quinta-feira, 14 de maio de 2015
Deusa Das Trevas.
É a hora mais escura da noite
E vai ser preenchida com sangue e fogo
Ela disse seja rápido antes que, eu vá embora
Pois eu desaparecerei no sol da manhã.
Ela disse aja enquanto pode,
Enquanto você pode e continua um homem,
Porque virá o tempo, mais cruel do que a morte
Antes que a morte venha reivindicar o resto.
Sim, é melhor você acreditar nisso,
O anjo mais doce é o mais mau.
Ela disse, beije-me, eu sou um fantasma nascido do desejo
E eu farei de você um homem e uma criança.
Ela disse coloque sua mão no meu peito
Pois eu terei ido antes da primeira respiração do amanhecer.
Sim, é melhor você acreditar nisso,
O anjo mais doce é o mais mau.
Há uma escuridão nesta deusa dos sonhos
E o mais belo no mais cruel.
Existe o agora e existe esta noite
E amanhã é uma página não escrita
Faça isso agora, enquanto você é maior de idade
Antes que a tristeza escreva a página de amanhã.
inkubus sukkubs.
Coração de Lilith.
Ela veio das sombras do mundo ideal
O anjo negro do lado negro do amor
Atravessando o mar de lágrimas
Um milhão de anos
Venha com ela e dance na luz da lua
E você estará perdido desse mundo para sempre
Ponha sua mão na mão dela
Venha e voe agora com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!
Venha e afogue-se no lago da sua paixão
Venha e morra assim você pode renascer
Ouça a canção da sereia
Ouça o chamado do anel da morte
Ela é uma bruxa, uma sereia e uma vampira
Ela veio das estrelas distantes
Para capturar seu coração
Para quebrar seu coração
Venha agora e voe com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!
Venha e beije, beije os lábios de Lilith
Venha e beije e você não mais irá
Sentir o fogo
Do desejo
Venha agora e voe com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!
Venha agora e voe com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!Coração de Lilith
Ela veio das sombras do mundo ideal
O anjo negro do lado negro do amor
Atravessando o mar de lágrimas
Um milhão de anos
Venha com ela e dance na luz da lua
E você estará perdido desse mundo para sempre
Ponha sua mão na mão dela
Venha e voe agora com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!
Venha e afogue-se no lago da sua paixão
Venha e morra assim você pode renascer
Ouça a canção da sereia
Ouça o chamado do anel da morte
Ela é uma bruxa, uma sereia e uma vampira
Ela veio das estrelas distantes
Para capturar seu coração
Para quebrar seu coração
Venha agora e voe com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!
Venha e beije, beije os lábios de Lilith
Venha e beije e você não mais irá
Sentir o fogo
Do desejo
Venha agora e voe com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith!
Venha agora e voe com os anjos
Eleve-se novamente agora como a fênix
Seu o amor que vive para sempre
No coração que nunca morre, nunca morre
Coração de Lilith! inkubus sukkubs.
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Pensamento X Sentimento.
Perceba que vc não pode amar no passado.
Muita gente faz isso - vivem simplesmente na memória – elas amaram no passado.
E há outras pessoas que amam no futuro
O passado e o futuro são meios de evitar o amor.
Se vc pensar muito – e o pensamento está sempre no passado ou no futuro – suas energias serão desviadas do centro do sentir e o amor não será possível.
E uma pessoa muito obcecada com o pensamento em pouco tempo se esquece completamente de que também tem um coração.
Um homem que vive muito nos pensamentos pouco a pouco começa a viver de tal maneira que o sentimento não tem mais voz.
E há milhões de pessoas neste estado, sem saber o que significa o coração.
Toda a concentração delas está na cabeça.
A cabeça é um bom instrumento, mas tem de ser usada como um servo - ela não deve ser o mestre.
Uma vez que a cabeça se torne o mestre e o coração seja deixado para trás, vc viverá, vc morrerá, mas vc não saberá o que é Deus, porque não saberá o que é amor.
Então, aprenda a transformar seus venenos em mel...
Uma minoria ainda vive um pouco no coração, mas seu amor é muito contaminado por venenos como o ódio, o ciúme, a raiva, a possessividade... Mil e um venenos envolvem o seu amor.
E o amor é uma coisa muito delicada.
