sábado, 21 de janeiro de 2017

Moisés.

Na história da Humanidade, Moisés apresenta um dos mais notáveis e sugestivos exemplos do poder da fé indomável, coragem e força de vontade. Ele foi, incontestavelmente, um eleito de Deus, destinado a cumprir uma nobre missão no período mais grave da transição para um novo ciclo. As condições especiais que lhe rodearam a existência, após o seu nascimento, são prova daquela afirmativa. Devido a preconceitos raciais, os hebreus sofriam vexames sem conta, que iam desde a escravidão à morte dos seus próprios filhos, logo que as suas mães os davam à luz. Era este o fim reservado a Moisés, se sua mãe, Jacobed, não recebesse do Céu a inspiração destinada a salvá-lo. Sabendo que a princesa Themutis passava por determinado local junto ao rio Nilo, ela arranjou, por suas próprias mãos, no meio do maior segredo, uma cesta do feitio de um berço, que revestiu com pez e betume, de forma a poder manter-se sobre as águas. Neste cesto meteu ela o menino, incumbindo sua filha Maria, nascida antes do abominável édito, e vigiar atentamente o irmão. Não tardou que a princesa chegasse. Ouvindo o choro da criança, por ela se interessou, entregando-a a uma ama, que veio a ser a própria Jacobed. Hosarsiph foi o primeiro nome dado ao pequeno, depois transformado em Moisés, que significa “salvo das águas”. Foi com este nome que ele se perpetuou de século em século, constituindo um símbolo. Terminada a sua passagem pela Terra, ele aqui voltou – segundo nos instrui Max Heindel – incarnado na pessoa do profeta Elias, e depois na do apostolo S. João Baptista. Tomando a seu cargo a defesa dos pobres e dos oprimidos, Moisés conduziu o seu povo com grande tacto administrativo e a mais sábia justiça, quer como general, quer como condutor das multidões, aliando a estas qualidades a de legislador e a de profeta. A ele se deve o maior e mais elevado código moral conhecido até hoje. As suas Tábuas são outras tantas sentenças recebidas por ele de Deus. Para as obter, Moisés recolhia-se no Tabernáculo, e aí, sozinho, em adoração sincera e fervorosa ao Senhor, obtinha as inspirações necessárias para prosseguir na sua obra. Nada fazia de grande sem ouvir Aquele que o mandara à Terra. – Esperai que eu consulte o Senhor – respondia ele a quem lhe exigia resposta a um assunto grave. Não podia proceder de outra maneira quem, como Moisés, era um iniciado e Sacerdote de Osíris, conhecedor, portanto, dos mais elevados mistérios, com um fim determinado a realizar, sob a vigilância divina. O código proclamado por Moisés, permanece e permanecerá como Lei universal, e só por si constitui o resgate do Homem, quando ele souber ouvir, compreender e praticar esses maravilhosos ensinamentos. Subindo o Monte Sinai, aí passava dias e noites no doce convívio com Aquele de quem tudo depende e de quem há sempre a esperar as mais preciosas dádivas espirituais, e quando regressava, trazia consigo, inscritos nas Tábuas, os preceitos pelos quais o seu povo se regularia. Abarcavam esses mandamentos os mais diversos aspectos morais e sociais. Compêndio da mais elevado filosofia, esse suplanta tudo quanto os homens possam inventar, porque estão impregnados da Sabedoria Suprema: “Honra teu pai e tua mãe para teres uma dilatada vida sobre a Terra, que o Senhor Deus te há-de dar”. “Não matarás; não adulterarás; não dirás falso testemunho contra o teu próximo”. Por si só, estes conselhos, dados pelo Senhor a Moisés, seu filho dilecto, resumem uma enciclopédia moral. Mas eles valorizam-se ainda, com estes outros: “Não cobices a casa do teu próximo, nem desejes a sua mulher, nem o seu servo, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa que lhe pertença” “Não faças mal algum à viúva ou ao órfão”. “Não te desvies da justiça para condenar o pobre”. “Não oprimas o pobre com usura”. “Ama os inimigos como se fosses tu próprio”. Os animais não são esquecidos. “Se vires o jumento do teu inimigo caído por terra, debaixo da carga, não passes adiante sem o ajudar a levantar-se”. “Se quando fores pelo caminho, encontrares uma árvore, ou por terra, o ninho duma ave, e a fêmea sobre os ovos, não os apanhes, e deixa-os em paz, a fim de que sejas bem sucedido e vivas muito tempo”. É que ninguém pode jamais ser feliz, fazendo mal seja a quem for, ainda que se trate de uma avezinha. Moisés foi, como se vê, um guia e um mestre da Humanidade, numa época em que a sua acção era bastante necessária. Deus mando-o à Terra com esse encargo e nele o acompanhou com o amor que sempre dispensa aos seus filhos. Afirmando a sua crença absoluta num Deus único, criador e Senhor de todas as coisas, o profeta foi, talvez, o primeiro monoteísta. Ao exalar o último suspiro, rodeado de muitos dos que o seguiam e o tinham como mestre, ele proclamou a mais surpreendente das revelações: – Voltai para Israel, quando os tempos forem chegados, o Eterno vos suscitará, de entre os vossos irmãos, um profeta como eu, e porá o Verbo na sua boca, e esse profeta vos dirá tudo o que o Eterno lhe tiver mandado. E acontecerá que aquele que não escutar as suas palavras, o eterno lhe pedirá contas. Cumpriu-se, como não podia deixar de ser, a profecia do grande iniciado, de quem a Bíblia diz “ter sido o mais manso de todos os homens que havia na Terra”. Jesus, o Cristo, surgiu na época própria, com a sua mensagem de paz e amor, dando aos homens a esperança dos seus pecados, e a certeza do regresso ao seio do Pai.Revista rosacrus n/404 junho 2012.

