quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Estudos dos Signos do Zodíaco.

Quando uma pessoa, pela primeira vez, toma contacto com o estudo da Astrologia, defronta-se com o problema da aprendizagem das características dos diferentes signos do Zodíaco. O processo comum, usual, é começar com o estudo do primeiro signo, Áries, seguindo-se o estudo de Touro, Gêmeos, Câncer etc., seguindo a ordem até o décimo segundo signo, Peixes. O estudante segue esta ordem porque este é o método adotado pelos autores modernos. O estudante aprende que Áries é um signo entusiasta, enérgico e que a ele se segue Touro, um signo tranquilo, fleumático. O estudante poderia então perguntar a si mesmo: "Por que essa influência muda tão radicalmente? Que relação existe entre um signo e outro?". O estudante aprende ainda que os signos são classificados em ígneos, terrestres, aéreos e aquáticos, mas muito tempo se passará antes de compreender a diferença entre dois signos ígneos, por exemplo. Este método pode, com o tempo, dar ao estudante uma idéia clara da relação existente entre os signos, mas até lá, quase sempre se faz grande confusão das influências, ficando na completa dependência da memória para aprender a natureza intrínseca dos signos. Por esta razão desejo apresentar aos amigos uma teoria de relação entre os signos que, parece-me, ainda não foi mostrada aos estudantes de Astrologia. Creio que o método que ofereço para o estudo dos signos, é não somente melhor para o principiante, mas também para os mais adiantados, pois lhes dá uma percepção mais clara da relação que existe entre um signo e outro. Para o cético, este método dá uma razão satisfatória para se crer que os signos exercem influência real, pois, mostra que as forças em ação nos signos são as mesmas, em caráter, que observamos no nosso globo físico. Mostra a razão de muitos fatos inexplicáveis e conduz a uma compreensão apropriada da relação entre os signos, bem como sobre a natureza da força que se expressa por seu intermédio. Admito, preliminarmente, que os Amigos estejam familiarizados com a ordem dos signos e com a sua classificação clássica: cardeais, fixos, comuns, fogo, terra e água. Para compreender o método que me proponho expor, será conveniente que os Amigos compreendam primeiramente a natureza da Divindade para chegarmos a uma correta compreensão do Deus do nosso sistema solar, Isso não é assunto novo, pois todos já o estudaram no Conceito Rosacruz do Cosmos. Mas vale a pena recapitular. Vamos começar com o que na terminologia Rosacruz é chamado de O ABSOLUTO, a Raiz da Existência. O Absoluto é de acordo com os ensinamentos Rosacruzes, uma expressão do pólo negativo do Espírito Universal. O que seja o polo positivo, não pode ser conhecido do não iniciado. Todavia, podemos concluir que se há um polo negativo do Espírito Universal, forçosamente haverá também um polo positivo, pois, em toda a natureza encontramos esta polaridade dupla. O Conceito Rosacruz do Cosmos nos ensina que no alvorecer ou no começo da Manifestação ativa, o Ser Supremo é emanado do Absoluto (Veja o diagrama 6 do Conceito). Esta grande inteligência Espiritual possui três forças ou energias miraculosas que se manifestam como PODER, VERBO e MOVIMENTO. O primeiro aspecto, o PODER, contém em si a habilidade de criar algo original e inteiramente novo. O segundo aspecto, o VERBO, recebe o germe original criado pelo primeiro aspecto, imagina seu modo de desenvolvimento, desenvolve-o e alimenta-o ou mantêm-no. O terceiro aspecto, o MOVIMENTO, dá-lhe o poder de crescimento. Com esse processo, Sete Grandes Logos vêm à existência e o sétimo desses Seres diferenciou em Si o Deus do nosso sistema solar. O Deus do nosso sistema solar tem, portanto, em Si, os três poderes primários correspondentes aos do Ser Supremo. Tais poderes são designados como VONTADE (correspondendo ao PODER), SABEDORIA (correspondendo ao VERBO) e ATIVIDADE (correspondendo ao MOVIMENTO) e manifestam-se exatamente da mesma maneira, embora em menor escala, que os três grandes poderes possuídos pelo Ser Supremo. Ora, o Espírito de cada ser humano, o Eu Real individual, foi diferenciado por este grande Ser em Si mesmo e, como Ele, cada um de nós está imbuído, potencialmente, com Seus três grandes poderes primários, que são designados como ESPÍRITO DIVIINO (correspondendo ao PODER, VONTADE), ESPIRITO DE VIDA (o VERBO, SABEDORIA) e o ESPÍRITO HUMANO (MOVIMENTO, ATIVIDADE). Estes três poderes primários da Divindade são as forças que agem por meio dos 12 signos do Zodíaco, expressando-se cada uma, através de quatro signos em estreita relação, como descrevemos a seguir. O primeiro aspecto ou aspecto Poder da Divindade, se expressa nos 4 signos fixos. O segundo aspecto, Sabedoria, se expressa no PLANO MENTAL por meio dos signos comuns e o terceiro aspecto, Atividade, se expressa no PLANO FISICO por meio dos signos cardeais. Portanto, cada um dos aspectos, se expressa através de quatro signos que, no zodíaco, estão colocados em cruz. Essa cruz Zodiacal, em Astrologia, chama-se "quadruplicidade". Estudaremos separadamente cada quadruplicidade, estudando cuidadosamente o caráter das forças que agem nos signos, pois é minha intenção mostrar que as forças que agem em cada quadruplicidade são idênticas as que observamos nos fenômenos elétricos. Cada quadruplicidade é uma unidade eletromagnética e é para as leis de manifestação eletromagnéticos nessas quadruplicidades, que eu desejo atrair a atenção dos meus Artigos. Primeiramente, permitam-me explicar o que quero dizer com "unidade eletromagnética". Para quem está afeito às coisas da eletricidade, isso não é novidade. Dirijo-me, antes, aos Amigos que desconhecem os fenômenos eletromagnéticos. Se uma corrente passar por um fio condutor, a resistência oferecida pelo metal do fio à passagem da corrente dá nascimento a linhas de força magnética que fluem em ÂNGULO RETO com a direção seguida pela corrente elétrica. Essas linhas de força magnética de modo idêntico à força elétrica de que a originaram, manifestam dois polos: um positivo e outro negativo, ou melhor, um polo de atração e um polo de repulsão. Os dois polos da corrente elétrica e os dois polos da corrente magnética constituem o que designei por "unidade eletromagnética". Está entendido? Pois bem; verificaremos que os signos de cada quadruplicidade manifestam forças que podem ser comparadas com as de uma unidade eletromagnética. Se os astrólogos estivessem familiarizados com esta maneira de considerar os signos, penso que a teriam acentuado, pois ajudaria a modernizar nossa querida ciência. Tendo em mente esta explicação, consideremos primeiramente a quadruplicidade de signos fixos que é uma expressão do aspecto PODER ou VONTADE da divindade, pois aqui, a analogia entre as forças em jogo numa unidade eletromagnética e as da quadruplicidade, podem ser vista mais plenamente, especialmente se considerarmos os planetas regentes dos signos. Depois de estudarmos os signos fixos, voltaremos nossa atenção para os signos comuns e para os cardeais. Max Heindel nos ensinou que os estelares são as forças impulsoras do tema e que o signo dá cor ou modifica a influência dos estelares. Todavia, temos três signos que manifestam o que eu vou chamar de força impulsora ou força criadora. Tais signos são os signos de fogo e a força ou poder desses três signos é análogo à da corrente elétrica, que é uma força impulsora, fluente. Leão é o signo ígneo da quadruplicidade fixa e representa a fonte ou gerador da nossa corrente elétrica. É regido pelo Sol, cuja tônica é VIDA. Leão é, portanto, a usina, a casa de força da nossa analogia. Ele fornece uma força fluente ou impulsora. O signo ou polo oposto a Leão é Aquário e aqui ele representa o canal, o condutor, as condições ou os meios necessários para a expressão, condução ou manifestação da corrente elétrica. Do material que ele tem à mão, isto é, do nosso material, Aquário seleciona e determina o caminho de menor resistência, o caminho por onde vai fluir à força de Leão. A força de Aquário é, portanto, uma força seletiva. Os regentes de Aquário são Urano e Saturno. A palavra chave de Saturno é "obstrução" e a de Urano "intuição". Intuição é uma faculdade seletiva, discriminadora, e exprime, perfeitamente, o caráter da força em ação. Sabemos que a "obstrução", ou melhor, a resistência do fio condutor seleciona ou "impede" certas vibrações da corrente elétrica e são essas vibrações impedidas de circular que vão formar as linhas de força magnética que sempre fluem em ÂNGULO RETO com a direção da corrente elétrica. Examinando os signos que estão em ANGULO RETO com a linha Leão-Aquário, encontramos num lado, Touro e no ponto oposto, Escorpião. Touro, o signo terrestre, é regido por Vênus, um estelar de "atração". No polo oposto, Escorpião, um signo aquático, é regido por Marte, um estelar de "repulsão". Estes dois últimos signos representam os dois polos opostos das linhas de força magnética. Os quatro signos, tomados em conjunto, representam