Nesse momento, apenas pense na raiva, no ódio, na posse, no ciúme – como o amor pode sobreviver contaminado por essas coisas?
Dessa forma, toda a jornada será amarga.
Então, quando a raiva vier, não faça nada, apenas sente-se silenciosamente e observe.
Não seja contra ela, não a reprima, apenas veja o que acontece.
Um dia vc compreenderá que, se vc puder esperar o bastante, a mesma raiva se torna compaixão.
Essa é uma das leis básicas da vida: tudo, continuamente, se transforma no seu oposto.
O santo tem momentos de pecador e o pecador tem momentos de santo. É só esperar.
Então, silencie e observe.osho.
OSHO: TANTRA, O SEXO SAGRADO .
O sexo é a energia mais vital - a única energia, eu digo, que você tem. Não lute com ela; será uma perda de vida e de tempo - ao invés disso, transforme-a. O sexo desaparece somente quando você o aceita totalmente - não suprimido, mas transformado. Mas como fazê-lo? Como transformá-lo? Mas como podemos fazer?
Osho.
Eu lhe darei um método simples....
Enquanto faz amor, três coisas devem ser lembradas. Uma é: antes de fazer amor, medite. Nunca faça amor sem meditar, do contrário o amor irá permanecer sexual. Antes de encontrar a mulher, você deve se elevar no seu estado de consciência porque, então, o encontro irá acontecer num plano mais alto. Durante pelo menos quarenta minutos, sentem-se olhando para a parede com uma luz apenas muito suave de forma que dê um estado de mistério.
Sentem-se silenciosamente e não movam o corpo; permaneçam como uma estátua. Então quando vocês fizerem amor, o corpo irá se mover, então dêem a ele o outro extremo de primeiro ficar imóvel de forma que o corpo adquira o momentum para se mover profundamente. Então a urgência se torna tão vibrante que todo o corpo, cada fibra está pronta para o movimento. Somente então o orgasmo tântrico é possível. Vocês podem colocar uma música... música clássica funcionará; alguma coisa que dê um ritmo muito sutil ao corpo.
Torne a respiração tão lenta quanto possível porque, quando você faz amor, a respiração se torna rápida e profunda. Então, apenas continue diminuindo o ritmo, mas não o force, do contrário, ele se torna rápido. Simplesmente sugira que ele diminua. Ambos meditam juntos e quando ambos se sentirem meditativos, este é o momento de amar. Então vocês nunca sentirão tensão e a energia estará fluindo. Se vocês não estiverem se sentindo meditativos, não façam amor. Se a meditação não estiver acontecendo neste dia, esqueça tudo sobre o amor.
As pessoas simplesmente fazem o oposto. Quase sempre os casais lutam antes de fazerem amor. Eles se tornam raivosos, importunam um ao outro e trazem todos os tipos de conflitos - e então fazem amor. Eles caem muito baixo nos seus estados de consciência, então, é claro, o seu amor não pode ser muito satisfatório. Será frustrante e eles sentirão uma tensão.
A segunda coisa é: quando vocês estiverem fazendo amor, antes de começar, venere o parceiro e deixe o parceiro lhe venerar. Então, depois da meditação, venere. Fiquem um de frente para o outro, nus, e venerem um ao outro, porque o tantra não pode ser entre o homem e a mulher. Ele somente pode acontecer entre um deus e uma deusa. É gestual, mas muito significativo. Toda a atitude tem de se tornar sublime de forma que você desapareça. Toque o pé um do outro, coloque guirlandas de flores.
O homem se transforma em Shiva e a mulher é transformada em Shakti. Agora a sua humanidade é irrelevante, a sua forma é irrelevante, o seu nome é irrelevante; você é apenas pura energia. O venerar traz esta energia para o foco. E não finja. O venerar tem de ser verdadeiro. Ele não pode ser apenas um ritual. Existe muito ritual no tantra, mas o tantra não é ritual....
Então, no terceiro passo, vocês fazem amor. Mas deixem que o seu fazer amor se torne mais um acontecer do que um fazer. A expressão ocidental "fazer amor" é feia. Como você pode fazer amor? Não é uma coisa como fazer; não é uma ação. É um estado. Você pode estar nele mas não pode fazê-lo. Você pode se mover nele mas não pode fazê-lo. Você pode ser amoroso mas não pode manipulá-lo. Toda a mente ocidental tenta manipular tudo....
