sábado, 25 de julho de 2009
POEMA.
Regredi num tempo
esquecido por mim,
em baú trancado.
Com cheiro de cânfora
onde estão guardadas
memórias passadas
Fiz uma leitura
em torno da aura,
mas estava escura,
tive de limpá-la
Sou uma alma velha
de aprendizagem.
Vivi muitas vidas,
mas foram sofridas,
deixaram-me marcas...
Vi uma menina
de parcos recursos,
Num campo deitada
Na boca o francês
perdia o glamour,
por culpa da guerra
que segunda vez
o mundo inflingia.
Eu não sei seu nome,
mas revi-me nela...
Perdeu a esperança,
nunca foi criança.
E acabou seus dias,
em forte agonia,
na flor da idade.
Poema escrito após experiência de leitura da aura.
M. Fernanda Reis Esteves
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