A Simplicidade da Fênix.

Um dos 12 trabalhos de Hércules foi limpar os dejetos fecais de centenas de cavalos no estábulo de um rei. Muitos se perguntam se isso é uma façanha digna de estar elencada entre os 12 feitos do mais emblemático dentre os heróis. Talvez seja difícil entender o que há de tão heroico na missão. Hércules não sujou suas mãos. Foi muito prático, desviou o curso de dois enormes rios de maneira que eles lavassem, de uma só tacada, todo o perímetro afetado pela manada real. Mostrou possuir a criatividade, agudeza e objetividade de uma fênix. Às vezes precisamos evocar a eficiência e frieza de uma fênix para dar passos necessários ou para nos desembaraçarmos de percalços em nossas vidas. Entender esse animal, sua natureza e estratégias pode ser fundamental em momentos de dificuldades ou de impasses. A fênix é um pássaro quase onipresente em mitologias, ela está presente nas tradições chinesa, indiana, persa, egípcia e grega, entre outras. Ninguém sabe afirmar onde ela surgiu primeiro, por muito tempo se acreditou que ela vinha do “benu”, pássaro que habitava o antigo Egito. Em tempos recentes passou-se a crer que a alegoria nasceu no oriente, provavelmente na Índia. Seu mito fala de um pássaro nascido no coração do Deus-Sol que, quando sente a morte se aproximar, constrói ele mesmo uma pira de ramos de plantas sagradas e aromáticas, em cujas chamas morre queimado. De suas cinzas, mais tarde, brota uma nova fênix, que junta os restos da sua antecessora dentro de um ovo de mirra e voa com ele à cidade do Sol, onde o coloca em um altar. Trata-se de uma história de renascimento e perpetuação que sempre teve o poder de fascinar por falar de alguns elementos essenciais ao ser humano. Mas por outro lado, diferentemente da façanha pedida a Hércules, de limpar um estábulo, a capacidade da fênix de renascer das próprias cinzas parece sobre-humana e inalcançável por um mortal comum. Talvez porque levemos o mito ao pé da letra e percamos de vista possíveis significados apontados por ele. A engenharia e a força desse mito começam pela fênix morrer de auto-combustão. Seus recados mais essenciais já estão presentes aí. Como uma fênix, é preciso sabermos o momento de morrer para aquilo que vínhamos fazendo e sendo e com isso saber quebrar o ciclo de hábitos repetitivos, já destituídos de importância ou de possibilidades de crescimento, para mais adiante recuperar o contato com a essência milagrosa da vida. Mas morrer é uma palavra forte. Fica menos dramático se lembramos que a fênix na China é comparada ao sol, que aparentemente morre todo final de dia para renascer pela manhã. Sim, na verdade ele não morre, apenas se esconde no horizonte ao fim da tarde, para reaparecer no lado oposto pela manhã. Ou podemos olhar para uma árvore que aparentemente morre no inverno porque sua seiva se retira toda para as raízes, de maneira a economizar forças no inverno e ter a necessária energia para, na próxima primavera, ressurgir com disposição e criar novos caminhos no tronco em direção ao Sol. Sim, o aparente renascimento dramático das cinzas pode ser apenas o retomar de um vigor guardado nas profundezas de si. Dessa forma, a missão de nossa fênix pode ser a de mergulhar em nossas próprias raízes e contatar a verdade interior esquecida pela excitação do verão, para que ela volte com força à superfície, recuperando para nossos dias, o sentido evolutivo guardado a sete chaves e esquecido em algum lugar do passado. A fênix se torna brasa, depois cinza, depois adubo que fertilizará o – solo para o – novo nascimento. Uma grande fênix – que não podia mais crescer – se vai, uma pequena surge, com todas as possibilidades de crescimento em si.Pedro Tornaghi. . .

Respiração: Porta para uma Nova Dimensão.