aquilo que eu denominei de unidade eletromagnética. Por dois, Leão e Aquário, passa a corrente elétrica que vai gerar entre os outros dois, Touro e Escorpião, o campo magnético. A quadruplicidade FIXA é, portanto, uma expressão do aspecto PODER e manifesta-se, principalmente, no plano de vida emocional. O signo ígneo deste grupo é Leão; podemos, portanto, esperar que esta força elétrica, criadora, manifeste-se como força impulsora no plano emocional. O plano emocional é o reino dos MOTIVOS, das CAUSAS, é o reino da vital CAUSA PRIMEIRA, doadora da Vida. O resultado disso é que qualquer que seja a característica demonstrada por um nativo de Leão, ela será devida, em grande parte, a essa força diretora, quer ele a mostre em seu verdadeiro caráter ou de maneira pervertida. Uma breve descrição de cada signo mostrará como se manifesta a força impulsora. O verdadeiro Leão mostra uma natureza amorosa ou emocional forte, seus motivos são elevados e sente abundante fé em Deus. Sente-se naturalmente impelido a comunicar essa fé aos outros e emprega muito do seu tempo com esse propósito. Sente-se capaz de conduzir outros e tem grande confiança em sua própria força. Estende esta fé e confiança à humanidade e está convencido de que aqueles que trabalham por si sempre fazem o melhor que podem. Sua fé na natureza humana geralmente redunda em afeições mal empregadas e em ingratidões. Suas falhas são todas devidas a essa fé em si mesmo que o conduz a assumir ares de grande importância, de domínio sobre os que Ihe são inferiores ou a procurar posições de mando que não é capaz de desempenhar com sucesso. Há uma força de soerguimento em sua comunidade, cheio de vitalidade e de força de vontade. Como sua força se expressa no plano emocional, seu grande amor por Deus e pela humanidade leva-o, em geral, a ser um curador ou um pregador, ou então a expressar suas emoções como ator ou comediante. Encontra sucesso em qualquer esfera, onde brilha aos olhos dos outros. Muitos destes traços de caráter são comuns aos outros signos ígneos porque todos eles têm em si essa força impulsora. Todos a manifestam, mas como cada signo ígneo pertence a uma unidade diferente, cada um se manifesta em plano diferente, seja mental, emocional ou físico. Mas a coragem, a confiança em si, a generosidade, a agressividade, o otimismo, o entusiasmo, a previdência, idealismo etc., são comuns a todos. Tem muita dignidade, todos são francos, falam bem, porém em demasia. Em Aquário, o signo ou polo oposto temos uma força que também se manifesta no plano emocional, mas em vez de ser uma força impulsora,, vemos agora uma força seletiva, discriminadora. Enquanto que o nativo de Leão é dirigido pelos MOTIVOS o de Aquário dirige, observa, compara; julga e controla esses mesmos motivos. O aquariano adiantado é de todos os signos, o mais apurado juiz da natureza humana. Tem sede de luz e de conhecer as "Causas Primeiras" ou princípios fundamentais do mistério da manifestação que, no tipo avançado, conduz em geral ao campo do ocultismo e da astrologia. É severo juiz da verdade ou da falsidade; de uma doutrina religiosa sente intuitivamente o que é fato e o que é imaginação. Em todos os casos, a religiosidade dos aquarianos mostra suas tendências discriminadoras. Seu interesse pelo ritual e pelas cerimônias é para examiná-los e compará-los com os outros. As escrituras e os ensinos dos grandes fundadores de correntes religiosas são tratados da mesma maneira: não aceita nada que não tenha sido submetido ao seu julgamento discriminador. Vê ambos os lados de qualquer controvérsia; sente a unidade de toda humanidade e compreende o coração de todos. É um verdadeiro pesquisador. A comparação entre os nativos de Aquário e de Leão mostra algo do caráter das forças em ação. O de Leão é eloquente, fala bem, ao passo que o de Aquário é de poucas palavras. O de Leão tem confiança nos seus companheiros; o de Aquário pesquisa suas ações, palavras e pensamentos, inquire os motivos determinantes das suas ações. Ambos são afetivos e bondosos e sua vida no lar é quase ideal, mas embora o de Leão viva harmoniosamente com sua família, devido à bondade de seu coração, é não obstante, o chefe, o cabeça da família, já o de Aquário tende mais a acatar a opinião da pessoa amada e abre mão da sua opinião para o bem da harmonia. Leão é destemido e confiante; Aquário é reservado e modesto. Estes dois signos, juntamente com Touro e Escorpião, são a fonte das forças das CAUSAS que se ocultam em todos os esforços humanos, constituem a força principal da ação na humanidade: o amor e afeição de Leão, o desejo de conhecimento e de amizade aquariano, o desejo físico ardente de Touro e a excitação sexual de Escorpião. Os filósofos têm gastado muita tinta no exame dessas forças, tão básicas no comportamento humano. Os antigos egípcios tentavam mostrar as forças da quadruplicidade por meio da esfinge que tinha o corpo de um touro (Touro), asas de uma águia (Escorpião), patas de um leão (Leão) e cabeça de homem (Aquário). O Querubim visto por Ezequiel e por ele descrito no capítulo I, versículos 5 a 10 do seu livro, é o símbolo desses quatro signos. Disse Ezequiel: "E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem, e do lado direito todos quatro tinham rostos de Leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rostos de boi; e também rostos de águia todos os quatro. A visão de João do trono de Deus, dada no Apocalipse 4:7, também os descreve: "E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando". Antes de considerarmos os signos que representam as linhas de força magnética da quadruplicidade fixa, examinemos a corrente elétrica nos signos ígneos e aéreos das outras quadruplicidades. Na quadruplicidade comum o signo de fogo é Sagitário que nos dá as mesmas forças diretoras que encontramos em Leão, mas sendo os signos comuns expressões do Segundo Aspecto da Divindade, a Sabedoria que, como dissemos, visualiza, extrai e desenvolve a idéia original, as forças de Sagitário manifestam-se no plano mental. Esta é a região da Lei da Vida e do desenvolvimento; é a região para o desenvolvimento das idéias. Sagitário é regido por Júpiter que representa a mente superior, e sua influência é expansiva, desenvolvedora. Conhecendo o plano no qual esta força dirigente está em ação, podemos, com segurança, dizer que a característica principal do verdadeiro Sagitariano adiantado é seu extraordinário poder de atividade mental. Ele é sempre uma fonte de auxilio e de iluminação para os outros. Ele se interessa na relação entre a Causa e o Efeito e sabe como desenvolver uma idéia a exercer o poder de concentração. Comparando-o com Leão, vemos que é um vidente, um profeta, um filósofo, um idealista, legislador, porém melhor orador do que curador acredita mais na justiça do que no perdão, tem mais amor à lei e à ordem do que à humanidade. Ele não sente tão profundamente como o de Leão, mas tem sede de sabedoria e possui determinação para procurá-la por meio da razão e para dá-la aos outros. Naturalmente esta tendência faz do ensino da filosofia ou da religião, a ocupação ideal para o Sagitariano, embora a profissão da advocacia seja também um campo de atividade conveniente. A literatura e o jornalismo também são atração para o Sagitariano, já o estudo da medicina raramente é procurado por ele, mas quando o faz, especializa-se no que diz respeito ao cérebro. Se nossa analogia for correta, devemos encontrar uma força seletiva ou discriminadora em ação no polo ou signo oposto a Sagitário, como meio de expressão ou de condução, julgando ou criticando nesse plano. Gêmeos é o signo oposto e Mercúrio, o seu regente. De acordo com a mitologia, Mercúrio é o mensageiro de Júpiter, regente de Sagitário, signo que acabamos de analisar. O mensageiro é um meio de expressão ou de manifestação. As histórias mitológicas ligadas a Mercúrio são cheias de exemplos de sua habilidade em adaptar os meios para a obtenção dos fins e também da sua capacidade de adaptar as faculdades (meios) de outras pessoas aos seus próprios fins. Sendo esta a região das idéias e das leis, os meios de expressão são as palavras e os escritos. Pode-se ver prontamente que o nativo deste signo terá habilidade de expressar-se bem por palavras ou por correspondência. Aprende com facilidade e está, normalmente, bem informado em vários assuntos. Suas principais características são a versatilidade e adaptabilidade, agilidade intelectual e destreza física. Notamos como a força discriminadora agindo no plano mental, dá-nos aquele que pesquisa e que separa os fatos e as notícias, o lexicógrafo, o crítico literário, o inventor. O grupo cardeal dá-nos o signo de Áries como força impulsora. Como esta quadruplicidade pertence ao aspecto Atividade da Divindade, expressando-se no plano físico da vida, encontramos antes o que executa do que o que fica vendo, o trabalhador de vontade, o pioneiro e o indivíduo de ação. O Ariano conhece apenas sua própria força; por isso é cheio de si. Raramente