Uma doença na qual uma pessoa se transforma em um animal, cuja muitas culturas no mundo todo acreditam. Esta crença é datada na antiguidade, e usualmente o animal mais perigoso em cada área - tigres no sul da Ásia e Japão, hiena ou leopardo na África, gato na Inglaterra e urso e lobo na Europa e norte da Ásia - está conectado com essa doença. Nos dias de hoje a licantropia é descrita como um alucinação (seja por influência de drogas psicotrópicas ou doença mental) de que uma pessoa possa ser transformada em um animal. Em certos casos, a Licantropia é o resultado de um ocorrido desejo por poder ou até mesmo desejos sexuais reprimidos. Mas existem alguns licantropos que são mais afetados mentalmente do que outros, tornando-os muito perigosos por seus arredores, e até por matar em extremo. O termo ver do grego "lukos" (lobo) e "anthropos", (homem), e histórias de tal metamorfose estão presentes na mitologia grega e folclore europeu.
Na mitologia grega, Lycaon (um lendário rei da Arcadia) tentou enganar Zeus para que ele comesse carne humana, mas foi descoberto e transformado em um lobo, como castigo. Aparentemente, este mito foi associado com um antigo culto no qual um sacrifício incluindo carne humana era preparado pelos sacerdotes que o desempenhavam, e quem quer que provasse da carne seria supostamente transformado em um lobo. Esses rituais eram mantidos anualmente no Monte Lycaeus na Arcadia.
Na Roma antiga existia também uma supersticiosa crença de que o poder da mágica e encantos pudessem transformar um homem em lobo.
A superstição do lobisomem prevaleceu na Europa medieval, usualmente envolvendo a transformação de um humano em lobo sob a influência da lua cheia, incursões noturnas nas florestas para atacar e devorar animais e pessoas, e a regressão à forma humana. Era também uma crença comum naqueles tempos, de que bruxas pudessem transformar a si próprias em animais a fim de vagar pela noite e atacar e devorar humanos para satisfazer sua sede de sangue, e então retornar à forma humana. Acreditava-se, ainda, no mito de que a licantropia fosse uma maldição, passada adiante entre membros de uma família amaldiçoada ou pela mordida de um outro lobisomem.
As lendas sobre Lobisomens tiveram seu auge na Europa, ao final do século XVI. Devido à grande quantidade de lobos no território Europeu, o medo das pessoas era tão forte e real que serviu para itensificar mais ainda a crença nas lendas. O lobo, em sua forma natural, foi dito de possuir qualidades demoníacas, como ser semi-noturno, cor cinza, uivar, presas afiadas, olhos que brilhavam em amarelo, verde e vermelho e tendência a ser quieto e oculto durante a caça. Na França, mais de 30.000 ações judiciais contra Lobisomens aconteçeram. E quase 100 delas foram executadas pois eles teriam cometido seus crimes na forma de um lobo. Na verdade esses pobres diabos eram apenas Lincantropos. Nos tempos da "Caça às Bruxas", milhares de lobos foram mortos no território da Europa, em um lamentável nível quase total de extermínio da população lupina.
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