quarta-feira, 2 de março de 2011
FRAGMENTOS MÍSTICOS DO PENSAMENTO MÍSTICO DE MAX HEINDEL
Um Místico (ou um ser evoluído) não cometerá o erro, tão freqüente em muitas pessoas, de menosprezar o corpo denso ao saber que existem corpos superiores, dele falando como de coisa "grosseira" e 'vil" e dirigindo os olhos ao céu ansioso por abandonar logo este amálgama de barro terreno para voar nos seus "veículos superiores". O homem sábio é grato pelo seu Corpo Denso e dele cuida da melhor maneira possível, porque sabe que é presentemente o mais valioso dos seus instrumentos.
Todos os bois pastam erva e todos os leões comem carne, mas aquilo que é alimento para um homem pode ser veneno para outro.
As lições de discernimento entre o bem e o mal não podem ser aprendidas sem o exercício da livre escolha do próprio caminho, e sem que se aprenda a rejeitar o erro como uma verdadeira "matriz de dor". Se o homem agisse com retidão apenas por não ter outra alternativa nem oportunidade de agir diferentemente, ele seria um autômato e não um Deus em evolução.
Evolução.
O Reino Mineral não está representado porque,
segundo Heindel, não possui Corpo Vital
individual e, portanto, não pode ser veículo
de correntes que pertençam
aos Reinos Superiores.
O mais fugaz sentimento, o mais fugaz pensamento ou a mais fugaz emoção são transmitidos aos pulmões, de onde são injetados no sangue. O sangue é um dos produtos mais elevados do corpo vital, tanto por ser o condutor de alimento para todas as partes do corpo, quanto por ser o veículo direto do Ego. As imagens nele contidas imprimem-se nos átomos negativos do corpo vital para servirem como árbitros do destino do homem no estado post-mortem.
Quanto mais dispostos estivermos a aprender a reconhecr a Memória Supra-Consciente e a seguir sua orientação, tanto mais freqüentemente ela falará, para nosso permanente benefício. (Grifo meu). [Esta é a Voz Insonora do Coração a que tenho feito referência em outros textos e que Helena Petrovna Blavatsky denominou de Voz do Silêncio. Portanto, há uma superlativa e, de certa forma, inconciliável diferença entre coração e Coração, ainda que no ventrículo esquerdo, como ensina Heindel, esteja localizado o Átomo-Semente.].
A atividade do espírito no corpo denso, manifestada como reta ação, promove o crescimento da Alma Consciente.
A Alma Emocional é o extrato do Corpo de Desejos. Ela aumenta a eficiência do Espírito Humano, que é a contraparte espiritual do Corpo de Desejos.
A Alma Intelectual amplia o poder do Espírito de Vida porque a Alma Intelectual é extraída do Corpo Vital, que é a contraparte material do Espírito de Vida.
A Alma Consciente aumenta a consciência do Espírito Divino, pois (a Alma Consciente) é o extrato do Corpo Denso, que, por sua vez, é a contraparte do Espírito Divino.
No Átomo-Semente ficam impressas as experiências vividas no corpo denso durante a existência, que, durante a vida, localiza-se no ventrículo esquerdo do coração, próximo do ápice. Esse Átomo é libertado após a morte, e despertará somente na aurora de uma outra vida física para servir novamente como núcleo de mais um Corpo Denso, a ser usado pelo mesmo Ego. Ao ocorrer a morte, sobe ao cérebro pelo nervo pneumogástrico, abandonando o Corpo Denso juntamente com os veículos superiores por entre as comissuras dos ossos parietal e occipital. É a ruptura do Átomo-Semente que produz a paralisação do coração.
A cremação restitui os elementos à sua condição primordial sem que o cadáver alcance os desagradáveis aspectos inerentes ao processo da decomposição lenta. Mas, deve-se ter muito cuidado em não cremar ou embalsamar o corpo antes de decorridos no mínimo três dias e meio após a morte, porque enquanto o Corpo Vital e os corpos superiores permanecerem unidos ao corpo por meio do Cordão Prateado, o homem, em certa medida, sentirá qualquer exame post-mortem ou ferimento no Corpo Denso. A cremação deveria ser evitada nos três primeiros dias e meio depois da morte porque tende a desintegrar o Corpo Vital, que deve permanecer intacto até que se tenha impresso no Corpo de Desejos o panorama da vida que passou. A partir do momento em que o Cordão Prateado se rompe o Corpo Denso fica completamente morto. [Morte, então é o rompimento do Cordão de Prata.].