descansa. Tem orgulho de ser tão ativo e geralmente superestima sua própria fortaleza. A força impulsora deste signo dá-lhe muita confiança em si e ele está sempre fazendo algo ou começando alguma coisa que é incapaz de terminar. O polo oposto desta corrente elétrica é o signo aéreo de Libra. Este dá-nos aquele que pesquisa e separa as coisas físicas mais do que as causas, como encontramos em Aquário e Gêmeos. O senso discriminador dos de Libra faz com que dê grande importância ao ambiente harmonioso. Seus esforços são dirigidos para o ajustamento do seu ambiente e para o aformoseamento da vida por meio de uma das artes criadoras. É particularmente sensível as mais elevadas vibrações da música. Mostra grande tato e gosto na escolha das vestes e da linguagem. É o juiz das formas, sons e cores, o artista, o músico, o pintor, o urbanista, o juiz de qualquer competição de beleza, seja de flores, cães ou cavalos. É o avalista, o cambista, etc., o negociante de objetos de fantasia e de enfeite, o livreiro, o lexicógrafo, o perito em eficiência comercial. São traços de caráter comuns a todos os signos aéreos, devido a essa força discriminadora: o desejo de conhecimento, de requinte, interesse na cultura intelectual, prazer na troca de idéias. Todos são bons na comparação e vêem os lados de qualquer problema e estão sempre imaginando novos esquemas e novas idéias. São dados à pesquisa e investigação. Tem discernimento na escolha entre o que presta e o que não presta. São menos precipitados na ação, e, portanto, menos sujeitos aos acidentes do que os signos de fogo. Dá também aos seus nativos, o mais elevado tipo de beleza, mas há o mesmo vigor no caráter dos signos aéreos como nos signos de fogo. Quando há muitos estelares nos signos aéreos, especialmente se estão aflitos há perigo de estagnação, de ter atitude de "paz a qualquer preço", de submissão àquilo que deveria ser combatido. São "mornos", via de regra. Assim como o aquariano pouco desenvolvido dá vazão às suas emoções não as conduzindo pelos canais apropriados, também o Geminiano pouco desenvolvido mostra seus esquemas e artifícios, mente e rouba e vive de suas habilidades. Não é difícil para o estudante ver que os pouco desenvolvidos de Libra não terão a força necessária para dominar as circunstâncias adversas e podem tornar-se vítimas delas. Até agora só estudamos seis signos; os que representam os dois polos da nossa "corrente elétrica" nos três grupos de signos ou quadruplicidades. Se, por um momento observarmos as casas que correspondem a esses signos, podemos ainda ver o caráter das forças em ação. A quinta casa que corresponde a Leão está relacionada com a irradiação e distribuição do poder vital criador do Amor. Fornece o entusiasmo ou incitação que impele à expressão. É conhecida como sendo a casa dos assuntos amorosos, dos filhos, dos prazeres etc. A 11ª casa, correspondente a Aquário, mostra os meios de expressão. É conhecida pelos astrólogos como a casa dos amigos, das ambições, dos desejos e esperanças. Os astrólogos modernos que o problema dos filhos pode ser resolvido considerando a 5ª e 11ª casa. Dizem eles que a 11ª casa é a 5ª casa do companheiro do matrimônio, o que é o outro modo de dizer que o companheiro de matrimônio é um fator ou meio de expressão necessário. Estou com isso declarando aos estudantes que o poder vital para criar filhos é mostrado pela 5ª casa, mas que os filhos, em si, devem ser julgados pela 11ª casa, pois eles são como os nossos amigos, o caminho para a expressão da nossa natureza amorosa. A casa 9ª que corresponde a Sagitário é a casa da mente superior e está relacionada com o desenvolvimento do poder de pensamento por meio de influências tais como as viagens que estimulam o pensamento, as filosofias, etc. A 3ª casa é seu meio de expressão, isto é, é a mente inferior; é a casa dos escritos e dos outros meios de comunicação. A 1ª casa, correspondente a Áries, rege a personalidade que encontra seu meio de expressão na 7ª casa. Isto explica porque a 7ª casa rege assuntos tão diferentes como o público, associações e inimigos, pois, todos os fatores necessários à expressão da personalidade. Gostaria de chamar a atenção dos Amigos para a influência sutil dos órgãos do corpo regidos por esses signos. O coração, junto com o sangue, impede que os fluídos do corpo fiquem estagnados; os pulmões purificam pela oxigenação e eliminação do óxido de carbono; os rins purificam pela eliminação dos ácidos etc.; o cérebro sutiliza o indivíduo como um todo. Outro fato interessante é que parece que esses signos formam os órgãos em duplicata: há duas câmaras no coração; dois pulmões, dois rins, dois hemisférios cerebrais. Os signos de terra e de água regem os órgãos de função vegetativa, desde Touro (boca, garganta), o ponto de entrada, até Escorpião (reto) o ponto de saída. Alguns costumam dizer que no processo da refinação o fogo e o ar são os que produzem o fogo purificador, ao passo que no processo de cultivação a Terra e a Lua fazem fértil o solo. A influência refinadora dos signos de fogo e de ar é claramente vista em temas como o de Max Heindel, o místico Rosacruz, no qual muitos planetas se encontram nesses signos, havendo poucos nos signos de terra e de água. Embora isto não seja evidência conclusiva quando considerado sem levar em conta os aspectos dos planetas etc., a influência pode, não obstante, ser vista. Os quatro signos comuns e os quatro signos cardeais podem ser considerados de maneira semelhante. Em cada quadruplicidade o signo de fogo representa a força ou a fonte da corrente elétrica. O signo aéreo que lhe é Oposto é o canal ou meio de expressão (fio ou condutor) ou fator necessário para a manifestação da força do signo ígneo (corrente elétrica). A energia criadora dos signos Leão e Aquário está relacionada com o primeiro aspecto da divindade, fornecendo a possibilidade de criação de algo novo e original. EPIGÊNESE, em última análise. Leão fornece a força, e a intuição de Aquário possibilita os meios de criação de idéias originais. Assim verificamos que a principal característica dos signos de fogo é a força impulsora e que a força seletiva ou discriminadora é a que age por meio dos signos aéreos. Sua ação combinada constitui o campo elétrico. Os signos de terra e dos de água representam o campo magnético, em cada caso. Esta analogia entre as forças dos signos e as leis dos fenômenos elétricos parece-me, nunca foi assinalada por nenhum astrólogo. Mas se usarmos esta analogia no nosso estudo dos signos e conhecendo a unidade eletromagnética a que ele pertence bem como o lugar que ocupa nessa unidade, verificamos que com facilidade podemos predizer algo das características do signo. Cada quadruplicidade manifesta-se, é claro, no plano do ser ao qual está relacionada. Assim é que o primeiro aspecto, o aspecto PODER, agindo por intermédio dos signos fixos, manifesta-se no plano emocional. O segundo aspecto, o VERBO, agindo nos signos comuns, manifesta-se no plano mental e o terceiro aspecto, o MOVIMENTO, agindo pelos signos cardeais, manifesta-se no plano físico. Chegamos agora à vez da descrição dos demais signos, também de força magnética. Note-se que tais signos são os de água e terra. Os cientistas não sabem ainda o que seja o magnetismo, como também não sabem o que seja a eletricidade; sabem apenas como essas forças se comportam. As linhas de força magnética são o resultado do movimento da eletricidade, dizem os cientistas, e nós podemos dizer que os signos, analogamente a essas linhas, estão relacionados com resultados e recompensas, devido à atividade dos signos elétricos. Os signos elétricos mostram o que semeamos; os signos magnéticos mostram o que colhemos. Emocionalmente será harmonia (Touro) ou discórdia (Escorpião); mentalmente serão oportunidades para servir e trabalhar (Virgem) ou prisões, limitações (Peixes). Fisicamente, colheremos honra e adiantamento (Capricórnio) ou restrições nas condições do lar, rasgos hereditários etc., (Câncer). Se pudermos dizer que as linhas de força magnética são derivadas do fluxo de uma corrente elétrica também podemos afirmar que as forças dos signos de terra e de água podem ser consideradas como derivadas dos signos de fogo e de ar, isto explicará por que os signos de fogo e de ar são considerados mais espirituais do que os de terra e de água; eles representam mais a fonte da vida e do ser, enquanto que os signos da terra e de água representam as formas ou manifestações materiais. O magnetismo apresenta um polo positivo e um polo negativo. Um desses polos pode ser descrito em linguagem simples como uma força não satisfeita, que tende a buscar seu equilíbrio no seu oposto polar. Os signos de água representam essa força insatisfeita; os signos de terra representam os polos opostos que satisfazem e completam o circuito. Os signos de água têm sido chamados de emocionais, mas este não é o termo apropriado para usar porque causa confusão. Os únicos signos emocionais são os fixos. Mas se por emocional queremos