sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Vampiro:O submundo.


Há muita história, mito e folclore a cerca dos vampiros. Do romance Drácula, de Bram Stoker e do filme mudo de 1922, Nosferato até o filme de 1985 Fright Night, além do romance de 1976 Interview With A Vampire, de Anne Rice. O que muitos não percebem é que hoje há aqueles que se consideram vampiros, e há um genuíno submundo vampiro nos Estados Unidos e Europa. Mas esses vampiros não estão virando morcego. Estes vampiros de hoje são pessoas que não se consideram a si mesmos totalmente humanos, acreditando que nasceram vampiros ou que se tornaram um através de algum tipo de iniciação envolvendo beber sangue e sexo.
A personalidade do vampiro também pode ser tomada como uma forma de expressão pessoal pessoais, ou para indicar sentimentos de um grupo separado da sociedade. O que é verdade é que essa subcultura é totalmente fora da tendência cultural atual e é mais do que rejeição aos valores culturais, mas uma rebelião contra eles. Vampiros preferem, às vezes, que se soletre "vampyro", para distinguí-los dos vampiros estereotipados e da ficção. Muitas vezes se referem a eles como semelhantes. Há aqueles que não gostam do termo vampiro, mas preferem um nome como Anjo da Escuridão.
A subcultura vampira cobre uma série de crenças e práticas. Os envolvidos podem:
A) Restringir seu envolvimento aos jogos de encenação e fantasia. b) Reunir-se com góticos ou clubes similares nos finais de semana. c) Ser atraído e envolvido em práticas eróticas associado com algumas formas de vampirismo. d) Ser arrastado para o ocultismo, o lado escuro do vampirismo. e) Acreditam que ganham poderes especiais através de beber sangue. F) Estar em grupo ou em clã com outros. g) Identificam a si mesmo como vampiros baseados em sues próprios critérios pessoais.
Desde que o movimento é uma (sub) cultura dirigida e sem líder, não há nenhum conjunto consistente de crenças; há uma disputa a respeito do que o vampiro realmente é. O vampiro é reverenciado por várias pessoas como herói romântico, como um rebelde, como um senhor do poder das trevas, como um predador, como um rejeitado, ou como um imortal. Alguns alegam que beber sangue deve ser parte disso, enquanto outros declararam que beber sangue é da área daqueles que querem ser iguais e que o vampiro verdadeiro não se alimenta de sangue porém da energia psíquica de outra pessoa. Outros podem acreditar que ser um vampiro é o máximo em individualidade e daí podem fazer o que querem. Aqueles que estão seriamente envolvidos podem praticar um ou mais dos seguintes rituais: beber sangue, dormir em caixões, evitando a luz do dia; executar rituais ocultos, usar dente canino afiado e insuar em práticas sexuais incomuns.
Raízes e influências:
A cultura gótica (cultura germânica): Muitos consideram que a cultura contemporânea do vampirismo seja um subconjunto da cultura bárbara, um movimento abarcando o romantismo da escuridão e a personalidade rejeitada, porque o vampiro se vê como o banido de uma sociedade sem sentimentos. Muitos góticos, e isso é importante notar, não estão na subcultura vampira. O movimento gótico originou-se da subcultura punk dos anos setentas, principalmente através da música e das declarações contra o que estava sendo percebido como opressivo, materialista e valores superficiais em voga na sociedade de então. Aqueles que se identificam com o movimento, quase exclusivamente vestem roupas pretas, muitas vezes pintam o cabelo de preto, se divertem com literatura "dark" tal como lovecraft (Arte de Amar), Stephen King, Anne Rice e outros; podem usar correntes de prata ou têm vários piercings ( acessórios perfurante de valor estético duvidoso) espalhados pelo corpo; e podem pintar as unhas de preto. (Nota: Há aqueles que se vestem dessa maneira, mas não são góticos ou vampiros). Muitas vezes são pessoas criativas, eles apreciam discussões intelectuais e não podem se identificar com nenhum sistema religioso em particular, muitas vezes se apresentando como agnósticos. Adolescentes góticos são provavelmente mais envolvidos com o ocultismo, bruxaria ou outras formas de espiritualidade alternativa. Muitos góticos têm a percepção de que não se encaixam na sociedade atual e têm experimentado alguma forma de isolamento social, familiar ou rejeição. Apesar da sua maneira sombria, góticos são pessoas delicadas que apreciam a literatura e a arte. Muitos podem usar seu olhar distante como um teste para ver quem os aceitará do jeito que são. Outros escolhem esse estilo porque julgam ser o mais confortável e sentem que é uma maneira artística de se expressar. A violência não é uma marca dessa cultura.
O submundo do vampirismo reflete muito desses traços da cultura gótica. Aqueles que assumem a personalidade de vampiro, pode não usar preto, mas algumas vezes usam jóias com símbolos ocultos como o ankh, longas capas com capuz e tornam suas faces pálidas com maquiagem branca. Como um movimento social conectado às visões góticas de mundo, a subcultura vampira é acreditada para espelhar a natureza predatória de uma sociedade da qual tecnologia e poder corporativo tem corroído a intimidade e lançado fora aqueles que não se submetem a essa desumanização. Nesse sentido, a desumanização da sociedade é zombada pela figura do vampiro, que a si mesmo não se considera humano.
Vampiro: o mascarado.
Uma das influências do submundo vampiro, com exceção dos romances de Anne Rice, é o jogo do vampiro, Vampiro: o mascarado, a ação viva do jogador (LARP) que permite agir individualmente fora do papel de vampiro dentro do contexto de uma complexa estratégia de jogo. Jogadores escolhem pertencer a um dos sete clãs com nomes como Nosferatu, Tremere, Gangrel e outros, cada um com suas próprias características. Cada jogador escolhe certas características, muitas dos quais incluem poderes ocultos. Na introdução do jogo, se descreve um mundo onde predadores, ambos humano e vampiro, estabelecem: "Suas características não existem no vazio. Antes, elas residem num mundo que existe em nossa imaginação, lugar conhecido como mundo da escuridão. Isso é o inferno proverbial em que suas características vivem e sofrem. Sua característica vampírica vive para caçar e se alimentar. Nunca ela verá a luz do dia. O mundo é um pesadelo gótico-punk, assustador, versão surreal do nosso próprio mundo...fardos das ruas assassinas à espreita na floresta urbana.
Nesse aspecto fantasioso, a cena vampira oferece conexões íntimas àqueles alienados da sociedade ou família, provendo uma ligação social e emocional profunda através dos jogos e encenações.Wikepédia.

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