terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A simbologia do dragão está associada ao mal e ao terror, mas ao mesmo tempo também simboliza a protecção dos tesouros.


Lutar e vencer o dragão traduz a iniciação e a evolução através da provação. Este animal mitológico é também símbolo da imortalidade, da união dos contrários e do poder divino.
Nas mitologias de muitas tradições, o dragão é o guardião dos tesouros secretos que se deve vencer para ter acesso aos mesmos.
Na mitologia do Ocidente, é um dragão que protege o Jardim das Hespérides, que guarda o Tosão de Ouro e possui o tesouro da imortalidade no mito germânico de Siegfried.
No Extremo Oriente, o dragão tem uma simbologia dupla, já que é simultaneamente aéreo e terrestre, pertencendo ao mundo subterrâneo das grutas e cavernas ou voando nos céus, montado pelos imortais. O dragão é, no Oriente, um princípio activo que reúne e resolve todos estes elementos contrários e que tem um grande poder divino, associado à criação do Universo. Como atributo de poder, é também o símbolo do imperador na China e dos reis entre os celtas e os hebraicos. Na tradição hindu, o dragão está associado ao elemento fogo e ao princípio criador que estabelece o universo através de uma ordem e de uma organização.
Na sua ligação com a água, os dragões estão associados às nascentes e à chuva que fecunda a terra. A sua ligação com o elemento fogo faz com que o dragão seja também o senhor dos raios e dos trovões. O dragão é ao mesmo tempo Yin e água e Yang e fogo. As danças do dragão do Oriente têm como objectivo pedir a chuva e a prosperidade, sendo aqui o dragão um símbolo auspicioso de boa sorte, abundância e felicidade.
Répteis por natureza, os dragões encontram conforto em lugares frios, escuros e úmidos; por isso, cavernas são as moradas ideais para dragões, além da penumbra e do frescor, são locais de fácil defesa e apropriados para guardar tesouros e reservas de alimento. As colinas próximas a grupamentos humanos ou rebanhos de mamíferos foram os lugares preferidos na hora de escolher a toca. Há dragões que habitam em águas: mares, lagos, rios mas, preferencialmente, pântanos, como os dragões Knuckers”, ingleses.
No Leste Europeu, os Dragões estão ligados a tradições de Sociedades Secretas Ocultistas, que supostamente adoravam divindades descendentes dos antigos Nagas indianos cuja representação, a figura de um Dragão, significa a Sabedoria, seja usada para o bem ou para o mal. O famoso Vlad Tepes, ou onde Drácula, foi um membro da Sociedade Secreta dos Dragões em sua região e seu apelido “Drácula”, significa, precisamente, Dragão. Nesta tradição há uma clara associação entre Dragões e Sabedoria, uma relação histórica com raízes plantadas na mais remota antiguidade.
"Junto com o Unicórnio, a Fênix e a Tartaruga, era considerado um dos quatro primeiros animais que ajudaram na criação do mundo. O dragão não tinha rivais em sabedoria e em poder para conceder bênção. O imperador da China era suposto ser descendente de um dragão e ter dragões à seu serviço. Estudantes chineses cuidadosamente categorizaram dragões por diversos critérios como na classificação por Tarefas Cósmicas:
Dragões Celestiais: Estes dragões protegiam os céus, suportavam os lares das divindades e os defendiam da decadência. Somente estes dragões tinham cinco garras e somente a insígnia Imperial era permitida a descrevê-los.
Dragões Espirituais: Estes controlavam o clima do qual a vida era dependente. Eles tinham que ser apaziguados pois se fossem tomados por raiva ou simples negligência, desastres iriam se seguir.
Dragões Terrestres: Estes lordes dos rios controlavam seus fluxos. Cada rio tinha seu próprio dragão que governava de um palácio bem abaixo das águas. Dragões Subterrâneos: Estes dragões eram guardiães dos preciosos metais e jóias enterrados na terra. Cada um possuía uma grande pérola que podia multiplicar qualquer coisa que tocasse.
Azul: Augúrio do Verão.
Vermelho e Negro: Dragões destas cores eram bestas ferozes cujas lutas causavam tempestades e outros desastres naturais.