significar impressionável, que muda ou é afetado facilmente, podemos designá-los assim. O que devemos compreender é que com pessoas impressionáveis, as idéias e as sensações são prontamente transmutadas em emoções. Mas, em honra à clareza, digamos que apenas os signos furos são emocionais. Nossos signos de água são instáveis, sem equilíbrio, insatisfeitos, são sujeitos as impressões e, como um magneto, tudo aquilo com que entram em contacto, muda a sua polaridade. Se as linhas de força magnéticas derivam da corrente elétrica, assim o amor filial de Touro deriva do amor universal de Urano. A vontade de Leão se expressa como desejo. Touro representa o polo de atração do nosso grupo de signos fixos. Os Amigos podem ver facilmente estabilidade de propósito e de caráter, paciência e perseverança. Devemos lembrar, todavia, que a força é antes objetiva e concreta do que subjetiva e ideal. Disposição para adquirir é sua principal característica. A pessoa de Touro é muito material em seus propósitos e pode estimar, demasiadamente, as posses concretas. Seu hábito mental é contemplativo e introspectivo. Examina tudo o que vem a ele, mas nunca vai. Nunca se eleva aos planos superiores. Liga a si cada pensamento ou experiência e tem inclinação a sofrer de qualquer doença que sua mente imaginar. Está limitado à família, é muito poupado e tem inclinação a ser avarento e ensimesmado. Geralmente é incapaz de aceitar outro ponto de vista que não o seu. É muito leal nas amizades e no amor; nunca se apaixona por heróis nem por ideais abstratos, estes devem ser sempre realidades materiais. Às vezes, as tendências religiosas estão completamente ausentes. A sensualidade é quase sempre bem desenvolvida. O taurino é um construtor, um produtor, agricultor, e às vezes, banqueiro. Seus rasgos de caráter são o resultado de uma força atrativa, de uma força magnética. Todos os signos terrestres representam aquilo que dá satisfação, aquilo que equilibra e estabiliza. Os nativos desses signos não são dados a entusiasmos nem aos extremos; são práticos e submissos quando se trata de suprir uma necessidade. No agrupamento de signos fixos, o polo oposto das linhas de força magnéticas é Escorpião e representa um estado emocional insatisfeito. Se soubéssemos mais sobre magnetismo talvez conhecêssemos mais sobre as forças em ação nesses signos. Em certos aspectos, este polo das linhas de força magnética age como uma sobrecarga de energia. O nativo de Escorpião parece cheio de uma força que tem de ter uma saída de qualquer forma e em qualquer lugar. Parece estar sempre lutando para conquistar e tudo o que necessitar de esforço vigoroso, "está para ele", como se diz na gíria. Está sempre pronto para argumentar ou para combater; o fracasso da oposição dá-lhe muita satisfação. A palavra chave deste signo é "discórdia" e muitas vezes a força vital de Leão é consumida em excessos de sensualismo. Disse Alan Leo, famoso astrólogo inglês: "O que é vontade e desejo latente em Touro, torna-se energia manifestada em Escorpião". Este polo das linhas de força magnética sempre procura igualar tudo que está em sua constituição. Os nativos mais altamente desenvolvidos têm paixão pela investigação e pela experiência e possuem grande força para abrir e explorar as regiões superiores. Escorpião expressa um estado emocional insatisfeito, sempre procurando seu equilíbrio. Fornece incentivo para o nativo entrar em contacto com os planos emocionais superiores. Sua meta é um estado emocional equilibrado, um estado emocional perfeito, o domínio da paixão ou sua satisfação, dependendo isto de desenvolvimento do nativo. Está relacionado com a geração e a regeneração. O desinteresse, a natureza flexível, a disposição distraída, são rasgos de caráter comuns a todos os signos de água. São dados à mediunidade, são impressionáveis, compassivos. Diferentes dos signos terrestres são extremistas. Na quadruplicidade de signos comuns, o polo de atração é Virgem. Desde que sua força exprime-se no plano mental, o nativo deste signo tem sucesso como compilador de fatos, mas tem pouco poder de criação. Ele é o ceifeiro do saber, equilibrando e pondo em ordem, absorvendo o conhecimento com tranquilidade. O temperamento é passivo e conservador, amante do conforto material. Seu horizonte é limitado pelo círculo dos seus deveres. Em alguns casos, suas vistas não são apenas limitadas; são, antes, microscópicas, podendo ver em um grão de areia uma montanha. Como polo atrativo do grupo anterior, Touro tem possibilidade de ser egoísta e sensível à opinião pública. É sigiloso acerca dos seus negócios e fastidioso no vestir. É bom nos detalhes, mas inclinado a conservar para si suas descobertas. Não tem a força criadora necessária ao sucesso geral. A relação deste signo com o segundo aspecto da Divindade está evidente no seu interesse pela alimentação e saúde. Diz-se que não há signo que produza tanto nativo que se eleva a fama por habilidade intelectual do que Virgem. Em geral, o nativo de Virgem escolhe carreiras em que se dedica como pesquisador, como a química, farmácia ou outros assuntos ligados à saúde. Quando trabalhando nessa direção, destaca-se como humanista e encontra muito interesse em seu próprio trabalho o que redundará em forma e sucesso material. Peixes, o polo oposto, representa o campo pelo qual a Mente atinge o desenvolvimento mental e espiritual, a unidade com os poderes espirituais, a consciência cósmica, a satisfação intelectual. Peixes exprime suas forças em seu desprendimento; o nativo é generoso, dando até o que lhe é necessário para viver aos parentes e amigos, nada pedindo em troca. Gosta de falar e, como escritor, é fluente, embora prolixo. A força desse signo está antes nos seus ideais e aspirações do que nas suas ações. Tem pouca ambição mundana, não cuidando de obter dignidades nem poderes. Raramente consegue enriquecer. Seu poder de atingir os mais elevados planos mentais o conduz à aspiração e sua capacidade de trazer de lá as mensagens, fazem-no clarividente e místico. O tipo menos avançado pode lançar mão de drogas e artifícios para atingir esses planos elevados. Capricórnio, como os outros signos terrestres, é também muito consciente de si e apresenta o mesmo perigo de perder-se nos detalhes; o objetivo torna-se muito limitado. Como sua força se manifesta no plano físico, o nativo é muito poupado; poupa tudo o que pode ser de utilidade, desde pregos usados até sacos de papel. Dá também muita importância à exterioridade, à forma exterior e ao vestuário. E hábil e aproveita as oportunidades quando elas se apresentam. A capacidade de embaraçar-se com trabalho físico pesado é característica. O nativo de Câncer tem também seu interesse centralizado no físico. O estimulo é para o perfeito ambiente físico; é o construtor do lar, gosta de fazer seu ninho. É muito influenciado pelo seu ambiente. Suas sensações são vividas e facilmente é presa das emoções. É um extremista, inclinado a afastar seus amigos dos sentimentos mórbidos de depressão. O tipo menos evoluído é inclinado a vagar sem desígnio, fugindo das responsabilidades, provando ser incapaz de construir um lar. Suas sensações vividas deixam imagens claras do passado, da infância e dos velhos laços de amizade. Essas sensações são devidas à constituição física instável, impressionável. Vejamos agora as casas que correspondem aos signos que compõem as chamadas linhas de força magnéticas. A 2ª casa, correspondente a Touro, é a casa das posses, das finanças relacionadas com o poder de aquisição; a 8ª casa correspondente a Escorpião é a casa do progresso e evolução, o campo da regeneração e da liberação ou da degeneração e morte. Estas casas são relacionadas com o poder criador do primeiro aspecto da Divindade. A 2ª casa mostra o que vem ao nativo como resultado compensador dos seus esforços criadores; a 8ª casa mostra o fim das coisas, vitalmente. A 6ª casa, correspondente a Virgem e a 12ª casa correspondente a Peixes, estão relacionadas com a lei do desenvolvimento, ou seja, com o segundo aspecto da Divindade. A 6ª diz respeito à saúde do nativo, à alimentação, ao conforto pessoal, vestes etc. Mostra o trabalho que o nativo está destinado a fazer ou a que é compelido pela lei de consequencia. Rege também os que estão ligados ao nativo como servidores ou empregados, a 12ª casa mostra o fim das coisas, mentalmente e legitimamente; aquisição de consciência cósmica, obtenção espiritual da limitação cósmica. A 10ª casa, correspondente a Capricórnio e a 4ª, correspondente a Câncer, estão relacionadas com o terceiro aspecto da Divindade e com o plano físico. A 10ª mostra nossa posição social e as honras recebidas, ao passo que a 4ª mostra o fim das coisas, fisicamente. As casas 8ª, 12ª, e 4ª constituem as casas chamadas "finais". A morte pode ser mostrada por qualquer delas. Dessa forma, meus Amigos, acabamos de completar o estudo dos 12 signos. (Artigo publicado na Revista Serviço Rosacruz da Fraternidade Rosacruz, de São Paulo-SP de janeiro/1979)

