contos sol e lua

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pistis Sophía Desvelada.


Pistis Sophía DesveladaPara os estudiosos da teologia, não é nenhum segredo que a Gnose, como conhecimento hermético, teve suas raízes pré-cristãs nas filosofias estabelecidas na Síria e na Mesopotâmia, e obviamente, também nas doutrinas do paganismo grego e egípcio.

Não podemos também ignorar os princípios gnósticos subjacentes nas teogonias dos povos pré-colombianos da América Central e da América do Sul. Há em tais teogonias uma vertente gnóstica que fala também do exílio da alma caída no erro e de seu fervente desejo de ascender aos Céus ou Aeones dos gnósticos.

Dentre todos os textos gnósticos conhecidos pela humanidade, a Pistis Sophia é, sem lugar a dúvidas, o que ultrapassa em relevância a todos os outros conhecidos no mundo da teologia cristã.

Ao lado de todos os documentos que aumentaram a reputação da Gnose, como por exemplo os evangelhos apócrifos, a Pistis Sophia adquire uma importância transcendental devido ao fato de se constituir na maior expressão do ideal gnóstico, que é a completa libertação da alma de todas essas ataduras, visíveis ou invisíveis, que a aprisionam na roda da vida ou roda do Samsara de que falam os hindustânicos.

Escrito originalmente em copto e posteriormente traduzido ao grego, o texto da Pistis Sophia foi uma relíquia venerada durante milênios pelas diversas confrarias gnósticas que se sucederam ao longo da história.

A forma em que discorre a Pistis Sophia está repleta de indicações cosmogônicas, antropológicas e teológicas direcionadas a atingir o perdão da alma mediante a auto-aplicação do castigo purificador; o qual está amplamente comentado e desenvolvido na temática gnóstica que nos legou o V.M. Samael Aun Weor, segundo a qual, somente através de padecimentos voluntários e sacrifícios conscientes, é possível desintegrar as correntes que aprisionam nosso material anímico, podendo, deste modo, recuperar a luz que perdemos através dos séculos e milênios.
Jesus, Maria and Disciples

Contendo as palavras do Grande Kabir Jesus ditadas a seus apóstolos durante onze anos após a Ressurreição, a Pistis Sophia constituiu-se na Bíblia por excelência dos gnósticos e, com justa razão, argumentou-se por isso que não existe outra obra que descreva com tanta nitidez o pensamento do Nazareno e os fins de sua doutrina.

É bastante chamativo o diálogo que permanentemente se desenvolve ao longo do conteúdo desta obra. É um diálogo entre a alma (submergida no pecado) e o Divino Redentor, como representante supremo das Regiões da Luz. Mediante este diálogo, Pistis Sophia vai clamando por auxílio para abandonar sua pobreza espiritual e o Nazareno vai respondendo às suas súplicas, desvelando os porquês da queda de Sophia e a experiência adquirida com a sabedoria do pecado.

Para os seguidores da Gnose eterna, a alma, ou o material psíquico que está contido no ser humano, foi vítima de uma queda espiritual provocada por um falso Deus ou Demiurgo Criador. Esta queda ocasionou em Pistis Sophia (a alma humana) uma distorção em sua estrutura original e, seqüencialmente, o aparecimento de agregados psíquicos ou demônios que a atormentam e a aprisionam desde então, a ponto de afastá-la de sua morada divina e de lançá-la aos Aeones inferiores ou ao Caos das religiões.

A missão do texto contido na Pistis Sophia não é outra que a de contar a origem dela própria e sua desgraça ao haver ficado encerrada na matéria e, somada a isso, a maneira de abandonar essa condição miserável por meio de métodos divinos com o propósito de reconquistar os Céus ou Aeones outrora perdidos.