Respiramos continuamente desde o momento do nascimento até o momento da morte. Tudo muda entre esses dois pontos. Tudo muda, nada permanece o mesmo; Somente a respiração é algo constante entre o nascimento e a morte. A criança se tornará um jovem; o jovem envelhecerá. Ele ficará doente, seu corpo se tornará feio, doentio; tudo mudará. Ele será feliz, infeliz, em sofrimento; tudo continuará mudando. Mas o que quer que aconteça entre esses dois pontos, a pessoa terá que respirar. Seja feliz ou infeliz, jovem ou idoso, bem sucedido ou não – o que quer que você seja, isso é irrelevante – uma coisa é certa: entre esses dois pontos, do nascimento e da morte, você precisa respirar. Respirar será um fluxo continuo; nenhum intervalo será possível. Se, mesmo por um instante, você esquecer de respirar, você não mais será. Eis porque não é exigido que você se lembre de respirar, porque então seria difícil. Alguém poderia esquecer por um momento, e então nada poderia ser feito. Assim, realmente, você não está respirando, porque você não é necessário. Você está bem adormecido, e a respiração continua; você está inconsciente, e a respiração continua; você está em coma profundo, e a respiração continua. Você não é solicitado; o respirar é algo que continua, apesar de você. Esse é um dos fatores constantes na sua personalidade – essa é a primeira coisa. É algo que é muito essencial e básico para a vida – essa é a segunda coisa. Você não pode viver sem a respiração. Portanto, respiração e vida se tornaram sinônimos. Respirar é o mecanismo da vida, e a vida está profundamente relacionada com o respirar. Eis porque na Índia chamamos isso de prana. Temos usado uma palavra para ambos: prana significa vitalidade, vivacidade. Sua vida é a sua respiração. Terceiro, sua respiração é uma ponte entre você e seu corpo. Constantemente, a respiração está interligando você com o seu corpo, lhe conectando, lhe relacionando com o seu corpo. A respiração não é somente uma ponte para o seu corpo, é também uma ponte entre você e o universo. O corpo é apenas o universo que veio até você, que está mais perto de você. Seu corpo é parte do universo. Tudo no corpo é parte do universo – cada partícula, cada célula. É a abordagem mais próxima para o universo. A respiração é a ponte. Se a ponte for partida, você não estará mais no corpo. Se a ponte for partida, você não estará mais no universo. Você se moverá para alguma dimensão desconhecida; e não mais poderá ser encontrado no espaço/tempo. A respiração, portanto, se torna muito importante… a coisa mais significativa. Se você puder fazer alguma coisa com a respiração, você irá repentinamente estar no presente. Se você puder fazer alguma coisa com a respiração, você irá alcançar a fonte da vida. Se você puder fazer alguma coisa com a respiração, você pode transcender o tempo e o espaço. Se você puder fazer alguma coisa com a respiração, você estará no mundo e também além dele. A respiração tem dois pontos. Um é onde ela toca o corpo e o universo, e o outro é onde ela toca você e aquilo que transcende o universo. Conhecemos somente uma parte da respiração. Quando ela se move para o universo, para o corpo, nós a conhecemos. Mas ela está sempre se movendo do corpo para o “não-corpo”, do “não-corpo” para o corpo. Não conhecemos o outro ponto. Se você se tornar cônscio do outro ponto, do outro lado da ponte, do outro pólo da ponte, repentinamente você será transformado, transplantado para uma dimensão diferente. O indivíduo não precisa praticar um estilo particular de respiração, um sistema particular de respiração ou um ritmo particular de respiração – não! A pessoa precisa tomar a respiração como ela é. A pessoa precisa apenas tornar-se cônscia de certos pontos da respiração. Existem certos pontos, mas não estamos cônscios deles. Temos estado respirando e continuaremos a respirar – nascemos respirando e morreremos respirando – mas não estamos cônscios de certos pontos. E isso é estranho. O homem está buscando, investigando fundo no espaço. O homem está indo para a lua; o homem está tentando alcançar mais longe, da terra para o espaço, e o homem ainda não aprendeu a parte mais próxima de sua vida. Existem certos pontos na respiração os quais você nunca observou, e esses pontos são as portas – as portas mais próximas a você, de onde você pode entrar para um mundo diferente, para um ser diferente, para uma consciência diferente.Osho.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Conferencia.... Templo Rosacruz da Fraternidade Rosacruz in Lusitania no Solstício do Verão de 2015.