Somos todos mágicos?

O que é a Magia? Sinceramente não sei lá muito bem, talvez porque seja possível considerá-la segundo diferentes perspectivas, variando correlativamente as respectivas definições… Aliás, não gosto muito de definir coisas, porque já dizia o antigo sábio, definir é limitar, e neste caso (e em minha humilde opinião), a Magia é ilimitada e ilimitável! Não sei se já repararam que o título desta despretenciosa conversa é uma pergunta. Ora, quem pergunta quer saber! Ou seja — eu não sei, e gostava que me dessem alguma resposta! Será que somos todos mágicos? Todos, mesmo? Ou só alguns? Ou, quem sabe, talvez nenhum? Ou talvez apenas aqueles que tiraram o respectivo curso, como o Harry Potter na Escola de Feitiçaria de Hogwarts?… Dizia eu há pouco que a Magia é ilimitada e ilimitável… Não acreditam? Ora comecemos por alguns exemplos: — a Magia dum pôr-de-Sol num mar de Verão; — a Magia dum sorriso de criança; — a Magia duma obra de arte que nos encanta… Que Magia é esta? Fascinação, graça, enlevo, sedução… ou feitiço!? Feitiço lembra feitiçaria… que é talvez uma forma de baixa magia, mas não percamos agora tempo a discutir isso. Os prosaico-pragmáticos dirão apenas: Oh! Não passa duma metáfora, a magia dum sorriso… Bom, metáfora ou não, um sorriso no momento certo tem um espantoso poder de cura — não será isso Magia, e da melhor? Mas ainda há mais: vejamos uma outra espécie de Magia, e uma das não menos curiosas: — a Magia da Ciência. Que tal? Bom, já estou mesmo a ouvir os comentários: não pode ser! Ou é Magia, ou é Ciência!… Mas a verdade é que parece que por vezes, no espírito do ser humano contemporâneo, a Ciência tem a sua Magia, e uma Magia eficaz, que através da tecnologia produz os efeitos mais surpreendentes: a fissão nuclear, os computadores, os clones, as viagens espaciais, a engenharia genética, a VA [Vida Artificial]… E não só! Em geral associamos a Magia a um poder que produz efeitos visíveis por meio de forças invisíveis — ora, a verdade é que estamos rodeados, para não dizer constantemente interpenetrados, por forças invisíveis (e nem sequer me refiro ao invisível da religião ou da mística, ou dos pressentimentos e dos sonhos), mas já que falámos em Ciência, e, por arrastamento, em Tecnologia, aí vai: — basta-nos referir o invisível electromagnético que «governa» as nossas vidas com surpreendentes efeitos visíveis e é tanto ou mais fantástico que os assombros e prodígios das histórias mágicas de bruxas e feiticeiras dos séculos passados: a electricidade, as ondas de rádio, o telemóvel, a TV, os raios-X, o ciberespaço, a ressonância magnética nuclear, a Internet, o comando a distância sob todas as suas formas, a RV [Realidade Virtual], os infravermelhos, as microondas, a electrónica em geral… Será esta a Nova Magia? ¿Terá a ver com as novas modalidades em que a «velha Magia» se intercruza com as novas tecnologias? Por exemplo, os New Agers usam cristais sólidos (tal como as novas tecnologias usam cristais líquidos) para memorizar, armazenar e processar «espírito»; os praticantes de channelling e os adeptos de OVNIlogia transformam as «mensagens» recebidas em «informação viva». Por outro lado, muitos cristãos evangélicos acreditam que a tecnologia das comunicações, que leva a Palavra (o Verbo!) aos recantos mais remotos do planeta, é o rastilho que contribuirá para fazer acelerar o «fim dos tempos», tal como se lê no Novo Testamento: «E este evangelho do Reino será prègado em toda a orbe, para dar testemunho a todos os povos, e então virá o fim» (Mateus 24, 14). Alguns chegam ao ponto de afirmar que os Anjos do Apocalipse não são mais do que os satélites globais de comunicações. E quanto à velha Magia, já agora? A velha é muito velha, vem dos arcanos tempos dos Colégios de Magos — do Egipto, da Caldeia, da Pérsia, donde teriam vindo os famosos Magos que seguiram a Estrela de Belém até ao Presépio onde havia nascido o Salvador do Mundo. Sem querer entrar em excessiva pormenorização histórica, para o que não tenho nem capacidade nem aqui o tempo, basta-nos adoptar a distinção que os antigos Gregos faziam entre os que se dedicavam às kryptai technai (lat. secretae artes), ou seja, uma distinção tripartida: De imediato vinha o que os Gregos chamavam o goês (pl. goêtes), o mágico vulgar, que se dedica a fazer «passes mágicos» e adivinhações populares, muitas vezes apenas ilusionistas, de tal modo que essa palavra acabou por ter a conotação de charlatão, bruxo, impostor. A magia praticada por esses, a Goêteia, já no tempo de Sócrates (séc. V a. C.) se identificava com superstição e impostura. Um bom degrau acima temos o magos (pl. magoi), de que o Evangelho de Mateus nos dá como exemplo os que vieram do Oriente em direcção a Belém da Judeia, seguindo a Estrela que os conduziu ao berço do Salvador. Os verdadeiros magoi eram uma classe iniciática e sacerdotal que proveio da Média e da Pérsia, e entraram em cena na Grécia no século VI a. C. Pelo testemunho de fontes tão diversificadas como Heródoto, por um lado, ou a Bíblia, por outro — o sonho do Faraó (Gen 41, 8), o sonho de Nebuchadnezzar (Dan 2,2), etc. — sabemos que os Magos invocavam o fogo do céu, propiciavam sacrifícios, interpretavam sonhos, augúrios e obravam prodígios. Mas, com o correr dos tempos, tão-pouco os magoi escaparam ao anátema: nos primeiros séculos da era cristã — talvez por influência das acusações dos apologetas «ortodoxos» cristãos (p. ex. Justino o Mártir, Ireneu de Lião, etc.) — também já eram acusados de pertencer a torpes sociedades secretas, e de praticar incesto, adoração de maus demónios, sacrifícios humanos, canibalismo, barbarismo, etc. Finalmente, a mais elevada classe de magoi era constituída pelo que os Gregos chamavam theios anêr, o «homem divino» (atenção!, «homem» varão, e não «homem» ser humano em geral!). O theios anêr era um deus ou um daimon disfarçado, percorrendo o mundo em um corpo aparentemente humano. O «homem divino» podia fazer tudo quanto o magos podia fazer, nomeadamente a prática do bem (embora também pudesse amaldiçoar os «maus»), mas era sobretudo capaz de realizar milagres e prodígios graças ao poder divino que tinha em si, sem precisar de rituais nem de incantações exteriores. Um exemplo de «homem divino» é-nos dado por Cristo Jesus: reparai que todos os «prodígios» ou «sinais» que Ele realizava, fazia-o sem precisar de palavras encantatórias, gestos rituais ou traçado mágicos, que eram imprescindíveis ao mágico vulgar como lemos nos manuais de Magia desses tempos. Um outro exemplo documentado de theios anêr é o do pitagórico Apolónio de Tyana, contemporâneo de Jesus, cuja exaustiva biografia, redigida por Filostrato a pedido da imperatriz romana Júlia Domna (sécs. II-III d. C.), contém muito material que os estudiosos consideram em parte verdadeiro, e em parte fantasioso, sendo que este útimo faria parte duma espécie de «encomenda» do Império romano para fazer dele um herói mítico do seu paganismo, por oposição à crescente e preocupante disseminação cristã. Seja como for, e quer se trate de «velha» Magia com as suas ramificações de Hermetismo, de Astrologia, de Alquimia, de Theo-Sophia (Mestre Eckhart, Paracelso, Giordano Bruno, Jacob Boehme, Eckartshausen, Swedenborg, Schelling, etc.), dos ocultismos do século XVI (Agrippa) ou do século XIX (Eliphas Lévi), do Teosofismo de Helena P. Blavatsky ou ainda da «recuperação» da tradição mágica da Wicca, — ou da «nova» Magia da Ciência e das tecnologias de que falámos, os princípios são sempre os mesmos: — O universo é uma central global de força e energia; — Essa energia está em tudo e em todos — é o princípio das correspondências; — Essa energia, ou essa força, pode ser concentrada e armazenada; — Essa energia, ou essa força, pode ser «programada» ou modulada com alteração da sua qualidade vibratória; — Essa energia modulada constitui um «poder» que pode ser dirigido com uma finalidade específica para exercer efeitos sobre determinado alvo ou função. A diferença entre a «velha», ocultista, e a «nova», tecnológica, está nos intrumentos utilizados: a velha utiliza varinhas, cristais, velas de diversas cores, óleos, palavras misteriosas, símbolos, incenso, cânticos, etc. e, sobretudo, o PODER INTERNO DO MAGO, ao passo que a nova utiliza fios eléctricos, microchips, circuitos integrados e outros utensílios e aparelhagens dependentes de leis da Física, da Química, da Matemática, etc. que podem ser manipulados «por fora», sem o concurso do poder interno do mago — neste caso, entenda-se, do técnico ou do simples utente que saiba carregar nos respectivos botões. Mas mesmo sem entrar em tecnologias «mágicas» que são um dos grandes feitos da nossa época, penso que podemos dizer que de facto «somos todos mágicos», na linha do que descobriu o erudito padre dominicano André-Jean Festugière (1898-1982), estudioso das religiões antigas, das mitologias greco-romanas, do Hermetismo, do Cristianismo primitivo: ao analisar o Corpus Hermeticum, que ele traduziu na íntegra, Festugière julgou discernir nesse material uma clara diferença entre o que ele chamou um «Hermetismo popular» e um «Hermetismo erudito». No primeiro incluiu a Astrologia, a Alquimia e as Artes Ocultas, ao passo que o segundo seria uma Philo-Sophia gnóstica mais sofisticada que acentua o poder que o ser humano tem para descobrir dentro de si o conhecimento (Gnôsis) de Deus e do Cosmos — ou seja, no fundo o ser humano é um daimon astral em disfarce corpóreo, capaz de recuperar os seus poderes cósmicos através da Gnose, ou da sua natural capacidade de iluminação mística. O próprio Cristo nos dá uma pista incontestável. Se Ele disse: «Aquele que crê em mim, as obras que eu faço, também ele as fará, e maiores do que estas fará» (João 14, 12) — logo, somos todos mágicos, ou melhor: Magos! Mas será realmente assim? Na verdade, Jesus pronunciou esta afirmativa no Sermão da Ceia, não no Sermão da Montanha (ou da Planície!) — o que significa que estava a dirigir-se aos «escolhidos», e não às multidões em geral… Não tenhamos receio: trata-se apenas de um ou outro degrau temporário! As multidões estão apenas num degrau abaixo na escadaria da Evolução (ou da Iniciação, para quem opte por entrar numa Escola de Mistérios), mas subirão um dia, porque a Evolução é ascendente. Nem podia ser de outro modo, o simples facto da vinda histórica de Cristo como Salvador e Redentor é a prova de que todos somos «escolhidos», pois Ele mesmo o disse: «Não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo» (João 12, 47). Bastaria que um só de nós se perdesse, e a Sua missão teria sido vã: logo, somos todos escolhidos, somente depende do nosso esforço ascendermos mais depressa ou mais devagar. Além disso, Ele foi muito explícito quando afirmou aos Seus discípulos em Cafarnaúm: «Em verdade vos digo, o que ligardes na terra será ligado nos céus, e o que desligardes na terra será desligado nos céus» (Mateus 18, 18). É um ensinamento importante, este de Jesus aos Seus discípulos: tudo quanto se ata ou desata cá em baixo, tudo quanto se tece ou destece, projecta-se para o alto e tem um efeito análogo nos reinos supra-sensíveis e por conseguinte no Banco Cósmico (Central de Energia Acumulada), além de que vai construindo — ou desfazendo — a nossa futura morada «nos céus». Quereis um exemplo da nossa magia, singelamente humana mas altamente eficaz? Quando, instintivamente, pousamos a mão sobre o ombro ou sobre a cabeça dum parente ou dum amigo que está a sofrer, para lhe transmitirmos ânimo e lhe darmos «apoio moral», no fundo estamos a repetir um gesto dum ritual mágico muito antigo, que encontramos reproduzido em grutas pré-históricas, em baixos-relevos egípcios ou expresso noutras culturas e civilizações, incluso no Cristianismo: a «imposição das mãos». Este rito é eficaz, de um ponto de vista do «Mago» (e não do goês, entenda-se!), porque primeiro o Mago ergueu a mão, ou ambas as mãos, de palmas para cima para receber o influxo benéfico da divindade (ou da Energia Cósmica), armazenando-o em si e podendo portanto transfundi-lo, através das mesmas mãos, a outrem. Até em simples jogos infanto-juvenis como «brincar às adivinhas», ou em jogos pré-adultos como queimar uma alcachofra ou atirar as meias por cima dos pés da cama, ao deitar, para «ver» qual o nome do/da namorado/a que as meias formaram ao cair, a tentação mágica subjaz em todos nós — nem que seja com a desculpa da imaturidade. Mas mesmo depois, já mais velhinhos, quando preenchemos o boletim do Totoloto ou do Totobola, no fundo estamos, sem nos darmos conta, a «convocar» (para não dizer invocar) alguma misteriosa força invisível que nos transmita o dom da precognição e nos faça acertar nos resultados correctos. Até no acto ritual de apagar as velas dum bolo de aniversário, ou ao fazer um brinde tocando nos copos, emitindo votos de bons desejos, estamos a convocar as energias positivas para o bom sucesso dalguma coisa — ou longa e feliz vida para o aniversariante, ou êxito na empresa, ou situação, que justificou o brinde. Por isso devemos ter o maior cuidado com o que pensamos, dizemos ou fazemos, pois todos somos receptores e emissores de energia, logo, cuidado! podemos estar a fazer magia negra sem o saber, basta um ressentimento, uma inveja, um dito rancoroso, um acto de vingança, uma projecção de ódio — e as energias invisíveis desencadeadas dirigem-se para o alvo. O que é muito grave, por todas as razões, não só pelo prejuízo que tal atitude causa no nosso avanço espiritual, mas também por razões de mera segurança pessoal: se o alvo está protegido — e muitas vezes basta ser uma pessoa boa sem maus sentimentos, ou correctamente devota, ou bem-fazeja, ou que esteja nesse momento a ter pensamentos amorosos e positivos — dá-se o «choque de retorno», e o emissor de energias malévolas apanha com o ricochete daqulo que emitiu. O erro dos baixos mágicos é que usam e abusam das energias invisíveis, que buscam controlar para a obtenção de inconfessáveis proveitos pessoais. Cuidado, pois! Longe de nós a veleidade de pretender fazer-nos servir pelo sobrenatural — e muito menos pelo divino. Até no emprego duma simples oração é preciso a maior cautela! A oração é uma poderosa invocação mágica, sem dúvida, e por isso nunca a devemos usar para mudar as coisas, a vontade ou a maneira de ser dos outros e muito menos os desígnios de Deus — mas única e exclusivamente para louvá-Lo, render-Lhe adoração e agradecer-Lhe, ou, quando assuma a forma de súplica, para nos sabermos amoldar à Vontade Divina com aceitação compreensiva do que a razão não alcança — e grato júbilo. Quando estou enfermo e rezo: «Meu Deus, cura-me!», devo logo acrescentar, seguindo o exemplo de Cristo: «Pai, que se não faça porém a minha vontade, e sim a Tua». E por aqui me fico, porque ficarmo-nos com a Vontade de Deus é compreender luminosamente que a Vontade de Deus é Boa, e que se eu souber amoldar a minha Vontade à Vontade Divina, estou de certeza a contribuir não só para o meu Bem, mas para o Bem de todos nós. António de Macedo