Inquestionavelmente, a linguagem que compõe a Pistis Sophia é eminentemente parabólica e plena de metáforas, no mais puro estilo das comunidades que existiam em tempos pré-cristãos e também durante a permanência de Jesus na Terra Santa. Este fato condicionou a Pistis Sophia a converter-se no texto gnóstico mais incompreendido pelos exegetas de todos os tempos e, por outra parte, foi o motivo secreto que impediu sua alteração.

É talvez por este motivo que existia uma profecia que sentenciava enfaticamente o seguinte: «Somente alguém que tenha encarnado os princípios crísticos em sua natureza espiritual será capaz de entender, compreender e desvelar o conteúdo da Pistis Sophia»…

Foi necessário que os séculos e milênios passassem para que, finalmente, no Século XX, um autêntico Mestre, representante da estirpe dos Iniciados Solares, aparecesse diante o veredicto solene da consciência pública para desvelar, com toda riqueza de detalhes, esta obra sagrada e portadora das chaves da redenção humana.

Este grande Ser, em boa hora vindo a nós desde o Alto, foi o muito Venerável Mestre Samael Aun Weor, Avatara de Avalokitesvara para esta nova Era de Aquário que já está se desenvolvendo entre o augusto troar do pensamento.

O Nazareno ditou de lábios a ouvidos a seus apóstolos o corpo de doutrina contido na Pistis Sophia, que eles, os apóstolos, recolheram com devoção em seus escritos, constituindo-se assim os livros ou capítulos desta magna obra.

Porém, escrito está que, para o gênero humano comum e corrente, a Pistis Sophia, em seu estado original, é como um livro mudo, já que o sentido que as palavras desse texto encerram é totalmente enigmático. No entanto, com a revelação que nos faz o V.M. Samael Aun Weor, a Pistis Sophia converte-se na guia exata através da qual é possível tirar o ente humano do labirinto de confusões em que normalmente se encontra e devolvê-lo ao status divino que originalmente possuía, segundo o mesmo Gênesis hebraico.

É, portanto, a Pistis Sophia, a portadora da herança perdida que a todos nos corresponde e que podemos chegar a possuir de novo mediante as formulações didáticas e dialéticas da Gnose contemporânea entregue à humanidade deste tempo pelo insigne Mestre Samael Aun Weor.

Atribui-se a Pistis Sophia a Valentin, eminente e valente buscador da verdade, o qual teve a coragem de se rebelar contra os dogmas pontifícios da Igreja católica, a qual já começava naqueles tempos (Séculos I e II da nossa era) a fabricar sua ortodoxia eclesiástica com o fim de deixar fora de jogo os autênticos cristãos primitivos que abraçavam a Gnose que lhes havia sido outorgada por Jesus.

Muitos teólogos não duvidam em afirmar que: «Durante a segunda metade do Século II e os começos do Século III, a doutrina de Valentin ia ser a mais poderosa e séria das dissidentes da Igreja, superando sua literatura, em volume, à da própria Igreja».

A história das religiões teria que fazer uma homenagem póstuma a Valentin por nos haver condensado, de maneira tão escrupulosa, o caminho de regresso para o oceano da grande luz, permitindo hoje, em pleno Século XXI, a todo o formigueiro humano que povoa a face de nosso mundo, realizar dentro de si a comunhão disso se chama GRAÇA e VERDADE.

O provérbio popular nos disse sempre: «Para grandes males, grandes remédios». E, neste preciso momento em que a humanidade vive uma onda de apostasia manifesta, esta obra monumental, a Pistis Sophia, vem cumprir uma sagrada missão ao chegar a nós decifrada por virtude da iluminação de um homem autenticamente cristificado, chamado Samael Aun Weor…

Estamos hoje, mais do que nunca, nos diz a Gnose Samaeliana, diante do dilema do SER ou do NÃO-SER e disto se deduz claramente que nunca em outros tempos se tinha produzido na linhagem humana uma auto-seleção que dividirá aos povoadores de nossa órbita em duas categorias bem definidas: de um lado, a das águias e, do outro, a dos répteis; uma de anjos e outra de demônios.J. VAN RIJCKENBORGH.

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