domingo, 9 de setembro de 2012
As pedras que rolam pelo rio.
Se observarmos as pedras que rolam pelo rio, poderemos ver o quanto são redondas e brilhantes. Nessa longa viagem rio abaixo as pedras rolam anos e anos em atrito com as outras. Dessa maneira passam a ser quase que perfeitas: redondas e brilhantes. Diferente das outras pedras que ficam a margem do rio. Sempre nos dando a impressão de observarem tudo. Essas pedras são pontudas, sem forma definida, estáticas como pedras que são. Na verdade, as pedras que rolam pelo rio se tornam redondas e brilhantes porque o atrito com outras pedras ao longo dos anos permite que sejam transformadas.
Da mesma maneira, começamos nossas vidas como pedras pontiagudas, cheia de excessos, mas o contato com as pessoas nos permite ser como somos. Os seres de grande valor percebem o quanto perdem seus excessos no decorrer de sua jornada, se aproximando cada vez mais de sua própria essência. Assim, agem nossos contatos humanos. Sem eles, sem os atritos, sem essa jornada trabalhosa e às vezes árdua, seríamos como pedras de margem de rio. A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, sem o devido contato.
Passar pela vida sem se permitir um relacionamento com o outro, próximo ou não, diário ou apenas único, é não crescer, não evoluir, não se transformar.
Passamos pelo mundo para evoluir e essa caminhada faz parte desse processo. Evoluímos quando estudamos, quando trabalhamos, quando amamos ou mesmo quando sofremos por amor. Se permitir renovar, aprender e reaprender, viver e conviver, criar e realizar sonhos são momentos únicos de evolução. Como na história das pedras, o contato humano nos permite modelar, aproximando-se de nossa própria essência.
Nessa jornada somos como as pedras, mas ao contrário delas, podemos escolher estar dentro ou fora do rio...
William Sanches.
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