O Templo de Salomão.

Prefácio ao Poema Construído em Jerusalém há aproximadamente três mil anos, o Templo de Salomão é um ícone da maior importância na memória da humanidade. Foi o primeiro Templo de pedra construído a um Deus: “Javé, único e verdadeiro Deus para milhões de pessoas”. Salomão foi o rei de Israel no século X a.C. e foi também o sábio dos sábios, capaz de controlar os espíritos do mundo visível. E mais, diz a Bíblia que ele sucedeu Davi, organizou muito bem Israel, projetou e construiu seu Templo, com Hiram, rei de Tiro, e auxiliado por Hiram Abiff, o grande arquiteto-construtor. Foram construídos debaixo do templo uma série de câmaras secretas e túneis que não são mencionados na Bíblia, onde eram guardados antigos conhecimentos ancestrais (desde os fenícios) sobre rituais, tesouros, projetos e chaves astronômicas; “sobre Vênus em posição com o Sol, sobre os solstícios e equinócios”. Conhecimentos que representavam o verdadeiro sentido filosófico de nosso ritual maçônico, com todos os nossos enigmas, mistérios, segredos e aparatus, que faziam de Salomão o mais sábio rei dos reis. Poema. Esculpido foi aquele templo No tempo de Salomão. Como que pedra cúbica sobre pedra cúbica, Cada pedra, cada ponta, Aponta-me um novo mundo: – O Templo de Salomão! Oh! Como são belas as colunas… A fraternidade universal Da beleza, da força e da sabedoria. Romãs, acácias e labirintos, Mágicos modelos templários. Todos os nossos instintos, enigmas Dogmas de Zoroastro Antigos e novos calendários. Harmônicos e eternos rosa-cruzes, Misteriosos, entrelaçados. Todas as raças do mundo Em uma só igualdade. Herdeiros de Alexandria Livro da lei: Velho e Novo testamento Palavras de Salomão – Façam de mim o teu instrumento. Ensinam-me a caminhar ao topo da escadaria Régua e compasso… Geometria! Somente corações puros Progridem na Maçonaria. Oh! Como é fantástico adentrar ao templo: – É saborear o gozo do crepúsculo de cada manhã, – É aprender filosofia, arquitetura e sabedoria, – É ouvir de nossos mestres: “A lenda de Hiram”. Salomão! Símbolo máximo da ciência e sabedoria suprema. Hiram! Arquiteto, governador da ordem e da justiça. Assassinato foi sua sentença Venerado combatente Sublimes segredos Relatos e poemas. Só decifro em Pitágoras Seus pentagramas e teoremas, Porque… Há um olho no céu: Atravessa-me, Impulsiona-me Aperfeiçoa-me… Cada aresta! Transforma-me… Um fiel irmão!… Ventanias entre universos Virtudes, razões, cantos paralelos, Como se neles sempre existissem: … Versos! Transparência, É a corrente de aprendizes Despidos do medo E isentos de profanas insígnias. Inteligência, São os companheiros e os mestres Interligados. Brilho em Vênus Raio de sol Chaves astronômicas e retilíneas. Nada é mais belo Que a verdade. Busco o princípio, O começo! Vasculho origens Luz e vida, Sonhos e silêncio. O mundo é esse, Assim como o vemos em nossa frente? Cinzel, malhete, acertos, erros e ilusões? Ou é o passado que retorna, Simplesmente? Não! Não estamos sonhando, Não criamos ilusão. Nós arquitetamos, Revolucionamos, Reconstruímos pontes Dentro de cada coração. – Reconstruímos juntos: “O Templo de Salomão”. Wildon Lopes da Silva. revista universo maçônico.

