.

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