UMA INTERPRETAÇÃO ESOTÉRICA DA «ESTRELA DE CINCO PONTAS» * Segundo HELENA P. BLAVATSKY 1 “os mais famosos Kabalistas ocidentais, tanto da Idade Média como da Moderna, representam ou simbolizam o microcrosmo por meio do pentagrama 2 ou estrela de cinco pontas e o Macrocosmos pelo duplo triângulo ou estrela de seis pontas. ELIFHAS LÉVI e cremos que também Kunrath, um dos mais insígnes ocultistas de tempos passados, dão a razão do pentagrama. Na obra Rosacruzes de Hargrave Jermings aparece a exacta relação do Microcosmos com o homem no centro do pentagrama.” ELIFHAS LÉVI dedica à estrela de cinco pontas o capítulo V da sua obra Dogma e Ritual de Alta Magia onde refere que o pentagrama exprime a dominação do Espírito sobre os elementos 3 e é por este signo que nos conectamos com os Silfos do ar, as Salamandras do Fogo, as Ondinas da Água 4 e os Gnomos da terra. 5 Armado deste símbolo e convenientemente disposto, podeis ver o infinito através daquela faculdade que é como que o olho da vossa alma, e vós vos fareis servir por legiões de anjos e colunas de demónios, adianta ainda ELIPHAS LÉVI. 6 O pentagrama é um signo que resume, exprimindo-as, todas as forças ocultas da natureza, um signo que sempre manifestou aos espíritos elementais e outros um poder superior à sua natureza, naturalmente os enche de respeito e temor e os força a obedecer, pelo império da ciência 7 e da vontade sobre a ignorância e a fraqueza. 8 9 É também pelo pentagrama que se medem as proporções exactas do grande e único athanor necessário à confecção da pedra filosofal à realização da Grande Obra. O alambique mais perfeito que possa elaborar a quintessência é conforme esta figura e a própria quintessência é figurada pelo signo do pentagrama. Assim como a natureza está povoada por uma quantidade infinita de criaturas vivas, no equivalente invisível 11 e espiritual da natureza visível (composta pelos princípios ténues dos elementos visíveis) vivem, segundo Paracelso, grande quantidade de seres peculiares, afirmando que há duas espécies de natureza: a de Adão e a que não lhe pertence. A primeira é palpável, objectivável, por estar formada de terra. A segunda não é nem palpável, nem visível, porque é subtil, porque não está formada de terra. A natureza de Adão é composta; o homem não pode passar através de muros se eles não tiverem uma abertura. Para os seres de outra natureza os muros não existem, penetram através dos obstáculos mais densos sem ter necessidade de os deteriorar. Por último, existe uma terceira natureza que particicipa das outras duas e são espécies da natureza espiritual: as ninfas (ou ninfos), gnomos (pigmeus ou duendes), silfos e salamandras: a estas quatro espécies havia que acrescentar os gigantes e muitos outros. Segundo MAX HEINDEL “as ondinas que vivem na água e os silfos no ar, também estão sujeitos à morte, seus corpos formados pelo éter vital e o éter luminoso, respectivamente, que os torna com mais longevidade, de modo que, enquanto os gnomos não vivem mais do que algumas centenas de anos, as ondinas e os silfos podem viver milhares de anos, e as salamandras cujos corpos são formados principalmente pelo quarto éter, se diz que vivem muitos milhares de anos. A consciência que anima e forma estes corpos pertence a um número de hierarquias divinas, que desta forma, estão obtendo cada vez mais e mais experiência, e as formas que estão construídas de matéria e estão assim animadas, atingiram um certo grau de consciência de si mesmas. Durante essas larguíssimas existências, tem um certo sentido de sua própria vida transitória, e em rebeldia contra esse estado de coisas, se produz a guerra dos elementos, notavelmente entre o Fogo, o Ar e a Água. Imaginando-se que estão em um cativeiro, tentam libertar-se de suas amarras pela força, e como eles têm sentido para se guiarem por si mesmas, correm desordenadamente em forma destrutiva, que por vezes vezes podem levar a grandes catástrofes”. A consciência dos gnomos é muito pequena para serem capazes de tomar a iniciativa, mas muito frequentemente se fazem cúmplices dos demais espíritos da natureza, abrindo fissuras nas rochas, que favorecem imediatamente as erupções”. Os Espíritos da Natureza formam as plantas, os cristais de rocha e conjuntamente com outras numerosas hierarquías estão trabalhando contínuamente em torno de nós, ainda que invisívelmente, contudo, estão sempre ocupadíssimos em fazer o que chamamos de Natureza. São seres em evolução como os humanos, e por essa mesma razão de que estão evolucionando, se vê que não são perfeitos e que, portanto, podem cometer erros que resultem em deformações ou mal conformações, de maneira que pode dizer-se que as inteligências invisíveis que fazem o que chamamos a Natureza, da mesma maneira que nós, são culpados de frequentes erros. É conhecido o homem vitruviano, desenho de LEONARDO DA VINCI, figura humana de braços e pernas abertas, circunscrito a um quadrado e a um círculo, representando o pentagrama. HOMEM-VITRUVIANO-DE-LEONARDO-DA-VINCI... O