As faces da deusa Sekhmet.

Amada e temida na mesma medida: esta é a deusa Sekhmet, cujo culto originalmente institucionalizara-se na cidade de Mênfis. Ao lado de seu esposo Ptah (“o criador”) e de Nefertum (“o todo que ressurge”), formava uma importante tríade. Sendo representada como uma figura feminina antropozoomorfa, mista de corpo de mulher e cabeça de leoa, a deusa possuía um disco solar lhe encimando a cabeça – fato intimamente ligado à sua relação com o deus Rá. Sekhmet (“a poderosa”), filha de Rá, frequentemente era associada à figura da deusa Háthor – encenando, neste aspecto, o lado mais sombrio desta deusa: assim, enquanto Háthor representava a gravidez, o nascimento, o prazer, a música e a dança, Sekhmet era intitulada como “a destruidora” ou “a senhora da peste”. Mas engana-se quem pensa que a deusa representava“o Mal em si”, visto que o caráter intolerante da deusa Sekhmet estava intimamente ligado à falta do espírito de lei e ordem nos homens – o que lhe causava uma fúria destrutiva de caráter punitivo. Sendo assim, Sekhmet também era intitulada como “a única que ama Maat e detesta o Mal” – sendo Maat a deusa egípcia que representava a Ordem, a Justiça e a Verdade. De acordo com o mito, Rá teria ficado irado ao ver que a humanidade não estava respeitando os preceitos da deusa Maat, decidindo, assim, enviar a deusa Sekhmet (“o olho de Rá”) para que esta punisse a humanidade. E assim os campos fartaram-se com o sangue dos homens. Mas como o deus Rá não era uma divindade malévola, ao deparar-se com tamanha carnificina ele acabou arrependendo-se de seu ato, uma vez que a deusa Sekhmet não conseguia discernir os bons dos maus, matando a todos. Assim, Rá preparou 7.000 jarros de cerveja com suco de romã, deixando a cerveja avermelhada como o sangue, e deixou no caminho da deusa que, desapercebida, acabou bebendo a cerveja achando que era sangue: após beber todos os jarros, Sekhmet teria ficado tão bêbada que acabou entrando num sono profundo, do qual acordara somente três dias depois. Ao acordar, a fúria da deusa havia desaparecido, e, assim, Rá havia salvado a humanidade de sua ira implacável. Sendo Sekhmet, portanto, uma deusa temida devido ao seu grande poder, os egípcios constantemente buscavam agradar à deusa com festividades e oferendas, visto que como inimiga a deusa era implacável, trazendo doenças e pragas, mas, como amiga, curava doenças e afastava as pragas e protegia contra o Mal.Johny Alberto Monitor do Museu Egípcio.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

os olhos.

Os olhos foram feitos para ver coisas insólitas, fez-se a alma para gozar da alegria e do prazer. O coração foi destinado a embriagar-se na beleza do amigo ou na aflição da ausência. A meta do amor é voar até o firmamento, a do intelecto, desvendar as leis e o mundo. Para além das causas estão os mistérios, as maravilhas. Os olhos ficarão cegos quando virem que todas as coisas são apenas meios para o saber. O amante, difamado neste mundo por uma centena de acusações, receberá, no momento da união, cem títulos e nomes. Peregrinar nas areias do deserto nos exige suportar beber leite de camelo, ser pilhados por beduínos. Apaixonado, o peregrino beija a Pedra Negra ansioso por sentir mais uma vez o toque dos lábios do amigo e degustar como antes o seu beijo. Ó alma, não cunhes moedas com o ouro das palavras: o buscador é aquele que vai à própria mina de ouro. Rumi.

A Última Batalha por C.S. Lewis.

À luz de uma enorme fogueira crepitante, a última batalha de Nárnia está prestes a acontecer. O rei Tirian, ajudado corajosamente por Jill e Eustáquio, terá de enfrentar os cruéis calormanos, num combate que decidirá, finalmente, a luta entre as forças do bem e do mal. Mas, com tantas dúvidas e confusão ao redor, conseguirá o rei Tirian manter-se firme na hora mais negra de Nárnia? O título do livro já diz tudo; A Última Batalha está marcado como os momentos finais da linda e maravilhosa terra de Nárnia e dessa coleção. O país mágico nunca esteve tão negro e isso torna o início do livro tortuoso e difícil - não por ser ruim, mas pela grande maldade que reina Nárnia por parte dos próprios seres mágicos moradores de lá. Há injustiça e falta de fé - o que só machuca os amantes da terra de Aslam, o Grande Leão. Mas nada disso pode parar o leitor e quem já conheça a escrita de C.S. Lewis sabe que há algo preparado para o final. Anos e anos depois de o fim de A Cadeira de Prata, havia um macaco que não era dos melhores. Esse macaco fez algo imperdoável: com a ajuda de um amigo, ele se fez passar por Aslam, e é bem por aí que os maiores problemas da terra de Nárnia se iniciam. Neste último volume, temos as presenças principais voltadas novamente para os viajantes Eustáquio e Jill, ambos, como sempre, mais crescidos e amadurecidos. Sua volta ao país só os fazem se sentir renovados, fortes e mais esperançosos (pelo menos durante boas partes). Assim como os dois jovens, também nos deparamos com o rei Tirian, um ser de extrema honra e bondade. Estes três, com a ajuda de mais alguns seres, lutam incansadamente para a normalidade de Nárnia. Aqueles já acostumados com Lewis ainda se surpreenderão com A Última Batalha, encontrando queridos personagens do passado que voltam para alegrar este último volume. Lewis soube dar um grande gancho no final da estória e nossa apreensão aos mal tratos dos moradores de Nárnia por sua terra se torna algo estritamente pessoal. No último volume da coleção, há mais luta do que os seis livros anteriores. Tirian é um rei forte e com a ajuda de Eustáquio e Jill seu arsenal fica mais aprimorado. Eustáquio está mais corajoso e também vai a batalha junto á Jill - ambos personagens que se tornam protetores grandes de Nárnia. De todos os livros de séries e sagas, As Crônicas de Nárnia trás o final mais lindo que já li. O autor não deixa de sempre caracterizar em suas crônicas que tudo que há um início também existirá um fim - e assim o acontece. Lewis mistura os personagens do passado para criar um final inimaginável aos leitores. Ao mesmo tempo que é triste esse desfecho, o mesmo também é feliz. O autor termina a estória com vários fatos relacionados com a Bíblia onde só se conhecem a Terra de Aslam apenas aqueles que realmente são bons e apaixonados por ele e por Nárnia - Terra de Alam = Paraíso. Com estes personagens do passado, Lewis se torna mais magnífico por abordar o seu termo principal: "Devemos deixar nossa infância, mas nunca esquecê-lá".

Harry Potter e a Pedra Filosofal J. K. Rowling.

Harry Potter e a Pedra Filosofal J. K. Rowling. Harry Potter é a história de um menino britânico, órfão, que até os 10 anos de idade desconhecia sua identidade verdadeira, a de um bruxo. Após a morte de seus pais, fora deixado à porta da casa de seus tios para ser criado como um menino normal. Porém, eles nunca o trataram como um membro da família. Durante os 10 anos que permaneceu na casa, seu tratamento não foi nada familiar. Seus tios trouxas (assim chamado quem não era bruxo de acordo com a história) o trataram com indiferença e desprezo. Isso acontecia porque tia Petúnia sabia qual era o sangue que corria nas veias de Potter, o mesmo que causou tanto ciúme durante sua infância com sua irmã Lílian mãe de Harry . Para Petúnia, Lílian sempre fora vista como a mais especial. No dia de seu aniversário, 31 de julho, Harry recebeu uma carta, era de Hogwarts. A melhor escola de magia e bruxaria de todas, estava convidando-o para estudar lá! Apesar da dificuldade em lê-la, pois seu tio tentava esconder essa verdade a qualquer custo, com a ajuda de Rúbeo, além de ter o melhor aniversário de todos, ainda descobre que tudo que os Dursley lhe contaram sobre seus pais estava errado e até sobre si mesmo. Quando chega na nova escola faz grandes e novos amigos como Rony Weasley e Hermione Granger. Hogwarts é uma escola muito diferente. Sua construção é um castelo sombrio mas encantador, cercado de muito verde e um belo lago. O seu interior é cheio de escadarias, que adoram mudar de lugar. Durante o ano, os alunos hospedam-se em 4 torres na escola, sendo elas Lufa-Lufa, Convinal, Sonserina e Grifinória, essa última a de Harry e seus amigos. Essas casas dão nome a 4 times de um esporte que movimenta a escola durante o ano letivo, o quadribol. Esse é um esporte perigoso praticado com 4 bolas e estudantes voando em suas vassouras ( Harry logo é chamado para participar do time). Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, a trama se desenvolve quando Harry, Rony e Hermione descobrem uma preciosidade guardada em Hogwarts. Essa pedra foi criada pelo diretor da escola, Alvo Dumbledore e Nicolau Flamel, seu amigo. Ela tem o poder de transformar todo metal em ouro e ainda deixar qualquer pessoa imortal. Flamel e sua esposa já a usam sendo imortais e os meninos suspeitavam de que a Pedra Filosofal seria roubada por um dos professores da escola, Severo Snape. A suspeita se justifica por causa da aparência sempre sisuda e misteriosa desse professor perante os alunos. O oposto de Quirrell, professor simpático e amigável. Os três amigos resolvem impedir que a pedra caia em mãos erradas. Nessa missão, eles vivem grandes aventuras, e na última delas descobrem que, o até então querido Quirrell é o responsável por alguns estranhos acontecimentos e até mesmo pelo quase roubo da Pedra Filosofal impedido por Harry que fica frente a frente com seu arqui-inimigo Voldemort, que estando muito fraco, é derrotado pelo pequeno bruxo com a ajuda de Dumbledore. O desfecho da história se dá com a vitória da Grifinória na competição de casas de Hogwarts. Essa vitória é reforçada pelo mérito de quatro alunos dedicados, Hermione por sua inteligência, Rony por suas habilidades no xadrez, Harry por sua coragem e Neville Longbottom por tentar proteger seus 3 grandes amigos. Após a entrega dos prêmios, os alunos retornam às suas casas onde passam as férias com suas famílias.

