contos sol e lua

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Meu Tempo.


Difícil prá mim falar das coisas simples.
Fácil prá mim sentir as coisas simples.
Algo me deixa aflito. Me deixa no ar.
Vida sôlta. Solta a vida!...deixe-a reinar.
Mergulho em mim, e nada encontro além do que sou
É mar imenso, sem referencial. Não sei onde estou.
Tempo? Espaço? Nada disso é palpável.
O que sou além do que mostro ser?
Onde vou? Se nem sei onde cheguei!
Mar de mim mesmo. Preso estou.
Se me solto, prá onde vou?
Ir e vir. Ondas no meu mar
Sem rumo e em todos os rumos.
Eu flutuo... Eu mergulho...
Continuo não sabendo onde estou.
Como preencher meu coração vazio?
Prá quem tem esperança o tempo é "quando"
Prá quem tem saudade o tempo é "ido"
Prá quem não tem rumo, todo o tempo é sofrido!.
Melhor tempo nenhum,
Melhor nenhum lugar
Melhor partir do que ficar.
Na eternidade dessa dúvida.
Na crueldade da mentira.
Na solidão do não ser.
Prefiro a paz da ascese
Prefiro a mansidão de saber...
Que do outro lado da vida
Há alguma razão escondida
Que justifique o viver!

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