pentagrama é um símbolo que tem sido adoptado por diversas organizações esotéricas (15) atento o seu profundo significado, aparecendo também como símbolo mágico capaz de atrair ou afugentar entidades conforme a posição em que é colocado. Em forma de pentagrama foi a disposição que os navios tomaram na Quinta Jornada das Bodas Alquímicas de Christian Rosencreuz, em torno do qual as ninfas fizeram um círculo para cantar um Hino ao Amor. A organização The Rosicrucian Fellowship que é a seguidora e representante da Fraternidade Rosacruz que foi fundada em 1313 por CHRISTIAN ROSENCREUZ, tem no seu emblema um pentagrama e que simboliza o Dourado Manto Nupcial dos Auxiliares Invisíveis que em torno dos Irmãos Maiores da Ordem Rosacruz, diariamente dão cumprimento ao segundo mandamento de Cristo – curar os enfermos. 16 O referido emblema, que anda em volta da constituição do Ser Humano, a rosa branca representa o coração do Auxiliar Invisível, as rosas vermelhas o seu purificado sangue e a cruz branca representa o seu corpo físico. As cinco pontas mais as sete rosas, representam ainda as doze hierarquias zodiacais responsáveis pela evolução da Humanidade. Numa outra organização esotérica como seja a Maçonaria, que entendemos seja uma Escola de Mistérios cujos ritos e símbolos se mantêm perenes, ou pelo menos, devem manter-se,17 também a estrela de cinco pontas aparece simbolizada no percurso iniciático. O segundo grau ou de companheiro, que em termos de numerologia anda em torno do número cinco, a estrela de cinco pontas ou radiante, também designada por Estrela Flamígera, substituindo o Triângulo Luminoso, aparece como decoração no oriente, com a letra G no centro, simbolizando a letra o Generante (o que gera), o Geómetra 18, GOD/GOTT 19 ou o GADU 20, 21 cuja invocação é feita nas sessões de abertura e encerramento do primeiro grau no R.E.A.A. Segundo MAX HEINDEL, sabemos que Deus geometriza, e que todos os processos da Natureza estão fundados no cálculo sistemático efectuado pela Mente Maestra. Quando Deus, como Grande Arquitecto do Universo, há construído todo o mundo de acordo com cálculos matemáticos, então sabemos que consciente o inconscientemente o matemático vai-se dirigindo por un caminho que eventualmente o levará a encontrar-se frente a frente con Deus e isto em si mesmo supõe uma expansão da conciência. (cap. VI Espíritos da Natureza). A Estrela Flamígera aparece-nos ou é susceptível de diversos significados interpretativos, que andam associados em torno da composição do Ser Humano, ao grau de evolução e consciência, que cada um possa ter e ver no esotérico símbolo. Reduzindo o Ser Humano à sua componente meramente material, a mais simples das interpretações, pode ser entendida como correspondendo às duas pernas e aos dois braços abertos, mais a cabeça, os cinco dedos das mãos e dos pés ou ainda os aos cinco sentidos: visão, audição, tacto, gosto e olfacto. Segundo Boanreges B. Castro 22 23 os cinco sentidos interligam-se com as cinco funções da vida vegetativa a saber: respiração, digestão, circulação, excreção e reprodução. Numa composição dual do Ser Humano, ainda segundo BOANREGES B. CASTRO o homem é constituído por quatro elementos inertes (terra, água, ar e fogo) e por um elemento que vivifica todo o conjunto: a quinta-essência ou o Espírito. A quinta-essência capaz de manter em vibração os quatro elementos primários consta do II capítulo do Livro de Génesis e que diz: Gen. 11,6 – “Mas uma neblina (ar e água) 24 subia da terra (pela accção do calor ou seja do fogo) e regava toda a superfície do solo. 7 – “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser uma alma vivente”. 25 O número cinco representa os cinco elementos da matéria: o fogo, a terra, a água, o ar e o éter, este último já conhecido do filósofo de Samos, 26 mas ainda muito pouco conhecido da ciência académica. Segunto MAX HEINDEL (cf. Conceito Rosacruz do Cosmos, cap. I) a região etérea do mundo físico é constituída pelo éter químico, o éter de vida, o éter luminoso e o éter reflector. - «Éter Químico. Este éter é simultaneamente positivo e negativo em suas manifestações. As forças que produzem a assimilação e a excreção agem por seu intermédio. Assimilação é o processo de incorporação dos diferentes elementos nutritivos do alimento no corpo da planta, do animal ou do homem. Esta operação é levada a efeito por forças que conheceremos mais adiante. Elas agem pelo pólo positivo do Éter Químico, atraindo os elementos necessários e modelando-os em formas apropriadas. Tais forças não actuam cega ou mecanicamente, mas de modo selectivo (muito conhecido dos cientistas por seus efeitos), realizando assim o seu propósito, que é o crescimento e a manutenção do corpo. A excreção é efectuada por forças da mesma espécie, mas actuantes pelo pólo negativo do Éter Químico. Por meio deste pólo são expelidos do corpo os materiais que, contidos no alimento, são impróprios para o seu uso ou que, tendo prestado toda a utilidade ao organismo, devem