Em princípios de 1906, o Dr. McDougall fez uma série de experiências no Hospital Geral de Massachusetts a fim de verificar se algo invisível abandonava o corpo por ocasião da morte. Com esse propósito, construiu uma balança capaz de registrar qualquer variação de massa até um décimo de onça. Uma pessoa agonizante foi colocada com seu leito em um dos estrados [pratos] desta balança, e no outro puseram pesos até que se estabelecesse o pleno equilíbrio. Notou-se que no momento preciso em que a pessoa agonizante exalava o último suspiro, o estrado contendo os pesos descia subitamente, elevando-se o estrado que continha o leito e o corpo da pessoa que acabara de falecer. Demonstrou-se, pois, que alguma coisa invisível, mas ponderável, tinha abandonado o corpo. Isto aconteceu em todos os casos em que a experiência foi realizada. As experiências do Dr. McDougall demonstraram conclusivamente que alguma coisa, invisível à visão comum, abandonava o corpo na ocasião da morte, como os clarividentes treinados têm visto e já havia sido revelado em conferências e livros muitos anos antes da descoberta do Dr. McDougall. Enfim, essa "alguma coisa invisível" não é a alma. O que os cientistas pesaram foi o Corpo Vital, que é formado por quatro éteres que pertencem ao Mundo Físico. E todos os animais também perdem peso quando morrem. Um gatinho usado em uma experiência semelhante perdeu 100 miligramas ao agonizar, e quando exalou seu último alento perdeu mais 60 miligramas. A seguir, foi perdendo peso lentamente, devido à evaporação.
A passagem para o além não é tortura. Mas arrastar a alma de volta ao corpo para que continue sofrendo, isto sim é tortura. Há casos de mortos que contaram aos investigadores o quanto sofreram agonizando durante horas por tal motivo, rogando às famílias que cessassem seu mal-entendido carinho e os deixassem morrer. [Quando meu pai faleceu, no exato momento em que deu seu último suspiro, a enfermeira que estava ao seu lado pulou em cima dele para fazer uma massagem cardíaca para tentar reanimá-lo. Eu imediata e decididamente a retirei de lá e disse exatamente estas palavras que nunca esqueci: — Deixe meu pai morrer com dignidade. E assim sucedeu. Seu crânio havia sido trepanado e parte do seu cérebro havia sido sugado devido à existência de um tumor cerebral maligno. Não havia a menor possibilidade de ele recobrar a consciência.].
Para um suicida, depois de praticado o suicídio, há um horrível sentimento de "vazio", que permanece até o tempo em que deveria ocorrer a morte natural.
Tal como sucede com muitos de nossos desejos na vida terrestre, depois da morte ou transição, no Mundo do Desejo todos os desejos morrem por falta de oportunidade para satisfazê-los. Tudo se passa semelhantemente a um homem em um barco no meio do oceano: água, água por toda parte, porém nem sequer uma única gota para beber.
Não há nenhuma deidade vingativa ou punitiva que tenha criado o purgatório ou o inferno para nós; mas, sim, somos nós próprios que os criamos com os nossos maus atos e os nossos maus hábitos. Portanto, a infalível Lei dá a cada um aquilo de que necessita para se purificar de seus maus desejos e maus hábitos. O que o homem semear, isto também colherá [educativamente].
Fazer o bem aos demais esperando que eles nô-lo retribuam é essencialmente egoísta [Imperativo Hipotético]. No devido tempo aprenderemos a fazer o bem sem considerar como estamos sendo tratados [ou reconhecidos] pelos outros. [Imperativo Categórico].
O auto-julgamento diário, preferentemente antes de nos recolhermos à noite, gera aspirações para o bem, que, no devido tempo, frutificar-se-ão seguramente em ações retas.
Quando compreendemos o erro de certos hábitos ou de certos atos em nossa vida passada e nos determinamos a eliminá-los ou a desfazer o mal praticado, expurgamos suas imagens da memória subconsciente, de modo que depois da morte já não estarão ali para julgar-nos. Ainda que não possamos dar compensação por um erro cometido, a sinceridade de nosso arrependimento bastará. A Natureza não visa desforra nem busca vingança.
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