sexta-feira, 19 de março de 2010

À saudade que há de matar.

Rosas perfumadas e sem espinhos,
Que colheste, ferindo as mãos,
Sobre meu túmulo vais desfolhando
Na mais completa solidão…

Segue meu corpo envolto
Por flores, entrelaçadas as mãos,
Que um dia seguraram as tuas,
E suplicaram amor em vão!

Ruflarei minhas asas na tênue linha,
Que separa, no horizonte, o céu…
E hei de te ver chorar sozinha!

E se um dia tiveres que me encontrar!
Que venhas vestida no mais puro véu,
Da saudade que te há de matar!
[D.A]

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