ser eliminados do sistema. Estes processos, como todos os independentes da vontade humana, são também sábios, selectivos e não exclusivamente mecânicos em sua actuação, o que se pode verificar, por exemplo, na acção dos rins. Quando estes órgãos estão sadios só a urina é filtrada, mas sabe-se que quando estão doentes a valiosa albumina escapa-se também com a urina. Assim, não há selecção apropriada em conseqüência dessa condição anormal. - Éter de Vida. Assim como o Éter Químico é o meio que possibilita a acção das forças que mantêm a forma individual, assim também o Éter de Vida é o meio pelo qual atuam as forças de propagação, cujo objectivo é a manutenção das espécies. Como o Éter Químico, este éter tem também seus pólos positivo e negativo. As forças que trabalham pelo pólo positivo são aquelas que actuam na fêmea durante o período de gestação, capacitando-a para o trabalho activo e positivo de formação de um novo ser. Por outro lado, as forças que trabalham pelo pólo negativo do Éter de Vida dão ao macho a capacidade de produzir o sémen. No trabalho de impregnação dos óvulos animal e humano, bem como no da semente da planta, as forças que actuam pelo pólo positivo do Éter de Vida produzem plantas, animais e homens do sexo masculino, enquanto que as forças que se expressam pelo pólo negativo geram fêmeas. - Éter Luminoso. Este éter é também positivo e negativo. As forças que actuam pelo seu pólo positivo são as que geram o calor do sangue nos animais superiores e no homem, convertendo-os em fontes individuais de calor. As forças que actuam pelo seu pólo negativo operam através dos sentidos, manifestando-se como funções passivas de visão, audição, tacto, olfacto e paladar. São também as que constroem e nutrem os olhos. Nos animais de sangue frio, o pólo positivo do Éter de Luz é o veículo das forças que fazem circular o sangue. Quanto às forças negativas, estas actuam do mesmo modo que nos animais superiores ou no homem com relação aos olhos. Onde estes não existem, as forças que trabalham pelo pólo negativo do Éter Luminoso possivelmente constroem e nutrem outros órgãos sensoriais conforme o fazem em tudo o que possui tais órgãos. Nas plantas, as forças que actuam pelo polo positivo deste Éter produzem a circulação da seiva. Portanto no Inverno, quando o Éter de Luz carece de Luz solar, a seiva deixa de fluir, até que o sol do Verão volte a recarregá-lo com sua força. As forças que actuam pelo polo negativo do Éter Luminoso formam a clorofila - a substância verde das plantas - e também cobrem as flores. Numa palavra, todas as cores de qualquer reino da Natureza são criadas mediante a acção do polo negativo do Éter Luminoso. Por esse motivo os animais têm as cores mais acentuadas no dorso, e as flores as têm no lado mais exposto à luz solar. Nas regiões polares da terra, onde os raios do sol são mais fracos, todas as cores são atenuadas. No caso de alguns animais elas se acham tão parcamente formadas que no Inverno chegam a desaparecer, ficando brancos esses animais. - Éter Reflector. Afirmamos atrás que a ideia de uma casa, que existia como imagem mental, pode ser recuperada da Memória da Natureza mesmo após a morte do arquitecto. Todo acontecimento deixa depois de si, sua imagem indelével nesse Éter Reflector. Assim como os gigantescos fetos da infância da Terra deixaram suas marcas no carvão petrificado, e tal como a marcha de uma geleira de eras remotas pode ser determinada pelos sinais que deixou nas rochas, assim também os pensamentos e actos de todos os homens são gravados indelevelmente pela Natureza neste Éter Reflector, onde o vidente treinado pode ler a história de cada um com exatidão proporcional à sua habilidade.» 27 Em jeito de conclusão, a estrela de cinco pontas também designada na maçonaria de Estrela Flamígera ou Estrela Flamejante – que etimologicamente é a estrela que gera chama, que gera calor – não podemos deixar de a associar à constituição do Ser Humano. A constituição do corpo físico é representada pelas duas pontas inferiores, correspondentes aos membros inferiores do Homem de Vitruvius, mais as duas pontas intermédias que correspondem aos braços, sendo que, as quatro pontas simbolizam ainda os quatro elementos – terra, água, fogo e ar. A ponta superior que para uns corresponde à cabeça, para outros simboliza o Espírito, podendo ainda corresponder ao quinto elemento – o éter – que nas suas diversas componentes corresponde ao corpo vital, 28 existente nos humanos, nos animais e também nas plantas, embora, com especificidades próprias. No conjunto dos quatro éteres destacamos os dois inferiores – químico e de vida – associados às funções vitais do corpo físico (existentes nos animais e nas plantas) e os dois éteres superiores – luminoso e reflector – que constituem o Dourado Manto Nupcilal a que também se referem as Bodas Alquímicas de Christian Rosenkreuz (cf. sétima jornada) ou HIRAN ABIFF, Mestre dos artífices construtores do Primeiro Templo de Salomão. 29

Exilados de Capela......