Amarelo: Estes eram os mais afortunados e favoráveis dos dragões. Não podiam ser domados, capturados ou mesmo mortos. Apenas apareciam em tempos apropriados e somente se houvesse uma perfeição à ser encontrada.
Protecção, confiança, segurança, afinco, determinação, presença, poder… estes são alguns dos significados que um amuleto possuindo um dragão pode ter para o utilizador. Existe um sem número de amuletos ou talismãs que ostentam, de uma forma ou de outra, um dragão ou vários numa composição de poses mais ou menos complexa.
O Dragão descreve-se com frequência como símbolo da protecção divina e da vigilância. Sendo um animal mítico, pode afastar os espíritos malignos, proteger os inocentes e conceder segurança.
Os dragões asiáticos não eram como os ocidentais. No Ocidente a relação que se tinha estabelecido entre humanos e dragões era sempre caracterizado pela luta e a oposição; na Ásia, por outro lado, partilhavam o mundo com a humanidade quase sempre de forma pacífica. Os dragões chineses chegaram a ser venerados como deuses, e pensava-se que eram espíritos que poderiam trazer bondades ou desgraças à terra, segundo a disposição com que se levantassem.
Todo-poderosos, ninguém poderia fazer nada contra a sua fúria se esta se desatasse… pelo qual era melhor que ela não despertasse. De qualquer forma, costumavam mostrar-se benévolos com aqueles que não se esquecessem de prestar-lhes cortesia no seu culto… e bastava-lhes ter um pouco de atenção para corresponder ao seu povo e afastar dele os maus espíritos (este é o objectivo, por exemplo, da cerimónia do dragão que na China costuma dar as boas-vindas ao novo ano).
Entendia-se que os dragões repartiam o espaço segundo a sua função. Os dragões celestiais protegiam os Céus e amparavam as mansões dos deuses, evitando que estas viessem abaixo. Pela sua proximidade aos deuses, eram dos poucos que tinham alguma influência sobre eles. Os dragões dos rios determinavam o curso dos mesmos, o seu caudal e os seus trasbordamentos, e guardavam as suas margens. Pensava-se que estes dragões viviam em palácios sepultados debaixo das águas do seu rio. Os dragões do ar regulavam o tempo, nos seus passeios pelo céu governavam a chuva, o vento, as nuvens e as trovoadas. Os chineses temiam os dragões porque sabiam que tinham muito mau génio, que desatavam sem mesura de vez em quando, provocando grandes catástrofes naturais. Os dragões da terra eram os habitantes dos subterrâneos e refugiavam-se em cavernas profundas, desde as quais, se conta, que custodiavam grandes tesouros que acumulavam desde o início dos tempos.
"Os místicos vêem, por intuição, na serpente do Gênesis, um emblema animal e uma elevada essência espiritual; uma fonte cósmica de supra-inteligência, umagrande luz caída, um espírito sideral, aéreo e telúrico ao mesmo tempo, ‘cuja influência circunda o globo’ (qui circumambulat terram – De Mirville) … e que somente se manifesta sob o aspecto físico que melhor se coaduna com suas sinuosidades morais e intelectuais, isto é, a forma de um ofídio. …Em todas as línguas antigas, a palavra dragão tinha o mesmo significado que tem hoje a palavra chinesa long ou – ‘o ser que sobressai em inteligência’. Em grego, drakon é Aquele que vê e vigia. ”
A imagem do Dragão associada à sabedoria contém uma mensagem de profundo alcance. A imagem diz que a Sabedoria não se relaciona com qualquer tipo de fraqueza. Não há conflito entre força, poder e felicidade, boa fortuna, compaixão e bom senso. O signo original, concebido em épocas insuspeitadas da história humana, referia-se à Regeneração Psíquica e à Imortalidade. Hermes considerava a serpente o mais espiritual de todos os seres. “Jesus admitiu a Serpente como sinônimo de Sabedoria, e um de seus ensinamentos, disse: Sede sábios como a serpente.” Todos os povos simbolizaram o “Espírito de Deus” sob a forma de uma serpente de fogo que repousa sobre as águas primordiais até o dia do despertar, quando se expande por meio do verbo tomando a forma do leminiscato, a serpente que morde a própria cauda, representação do Universo, da Eternidade, do Infinito e da forma esférica dos corpos celestes.WIKEPÉDIA.

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