quarta-feira, 10 de março de 2010

Dorme minha criancinha, dorme.


A noite olha pela janela adentro.
A lua redonda gosta de ti.
E as estrelas te iluminam
dorme minha pequena, sonha docemente.
em breve estejas no paraíso.

Pois logo a porta se abre.
e um monstro vem em tua direção.
com seus onze olhos ele te olha.
e se esgueira ao lado da tua cama.
Ainda estás deitada lá, não te moves.
o monstro arranha tua face.

Seus dedos são longos e finos.
não te defendas, não adianta.
e ele ri como louco.
enquanto aperta tua garganta! - Tu gritas.
mas estás sozinha em casa.
o monstro arranca teus olhos.

Então te acalmas e isso é bom.
ele te morde na garganta e bebe teu sangue.
sem sangue tu estás, pálida como giz.
então ele devora tuas entranhas.
tua cama toda vermelha de sangue.
o sol nasce e tu estás morta.

Dorme minha criancinha, dorme de uma vez.
no céu ficam as estrelinhas.
Dorme minha pequena, dorme rápido.
tua cama é um carrossel.
Dorme minha criancinha, dorme de uma vez.
senão o monstro não pode entrar.
[D.A]

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