A CONSTELAÇÃO DO COCHEIRO.... - “Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se, desenhada, uma grande estrela na Constelação do Cocheiro que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela”. “Magnífico Sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado." (A Caminho da Luz, Emmanuel, cap. III) A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é a alfa da constelação. (Fig. 1) Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada. Dista da Terra cerca de 45 anos-luz, distância esta que, em quilômetros, se representa pelo número de 4.257 seguido de 11 zeros. Na abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince: e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro. Conhecida desde a mais remota antigüidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos. Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída. * ver O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, perg.188. CAPELINOS. Periodicamente acontecem as chamadas "rondas planetárias", que são migrações de consciências para outros planetas, onde poderão dar continuidade ao seu aprendizado e desenvolvimento. Falarei agora da ronda que trouxe para a Terra os espíritos que transformaram de vez a face do nosso planeta: Os clássicos povos antigos (egípcios, hindus, etc) que fizeram florescer a civilização como a conhecemos foram compostos de espíritos provenientes do sistema de Capela. Ali havia um planeta com alto grau de conhecimento e espiritualidade, mas, como em toda escola, havia a "turma do fundão" que não quer saber de nada, que usam o conhecimento para fins egoístas e não muito louváveis. Como a maioria da população do planeta, através da evolução, atingiu um nível espiritual incompatível com as atitudes e freqüência dessa minoria, esses espíritos recalcitrantes no mal foram então transferidos (banidos seria um termo mais correto) para o planeta Terra, para que pudessem ser a mola propulsora na evolução do povo daqui (espíritos terrícolas). Há alguns milhares de anos, quando os espíritos dos degredados começaram a encarnar aqui, tudo o que encontraram em nosso planeta eram tribos, sociedades rudimentares baseadas na força bruta. Claro que esses espíritos degredados não gostaram nadinha de sair de seu luxo, conforto e tecnologia para um planeta atrasado como o nosso, e muito menos encarnar nesses corpos diferentes. Mesmo com o véu do esquecimento causado pela reencarnação, esses espíritos traziam em seus olhos - além de toda a sua evolução espiritual (essa que não se perde) - uma saudade indefinível, um sentimento de perda de algo e desejo de voltar não se sabe ao certo para onde. Então, com o passar dos anos, inconscientemente esses espíritos adiantados foram se juntando - por afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam na constelação de Cocheiro - em quatro grandes grupos: os arianos, egípcios, hindus e o povo de Israel. Assim, pela sua inteligência superior, essas raças facilmente sobrepujaram as outras, e assim nascem as grandes civilizações como as conhecemos. Numa simples descrição encontramos referência a vôo orbital, descida de seres do espaço, mísseis dirigidos, explosões nucleares e contaminação radioativa. Nada de novo sobre a Terra... isso mostrava aos seres do espaço que a turminha de "gente ruim" não havia aprendido nada com o banimento e que aqui iria virar um Carandiru mesmo. Então, percebendo que sua ajuda comprometeria gravemente a evolução do planeta, os extraterrestres foram embora da nossa vista, estabelecendo uma quarentena para o nosso planeta (para nosso próprio bem). Nada como um romance com personagens cativantes e boa história para passar uma mensagem. Então foi isso que Albert Paul Dahoui fez com o livro A saga dos Capelinos, onde misturou ficção com o que se sabe sobre a nossa origem espiritual, através de relatos espíritas e teosóficos. A introdução é tão didática que a publicarei aqui para que entendam melhor como se deu o expurgo dos Capelinos para a Terra: "Há cerca de 3.700 a.C., num dos planetas que gravitam em torno da estrela dupla Capela, existia uma humanidade muito parecida com a terrestre, à qual pertencemos atualmente, apresentando notável padrão de evolução tecnológica. Naquela época, Ahtilantê, nome desse planeta, o quinto, a partir de Capela, estava numa posição social e econômica global muito parecida com a da Terra do século XX d.C. A humanidade que lá existia apresentava graus de evolução espiritual extremamente heterogêneos, similares aos terrestres do final do século XX, com pessoas desejando o aperfeiçoamento do planeta, enquanto outras apenas desejavam seu próprio bem-estar. Os governadores espirituais do planeta, espíritos que tinham alcançado um grau extraordinário de evolução, constataram que Ahtilantê teria que passar por um extenso expurgo espiritual. Deveriam ser retiradas do planeta, espiritualmente, as almas que não tivessem alcançado um determinado grau de evolução. Elas seriam levadas para outro orbe, deslocando-se através do mundo astral, onde continuariam