segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Uma Oração ao Sol.
No alto da cordilheira,
Alguém está voltado para a luz
Que transfigura o céu desde a linha do horizonte.
O vago vulto humano se curva e espera.
Ele faz uma saudação com as mãos unidas
E parece murmurar alguma coisa.
O Sol que emerge para abrir o dia
É o Surya da antiga Índia, o deus egípcio Aton,
O Carro de Apolo grego, o Viracocha do povo andino.
Neste ponto da Cordilheira,
Predomina a paz da altitude elevada.
A Porta do Sol do lago Titicaca
Simboliza a luz da vida cósmica.
Cada ser humano é o desdobramento de uma fagulha
Do espírito que movimenta a estrela.
Centro da música pitagórica das esferas,
O Sol é fonte de humildade e plenitude.
As coisas humanas giram ao seu redor,
No passado como no futuro,
No tempo como no espaço.
Elas circulam em torno dele,
Assim na Terra como na parte mais próxima do céu.
A vida começa a adormecer
No momento da sua ausência.
Cada nova presença sua
Ilumina e desperta uma parte do mundo.
A força do seu disco dourado
Devolve a vida a cada parcela do planeta.
Sua luz acorda e faz dormir a todo instante
Uma parte do templo celeste, quase redondo,
Que vive há bilhões de anos em movimento.
O funcionamento
Da roda da vida
Obedece à Lei.
O ritmo vital do Sol
Move o centro de cada átomo.
Ele anima a célula da folha verde
E bate no coração do indivíduo de boa vontade.
Seu disco dourado é um espelho
Do eu superior de cada um.
Todo cidadão honesto pode ver
O nascimento do novo dia
E murmurar, como murmura agora,
O vulto sem nome
De um ser humano na cordilheira:
Om,
Permanecerei em tua paz.
Lembrarei, a cada hora,
Da tua luz universal.
Obedecerei à Lei do Equilíbrio.
Ajudarei como puder
Os Seres que preservam a Sabedoria.
Om, shanti. Carlos Cardoso Aveline.
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