Quando fizerem amor, fiquem possuídos. Movam-se vagarosamente, toquem o corpo um do outro, brinquem com o corpo um do outro. O corpo é como um instrumento musical. Não fiquem com pressa. Deixem as coisas crescerem. Se vocês se movem vagarosamente, de repente, ambas as suas energias irão subir juntas, como se alguma coisa os tivesse possuído. Isto acontecerá instantânea e simultaneamente. Somente então o tantra é possível. Agora movam-se no amor....
Apenas sintam a energia descer sobre vocês e deixem esta energia ter o seu movimento. Algumas vezes, você começará a gritar: grite! Algumas vezes, você começará a dizer coisas: diga! Algumas vezes somente gemidos estarão saindo, ou alguns mudras, gestos; permita-os. Será uma coisa enlouquecedora, mas tem que se permitir. E não fique com medo, porque é através do seu permitir que ela está acontecendo. No momento em que você quiser parar, ela pára, então você nunca está além do controle.
E quando deus faz amor, é quase selvagem. Não existem regras, regulamentos. Move-se apenas no impulso do momento. Nada é tabu, nada é inibido. Seja lá o que for que aconteça naquele momento é bonito e sagrado; seja lá o que for, eu digo, incondicionalmente... Ninguém sabe o que irá acontecer. Vocês simplesmente são jogados no vórtex divino. Ele os levará, e os levará aonde ele quiser. Vocês simplesmente estão disponíveis, prontos para se moverem com ele. Vocês não o direcionam. Vocês apenas se tornam veículos. Deixem as energias se encontrarem nos seus próprios caminhos. O homem deve ser deixado do lado de fora disso - apenas pura energia. Vocês não estarão fazendo amor apenas através dos órgãos genitais; vocês estarão fazendo amor através de todo o corpo....
Se vocês meditam antes e então veneram um ao outro, não existe perigo; tudo se moverá corretamente. Vocês atingirão um pico de orgasmo que jamais conheceram. Algumas vezes o atingirão: um orgasmo muito grande no qual todo o corpo vibra e pulsa. Pouco a pouco, vocês alcançam um clímax; de novo vêm para baixo. Isto limpará todo o seu ser, todo o sistema. Às vezes, não haverá ejaculação, mas existirá orgasmo.
Existem dois tipos de orgasmo: o orgasmo do pico e o orgasmo do vale. No orgasmo do pico, você terá uma ejaculação e ela também terá uma ejaculação de algumas energias sutis. No orgasmo do vale, vocês não terão nenhuma ejaculação. Será um orgasmo passivo... muito silencioso. muito sutil. A pulsação estará presente, mas quase imperceptível. No orgasmo do pico, vocês se sentirão muito, muito extasiados. No orgasmo do vale, vocês se sentirão muito, muito em paz. E ambos são necessários; ambos são aspectos do tantra. Todo pico tem o seu vale e todo o vale tem o seu pico. Um pico não pode existir sem o vale ou vice-versa.
E quando isto acontecer e ambos vocês atingirem um profundo orgasmo, não saia para fora dela. Depois do orgasmo, permaneça dentro dela e descansem por alguns momentos. O descanso é muito, muito profundo. Depois de um orgasmo, um descanso é como um vale. Vocês alcançaram o próprio pico e agora têm de voltar ao vale. Ele é muito fresco e com sombras, e vocês descansam.
E realmente muita coisa acontece depois do orgasmo... o fundir-se, o derreter-se. Os corpos estão cansados, exaustos, exauridos. A mente está paralisada. É quase como um choque elétrico. Quando vocês saírem do seu estado de amor, novamente orem juntos; terminem com uma oração. A diferença é que, quando vocês meditam, você medita separadamente e ela medita separadamente, porque a meditação não pode ser feita juntos. A meditação é um esforço solitário. Não é um relacionamento. Então vocês podem estar meditando juntos mas ainda assim, vocês meditam sozinhos; você está sozinho e ela está sozinho.