sua evolução espiritual, através do processo natural dos renascimentos. No decorrer desse longo processo, que iria durar cerca de oitenta e quatro anos, seriam dadas oportunidades de evolução aos espíritos, tanto aos que já estavam na carne, como aos que estavam no astral - dimensão espiritual mais próxima da material - através das magníficas ocasiões do renascimento. Aqueles que demonstrassem endurecimento em suas atitudes negativas perante a humanidade ahtilante seriam retirados, gradativamente, à medida que fossem falecendo fisicamente, para um outro planeta que lhes seria mais propício, possibilitando que continuassem sua evolução num plano mais adequado aos seus pendores ainda primitivos e egoísticos. Portanto, a última existência em Ahtilantê era vital, pois demonstraria, pelas atitudes e pelos pendores do espírito, se ele havia logrado alcançar um padrão vibratório satisfatório dos requisitos de permanência num mundo mais evoluído e pronto para novos vôos ou se teria que passar pela dura provação de um recomeço em planeta ainda atrasado. Os governadores espirituais do planeta escolheram para coordenar esse vasto processo um espírito do astral superior chamado Varuna Mandrekhan, que formou uma equipe atuante em muitos setores para apoiá-lo em suas atividades. Um planejamento detalhado foi encetado de tal forma que pudesse abranger de maneira correia todos os aspectos envolvidos nesse grave cometimento. Diversas visitas ao planeta que abrigaria parte da humanidade de Ahtilantê foram feitas, e, em conjunto com os administradores espirituais desse mundo, o expurgo foi adequadamente preparado. Ahtilantê era um planeta com mais de seis bilhões de habitantes e, além dos que estavam ali renascidos, existiam mais alguns bilhões de almas em estado de erraticidade. O grande expurgo abrangeria todos, tanto os renascidos como os que se demoravam no astral inferior, especialmente os mergulhados nas mais densas trevas. Faziam também parte dos passíveis de degredo os espíritos profundamente desajustados, além dos assassinos enlouquecidos, dos suicidas, dos corruptos, dos depravados e de uma corja imensa de elementos perniciosos. Varuna, espírito nobilíssimo, destacara-se por méritos próprios em todas as suas atividades profissionais e pessoais, sendo correto, justo e íntegro. Adquirira tamanho peso moral na vida política do planeta que era respeitado por todos, inclusive por seus inimigos políticos e adversários em geral. Os capelinos foram trazidos em levas que variavam de vinte mil a pouco mais de duzentas mil almas. Sob a direção segura e amorosa dos administradores espirituais, vinham em grandes transportadores astrais, que venciam facilmente as grandes distâncias siderais e que eram comandados por espíritos especializados em sua condução. A Terra, naquele tempo, era ocupada por uma plêiade de espíritos primitivos, os quais serão sempre denominados terrestres nestes escritos, para diferenciá-los dos capelinos que vieram degredados para cá, a fim de evoluir e fazer com que outros evoluíssem. Uma das funções dos capelinos, aqui na Terra, era ser aceleradores evolutivos, especialmente no terreno social e técnico. Embora fossem a escória de Ahtilantê, eram mais adiantados do que os terrestres relativamente a níveis de inteligência, aptidão social e, naturalmente, sagacidade. Os terrestres, ainda muito embrutecidos, ingênuos e apegados a rituais tradicionais, pouco ou nada criavam de novo. Cada geração se apegava ao que a anterior lhe ensinara, atitude muito similar à em que vemos demorarem-se os nossos índios, que estagiam comodamente no mesmo modo de vida há milhares de anos. Havia entre os exilados um grupo de espíritos que, em Ahtilantê, se intitulavam de alambaques, ou seja, dragões. Esses espíritos, muitos deles brilhantes e de sagaz inteligência, eram vítimas de sua própria atitude negativa perante a existência, preferindo serem 'críticos a atores da vida'. Muitos deles se julgavam injustiçados quando em vida e, por causa desses fatos, aferravam-se em atitudes demoníacas perante os maiores. Era mais fácil para eles comandar a grande massa de espíritos inferiores que os guardiões do astral inferior, que eram em pouco número. Por isso, Varuna foi até as mais densas trevas, para convidar os poderosos alambaques a se unirem a eles e ajudarem as forças da evolução e luz a triunfarem sobre eventuais espíritos recalcitrantes. Varuna, através de sua atitude de desprendimento, de amor ao próximo e de integridade e justiça, foi acolhido, após algum tempo, pela maioria dos alambaques, como o grande mago, o Mykael, nome que passaria a adotar como forma de renovação que ele mesmo se impôs ao vir para a Terra. A grande missão de Mykael era não apenas de trazer as quase quarenta milhões de almas capelinas para o exílio, porém, principalmente, fundamentalmente, levá-las de volta ao caminho do Senhor, totalmente redimidas." Referência: A caminho da luz, de Emmanuel / Chico Xavier; Vinha de luz, de Emmanuel / Chico Xavier; Exilados de Capela, de Edgar Armond