domingo, 16 de agosto de 2009

A LUZ MAIOR,EXPRESSADA NA LUZ MENOS,ERA CONTEMPLADA.


Aisha chorou pela primeira vez. Ela não podia entender, mas podia sentir. Era o parto dolorido da espécie humana; era a primeira lágrima que rolava sobre um rosto.
Era a sua e a vossa segunda prece!
Aisha sentiu, pela primeira vez, o Amor; mas sentiu também quão difícil seria a sua jornada para encontrar aquela luz que se escondia por detrás daquele disco.
Seu interior fremia de contentamento; suas lágrimas de dor e de alegria fundiam-se numa só emoção porque, em cada dor, surgia a alegria de uma nova vivência, de uma nova experiência.
Em cada período de repouso, ela contemplava a sua obra e partia para novas dimensões. Era mais uma etapa vencida na direção do grande destino que a aguardava. E, assim, Aisha, nesta nova morada, nesta nova forma de expressão acelerava o caminhar. Era a forma humana que se aprimorava. Porém, dada a complexidade dessa expressão, surgiu aquilo a que chamamos o “bem” e o “mal”.
Era a ciência dos opostos que ela conscientizava.
Foi aí que Aisha percebeu que o mal existia para que o bem se evidenciasse. Era uma lei que surgia, oriunda dos conjuntos, para, através desta mais alta forma de vida, usando da liberdade que lhe foi conferida para lhe facilitar a obra, dar a ela o direito de escolha.

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