Então venerem um ao outro. Novamente isto é diferente. O outro se torna o objeto da veneração. Então vocês fazem amor e se perdem por completo. Você não é você mesmo, ela não é ela mesma. Ninguém sabe quem é quem. Tudo é perdido num redemoinho de energia. A polaridade de homem e mulher não é mais uma polaridade; os limites se fundem, se misturam. Às vezes, você se sentirá como uma mulher e ela se sentirá como um homem. Às vezes, ela ficará por cima de você. Às vezes, você se torna passivo e ela se torna ativa e os papéis mudam. É um grande drama de energias. Tudo é perdido, abandonado. Então, vocês saem da experiência mais interior e oram juntos. Esta é a quarta coisa.
Apenas agradeçam a deus. E nunca reclamem. Seja lá o que acontecer, está certo. Não diga, "Isto não aconteceu. Isto deveria ter acontecido." Quem somos nós? Ele sabe melhor. Então apenas agradeça a ele, seja lá o que acontecer; agradeça a ele com profunda gratidão. Inclinem-se e coloquem as suas testas no chão e permaneçam assim por alguns momentos em profunda gratidão.
A meditação é solitária. Na veneração, o outro é importante, e na oração, ambos oram para deus. Então, estas três coisas têm que estar envolvidas. Elas irão criar a ecologia na qual o tantra acontece. E uma vez por semana será o suficiente.
Se você estiver se movendo no tantra, então nenhum outro amor deve ser permitido, do contrário ele dissipa a energia. Mas sempre que vocês quiserem fazer amor, tenham certeza de que têm tempo suficiente. Não deve ser com pressa. Não deve ser como trabalho. É um jogo, brincadeira, e estas energias são tão sutis que, se vocês estiverem com pressa, nada acontece. O tantra não é um fragmento. Você não pode praticá-lo a menos que crie a situação. Ele é como uma flor....
Então, estas três coisas são jogar a semente, cuidar da planta, regá-la e estar continuamente atento a ela, sendo cuidadoso, protetor. Então, um dia, de repente - a flor do tantra irá acontecer.
um menor abandonado.
Hei!... Olhe para mim, toque em minha mão,
sinta o calor do meu corpo, estou aqui,
eu existo, ainda resta um brilho em meu olhar.
Não sinta nojo de mim, nem sei de onde vim,
só sei do frio nos bancos de praça, vendo os pés das pessoas passando sem me olhar.
Às vezes penso que sou um lixo posto fora,
como um papel amassado e jogado na calçada.
Outro dia vi minha imagem na vitrine
de uma loja... Eu sou tão pequeno,
não tenha medo;
- Sabe tio! Eu tenho tanta vontade
de sentar em algum colo, destes que estão aí na praça, vazios e encostar minha cabeça em seu peito, ouvir seu coração batendo, beijar seu rosto, sentir suas mãos em meus cabelos,
mas ninguém parece se importar com isso.
Esta manhã um vovô alimentava os pombos,
corri até ele com os braços abertos,
mas fui mandando embora, pois não queria
que espantasse os bichinhos.
Nestas horas eu queria ser uma pombinha,
talvez assim alguém gostasse de mim
e eu não choraria todos os dias, pois é muito triste não ter o amor das pessoas.
Mas hoje não senti frio!...
O dia estava lindo, não chorei,
pois apareceu um homem de roupa branca,
barba, com a bondade no olhar,
pegou minha mão e disse-me:
- Vim te buscar filho!...
Você é muito importante para todos nós.
Fiquei muito feliz ao ver que estava flutuando
e subindo junto com ele, sem fome,
sem frio e certo de ser amado.
E lá embaixo ficou aquele menino
que ninguém queria, inerte, caído,
mas com um sorriso nos lábios
certo de nunca mais sentir frio, nem fome e
de ter todo o amor do mundo para sempre.
Eudir Nunes.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Degraus (Hermann Hesse).
Assim como as flores murcham e a juventude
cede à velhice, também os degraus da Vida,
a sabedoria e a virtude, a seu tempo,
florescem e não duram eternamente.
A cada apelo da vida deve o coração
estar pronto a despedir-se e a começar de novo,
para, com coragem e sem lágrimas se
dar a outras novas ligações.
Em todo o começo
reside um encanto
que nos protege
e ajuda a viver
Serenos transponhamos o espaço após espaço,
não nos prendendo a nenhum elo, a um lar;
sermos corrente ou parada não quer o espírito do mundo.
Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos.
Apenas nos habituamos a um círculo de vida,
íntimos, ameaça-nos o torpor;
só aquele que está pronto a partir e parte
se furtará à paralisia dos hábitos.
