domingo, 17 de maio de 2015
A Lei da Causa e Consequência II Parte 2. As Causas do Destino..
Na sua vida normal, o homem emite 3 géneros de energia, pertencentes aos três mundos que habita (consideraram-se apenas os três mundos inferiores: Físico, de Desejos e do Pensamento, onde presentemente tem lugar a evolução do homem).
No Mundo do Pensamento as energias mentais dão origem às causas, que podemos chamar pensamentos.
No Mundo dos Desejos, as energias emocionais, geram causas chamadas desejos.
No Mundo Físico, as energias físicas são suscitadas pelas anteriores e designam-se acções.
Estudando estas três classes de energias, podemos estabelecer a distinção entre os seus efeitos sobre os outros seres que se encontram na sua esfera de influência. Cada força age no seu próprio mundo e reage nos mundos inferiores proporcionalmente à sua intensidade.
Estes três tipos de energias exercem os seus efeitos, por um lado sobre o seu criador e, por outro lado, sobre tudo o que sofre a sua influência.
A primeira classe de energia, o pensamento, é o mais importante factor de criação de "destino humano", porque manifesta a operação das energias do Ego na matéria mental, matéria cujas mais subtis modalidades formam o próprio veículo da individualidade.
As vibrações que podem designar-se por pensamentos, consequência directa da actividade pensante do ego, funcionam no seu veículo do Mundo do Pensamento, ou corpo mental, dando origem a formas de substância mental ou imagens mentais, que modelam e organizam o corpo mental do Ego. Nenhum poder de raciocínio, nenhuma faculdade mental existe, que não tenha sido criada pelo próprio Homem, com o auxílio de pensamentos pacientemente repetidos. Por outro lado, não há uma única das imagens mentais assim criadas que se perca. Todas contribuem para a formação das faculdades do ego.
O conjunto de um grupo qualquer de imagens mentais serve para construir uma faculdade correspondente, que se desenvolve, cada vez que se cria uma imagem mental da mesma natureza.
Conhecendo esta lei, o Homem pode gradualmente construir o carácter mental que deseje possuir. Esta faculdade mantém-se no homem, vida após vida.
O homem traz consigo esta faculdade quando renasce no Mundo Físico. Uma grande parte do cérebro do seu novo corpo é organizada de modo a servir esta faculdade. Todas as faculdades adquiridas constituem o seu corpo de pensamento, que obtém um corpo físico conformado de modo a fornecer ao corpo de pensamento os meios de expressão de que tem necessidade no Mundo Físico.
Assim, as imagens mentais, criadas numa vida, aparecem como tendências ou inclinações mentais nas vidas seguintes.
Esta lei põe completamente na nossa mão a edificação do nosso carácter mental. Se o construirmos bem, as vantagens e o bem recairão sobre nós; se o construirmos mal, desgostos cairão sobre nós.
O carácter mental é um exemplo do destino individual, na sua acção sobre o indivíduo que o criou.
Este indivíduo age pelo seu pensamento, sobre outros seres, porque as imagens mentais construídas pelo seu corpo de pensamento, dão origem no espaço ambiente, a vibrações da mesma ordem.
Os pensamentos, tendo na sua composição também matéria do Mundo de Desejos, tomam-se formas secundárias, que se destacam do ser que as criou, para terem uma existência mais ou menos independente, permanecendo, no entanto, em ligação com o ser por meio dum laço magnético. Entram em contacto com outros indivíduos, sobre que actuam, estabelecendo laços de destino entre si. Influem portanto, em larga escala, sobre o meio ambiente futuro, do indivíduo considerado. Criam-se assim laços, que em vidas posteriores, vão atrair ao mesmo grupo, certas pessoas, para o seu bem ou para o seu mal. São estes laços que formam os nossos parentescos, os nossos amigos e inimigos, pondo no nosso caminho os que são destinados a ajudar-nos ou dificultar-nos, os nossos benfeitores ou os que procuram prejudicar-nos. Por isso há quem nos tenha amor nesta vida sem que nada tenhamos feito para isso, enquanto do mesmo modo, outros não gostam de nós.
Em conclusão, pode dizer-se que, ao mesmo tempo que os nossos pensamentos, agindo sobre nós mesmos, geram o nosso carácter mental e moral, servem também para determinar, pela sua acção sobre os outros, os nossos futuros associados humanos.
A segunda classe de energias, destina-se a despertar a atracção por objectos do mundo exterior: são os nossos desejos.
Os desejos, agindo sobre aquele que lhes deu origem, constróem e organizam o seu corpo de desejos. São a causa dos sofrimentos do homem depois da morte, e determinam a natureza do seu corpo de desejos na próxima encarnação.
Quando os desejos são brutais, imundos e cruéis, são causa de doenças congénitas, cérebros fracos e doentios. O Ego, cujo corpo de desejos tiver este tipo de desejos, pode ficar retido muito tempo no Mundo de Desejos e retardar assim a sua reencarnação e a sua evolução.
Os desejos, forças de exteriorização que se prendem aos objectos externos, atraem sempre o Homem para um meio onde possam obter satisfação. O desejo de coisas terrestres prende o Ego ao mundo exterior, atraindo-a para o local em que estes objectos ambicionados sejam mais fáceis de obter.
Os desejos são uma das causas determinantes do lugar de reencarnação.
As imagens criadas pelos desejos, exercem sobre os nossos semelhantes uma acção análoga às imagens da mesma natureza, produzidas pelo nosso pensamento. Os desejos também nos ligam aos outros seres, por laços poderosos de amor e ódio.
Num Homem vulgar, os desejos são geralmente mais fortes e mais firmes que os seus pensamentos. Representam por isso, um grande papel na determinação do meio familiar, nas vidas futuras e podem levar o Homem ao encontro de certas pessoas e influências, sem que possa suspeitar das relações que existem entre si mesmo e elas. Por exemplo: uma pessoa, ao emitir um desejo de vingança e ódio, pode contribuir para impulsionar outra a cometer um assassinato. O criador deste desejo, estará ligado, pelo seu destino, ao autor do crime, embora nunca se tenham encontrado no Mundo Físico. O mal feito a este homem, compelindo-o ao crime, resgatá-lo-á sob a forma de algum prejuízo, em que o criminoso terá o seu papel importante. Muitas vezes uma desgraça fulminante e inesperada, totalmente imerecida na aparência, é o efeito duma causa dessa natureza.
Os nossos desejos, na sua acção sobre nós mesmos, formam a natureza do nosso corpo de desejos e influem poderosamente sobre o corpo fisíco da nossa próxima encarnação e representam um papel importante na determinação do nosso lugar de nascimento. Pela nossa acção sobre outros, concorrem para atrair em torno de nós, nalguma vida futura, seres humanos com os quais seremos associados.
A terceira classe de energias manifesta-se no Mundo Físico sob a forma de acções, produzindo grande parte do destino, pelos seus efeitos sobre o meio circundante, mas afectando pouco o homem interior. As acções são efeitos dos pensamentos e dos desejos do passado, e o destino que elas representam fica na maior parte esgotado, à medida que se vão produzindo. Podem afectar o homem indirectamente, porque podem despeitar pensamentos novos, desejos e emoções mais vivos.
As acções frequentemente repetidas, produzem no corpo físico um hábito cujo efeito é o de limitar a expressão do Ego no mundo exterior. Mas este hábito não sobrevive ao corpo e o destino de acção, quanto ao seu efeito sobre o Ego, fica restringido a uma única encarnação.
Mª Fátima Capela
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário