segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A ROSA VERMELHA.
Quando você catar a flor
Para me trazer e se cortar,
Colha também duas lágrimas
Brancas para me dar.
Sei que sou pior
Que meu cabelo,
Mas você é meu espelho
Só por dizer
Que sempre vai me amar.
Não tenha medo de ser linda
E ficar nua para mim,
De deixar os meus toques
Te seduzir.
Que eu sou o vento forte,
O tufão que lhe invade
E lhe possui.
Eu sou o espinho da rosa
Que lhe machuca
E depois lhe lambe a carne.
Suga o teu sangue.
Não tenha medo,
Eu também te desejo
E você sabe apreciar isso.
Somos os lençóis da noite
Escondidos do inimigo.
Somos negros e estamos de castigo,
Acorrentados um ao outro
Apanhando do destino.
Amanhã vamos morar juntos
E vamos ter um filho
Que nos vai trazer a paz.
Eu vou ninar você e ele
Com uma pomba branca,
E trazer-lhe a esperança
Que eu roubei lá no canteiro.
Vai ser eterna a sua noite
De alegria.
No nosso quarto exclusivo e fechado
Um colchão e um copo d’água
E eu sendo só seu,
Seu namorado.
Vai ser linda minha possuída,
Com uma rosa vermelha
E o dedo sangrado.[D.A.]
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