sexta-feira, 22 de julho de 2011
Poema.
Escuto o sonar doce de um vento frio,
Observo encantada a dama lua,
Que com sua doce luz, ilumina meu vivido olhar frio.
Sinto intensa a lama negra e úmida que me cerca,
E escuto o vivido pingar das rendas do vestido;
E tão intenso e estrondoso para meus ouvidos; que posso conta-los.
Veja que ironia; um bosque escuro frio e profundo, húmido e sujo;
Veja onde minha alma foi se esconder por culpa deles;
Sim deles, os fantasmas que me rondam, os mesmos que assombram minhas doces lembranças.
Por que a dor agora parece tão intensa, ela nunca foi tão profunda e desesperadora.
As gotas não se sessam;
Eu abraço meus joelhos... Mas eles não podem abraçar.
A solidão se torna o caos e a sua falta a ruina.
Sentes essa brisa, ela e inquietante, mas acalentadora.
O cheiro, o abraço, a voz sondando meus ouvidos, incrivelmente familiar.
Agora não a mais resistência, não a razão para isso;
Não a nem sequer forças.
Á apenas o som do seu sorriso, e dois olhos tolos que se fecham.
Agora me acalento e me escondo por entre seus braços;
Mas antes que meus pulmões se sessem; ainda sinto pela ultima vez a umidade da lama negra a minha volta;
Negra de desilusão, não só as que meu sangue insiste em deixar, mas as de folhas outonais;
Assim como morrem pelas mãos de quem lhes deu a vida, e vivem pelo simples motivo de esses existirem.
Talvez amar você por algum motivo, fosse fácil, fácil como respirar...
Mas agora já não faz sentido, não e preciso mais ser forte...
Você esta aqui, e vai ficar, para o meu abraço eterno...
Agora tudo se cessa, e a vida e apenas um farfalhar de folhas velhas...
Que por algum motivo tonto se torna o palco de mais, e mais vidas
impressionantemente apaixonadas.
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