Talvez também a hora da morte
nos lance, jovens, para novos espaços,
o apelo da Vida nunca tem fim...
Vamos, Coração, despede-te e cura-te!
àrvores.Hermann Hesse.
“Para mim, as árvores sempre foram os pregadores mais penetrantes. Eu as reverencio quando elas vivem em tribos e famílias, nas florestas e bosques. E eu as reverencio ainda mais quando elas estão sozinhas. Elas são como pessoas solitárias. Não como eremitas, que se perderam por alguma fraqueza, mas como grandes homens solitários, como Beethoven e Nietzsche. Em seus galhos mais altos o mundo sussurra. Suas raízes descansam no infinito. Mas elas não se perdem lá; elas lutam com toda a força de suas vidas para uma única coisa: a realizar-se de acordo com suas próprias leis, para construir a sua própria forma, para representar a si mesmo. Nada é mais sagrado, nada é mais exemplar do que uma árvore, bela e forte. Quando uma árvore é cortada e revela a sua morte ferida nua para o Sol, pode-se ler a sua história inteira no disco luminoso, inscrito em seu tronco: nos anéis dos seus anos, suas cicatrizes, toda a sua luta, todo o seu sofrimento, todas as suas doenças, toda a sua felicidade e prosperidade estão realmente escritas, os anos difíceis e os anos de luxo, os ataques resistidos, as tempestades vencidas. E cada jovem das roças sabe que a madeira mais nobre e mais sólida tem os menores anéis, que no alto das montanhas e em perigo permanente são as árvores mais indestrutíveis, mais fortes, mais ideais, que crescem.
As árvores são santuários. Quem sabe como falar com elas, e quem saber ouvi-las, pode aprender a verdade. Elas não pregam a aprendizagem ou preceitos. Elas pregam, sem se abalar, a antiga lei da vida.
Uma árvore diz: um núcleo está escondido em mim, uma faísca, um pensamento, eu sou a vida da vida eterna. A tentativa e o risco que a mãe eterna tomou comigo é único, exclusivas as formas e as veias da minha pele, único também a menor das folhas em meus galhos e a menor cicatriz da minha casca. Eu fui criada para formar e revelar o eterno em cada um dos meus pequenos detalhes.
Uma árvore diz: minha força é a confiança. Não sei nada sobre meus pais, eu não sei nada sobre os milhares de crianças que a cada primavera nascem de mim. Eu vivo o segredo da minha semente até o fim, e eu não me importo com nada além disso. Eu confio que Deus está em mim. Eu confio que o meu trabalho é sagrado. É dessa confiança que eu vivo.
Quando somos feridos e não podemos mais suportar nossas vidas, então a árvore tem algo a nos dizer: atenção! Atenção! Olhe para mim! A vida não é fácil, a vida não é difícil. Esses são pensamentos infantis. Deixe Deus falar dentro de você e seus pensamentos irão crescer em silêncio. Você está ansioso porque o seu caminho conduz para longe da mãe e do lar. Mas cada passo e cada dia o levam de volta para a mãe. O lar não está aqui nem lá. Ou o lar está dentro de você, ou o lar não está em lugar algum.
Uma ânsia para vagar arranca lágrimas do meu coração quando ouço as árvores farfalhando ao vento durante a noite. Se alguém ouve em silêncio por um longo tempo, esse desejo revela o seu núcleo, o seu significado. Não é tanto uma questão de escapar de um sofrimento, embora possa parecer assim. É uma saudade de casa, de uma memória da mãe, de novas metáforas para a vida. Isso o leva para casa. Cada caminho leva em direção a casa, cada passo é o nascimento, cada passo é a morte, cada túmulo é a mãe.
Assim, a árvore sussurra à noite, quando estamos inquietos diante dos nossos próprios pensamentos infantis: árvores têm pensamentos longos, uma respiração longa e tranquila, assim como elas têm uma vida mais longa que a nossa. Elas são mais sábias do que nós, enquanto nós não as ouvirmos. Mas quando aprendemos a ouvir as árvores, a brevidade e a rapidez e a pressa infantil de nossos pensamentos alcançam uma alegria incomparável. Quem aprendeu a escutar as árvores já não quer ser uma árvore. Ele não quer ser nada, exceto o que ele é. Isso é estar em casa. Isso é a felicidade.”
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