Harry Potter e a Câmara Secreta de J. K. Rowling.

Harry Potter e a Câmara Secreta J. K. Rowling. No segundo livro da saga de Harry Potter, a história se inicia com o aniversário de Harry na casa dos Dursleys onde ele passava suas férias de verão. A situação lá não podia ser pior, pois, além de o tratarem como um estranho, não recebera carta de nenhum de seus amigos, mesmo no seu aniversário. A saudade de Hogwarts, sua escola, não parava de aumentar, lá era seu lar e não com os trouxas de seus tios. Trouxas são chamados no mundo mágico quem não era bruxo. Certa noite ele recebe uma visita de um elfo doméstico chamado Dobby que recolhu todas as cartas que seus amigos haviam lhe mandado. O elfo insistia para Harry não voltar a Hogwarts de modo algum, pois o perigo o aguardava. Harry não dá ouvidos a Dobby que, na intenção de proteger seu amigo bruxo, apronta uma confusão na casa dos Dusleys para que Harry seja culpado e não obtenha a permissão para voltar a escola. Todavia para a felicidade de Potter, seus amigos os irmãos Rony, Fred e Jorge Weasley aparecem para buscá-lo de carro voador. Na casa dos Weasleys, Harry passa suas melhores férias de verão. Quando Harry e Rony retornam a estação King’s Cross, onde pegariam o Expresso para Hogwarts, percebem que a passagem da plataforma 9 e meia foi fechada, Dobby ainda tentava impedir o menino a voltar para a escola. Sem muita opção, os meninos usam o carro do Sr. Weasley, pai de Rony, e voam para a escola. No retorno das aulas, tradicionalmente, os alunos de primeiro ano são selecionados para suas casas e recebidos pelos alunos mais velhos. Gina Weasley a única menina e a mais nova na família, como todos os Weasleys, é selecionada para a Grifinória, onde estão também Harry e Hermione. No decorrer do ano, os meninos percebem que uma coisa muito estranha estava acontecendo: pessoas foram petrificadas (incluindo a grande amiga de Harry e Rony, Hermione) e até mesmo o desaparecimento de Gina. A trama se dá em torno da descoberta de uma câmara secreta construída muitos anos atrás por Salazar Slytherin ( uma das pessoas que construiu a bela escola). Ele a construiu pois, ao contrario de seus amigos, ele achava que os filhos dos trouxas não poderiam estudar na escola. Nesse lugar, morava uma grande serpente, um basilísco: seu olhar direto poderia matar. Apenas o herdeiro de Slytherin poderia reabrir a Câmara, esse deveria ser um Ofidioglota (alguém que consegue falar na língua das cobras). Ela fora aberta 50 anos antes de Potter por um aluno chamado Tom Riddle, sua lembrança foi guardada em um diário onde Gina Weasley escrevia e conversava com Tom. O menino a usava para ganhar forças. Suas forças se recuperaram tão bem que ele, Riddle, deixou de ser uma lembrança e voltou à vida e esperava solenemente por Potter. Esse era seu objetivo pois não aceitava que um menino de apenas um ano conseguisse derrotar um bruxo tão poderoso, Lord Voldemort, o futuro de Riddle. Percebendo que Harry Potter podia falar na língua das cobras, ele e Rony (Hermione estava petrificada, por isso não podia acompanhá-los) abriram a Câmara Secreta e Harry encontrou Gina quase morta junto a Tom Riddle que o esperava com o basilísco. Mesmo estando em desvantagem, Harry, por nenhum momento, demostra medo e mantém sua fidelidade a Dumbledore, o sábio diretor da escola. Por isso, a fênix do diretor e o antigo Chapéu Seletor, trazendo uma espada, vieram ajudá-lo. Lutando bravamente até o fim, Harry consegue derrotá-los e trazer de volta Gina sã e salva.

As Crônicas de Nárnia, O leão, a feiticeira e o guarda-roupa - Clives Staples Lewis.

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA -O LEÃO, A FEITICEIRA E O GUARDA-ROUPA- Era uma vez quatro irmãos, duas meninas e dois meninos: Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia. Durante a guerra que aconteceu, em Londres onde moravam, as crianças foram mandados para morar na casa de um velho professor. Estavam brincando de esconde-esconde pela casa quando Lúcia, a mais nova, encontrou uma sala vazia, com apenas um guarda-roupa, e para se esconder, entrou nele. Sem perceber, foi parar em uma terra chamada Nárnia, que fica em outro mundo! Lá, conheceu um fauno (criatura típica de Nárnia) que lhe ensinou sobre aquele lugar e, lhe falou sobre a feiticeira branca malvada que condenou Nárnia para que sempre fosse inverno. Disse-lhe também sobre Aslan um leão bondoso e fiel que havia criado Nárnia. Quando Lúcia voltou para a Casa do Professor contou aos seus irmãos, que não acreditaram na sua história. Num outro dia, Edmundo (o segundo mais novo), entrou no guarda-roupa, da sala vazia, e quando chegou à Nárnia encontrou a feiticeira branca, e esta, pediu que trouxesse todos os seus irmãos, para que ela os matasse, mas Edmundo não sabia disso. Quando todos foram para Nárnia, Lúcia, Susana e Pedro fizeram muitos amigos, já Edmundo não pois, quando chegou a Nárnia foi aprisionado pela feiticeira. Todos os amigos que as duas meninas e o menino fizeram os ajudaram a salvar Edmundo. Agora, os quatro irmãos foram ao encontro de Aslan porque, para salvar Nárnia da ira da feiticeira teriam que matá-la, e Aslan os esperava com um exército. Com muitas dificuldades e com muita ajuda também conseguiram derrotar a feiticeira! Assim, Lúcia, Edmundo, Susana e Pedro se tornaram reis e rainhas de Nárnia. Passado um tempo, os irmãos já não eram mais crianças e sim adultos, e passando pelos campos de Nárnia encontraram um lugar que lhes parecera familiar, continuaram andando e abriram uma porta: todos caíram no chão e voltam a ser crianças! Ou seja: voltaram para casa!

As Crônicas de Nánia: O sobrinho do mago" - Clive Staples Lewis.

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA -O SOBRINHO DO MAGO- Polly e Digory eram duas crianças inglesas que eram vizinhos. Há muito tempo atrás, quando Polly conheceu Digory, a menina descobriu também que o tio do menino era louco! Os dois querendo saber mais sobre isso tentaram entrar em sua casa, na sala de pesquisas do tio André, para saber mais sobre isso. Quando chegaram lá, viram uma bandeja com muitos anéis amarelos e verdes. Os dois não estavam sozinhos na sala, pois tio André estava lá também, este ofereceu a Polly um anel amarelo e ela o aceitou, logo que o colocou ela sumiu! Digory querendo salvar a amiga, pegou um anel amarelo, que o fazia sumir, e dois verdes, que os faziam voltar. Após colocar o anel este viu-se em um lugar chamado Nárnia. Em Nárnia encontrou Polly e viram imediatamente um sino com uma frase muito convincente, e resolveram tocá-lo, após isso descobriram que tinham acordado uma antiga feiticeira do mal. Durante a história, a feiticeira percorre nosso mundo e tenta dominá-lo, mas Digory e Polly com a ajuda de Franco, seu cavalo Morango e sua esposa Helena, conseguem impedir a feiticeira de dominar nosso mundo, com isso o desejo da rainha é impedido e ela volta para seu mundo de origem. Quando tudo volta ao normal, Aslam, um leão muito fiel e sábio de Nárnia, vendo que em seu mundo não há ninguém, cria todos os animais, mas não qualquer animal, animais falantes e elege Helena e Franco como rei e rainha de Nárnia e entrega a Digory e Polly um fruto que pode curar qualquer pessoa. Assim, eles voltam para casa e Digory e Polly resolvem enterrar o fruto e os anéis mágicos no quintal do menino para que ninguém os encontre. No final, muito tempo depois, Digory faz um guarda-roupa com a árvore do fruto plantado, e, mesmo que este seja o fim desta história, é o começo de muitas outras.

As Crônicas de Nárnia, O Príncipe Caspian" - Clives Staples Lewis.

AS CRÔNICAS DE NÁRNIA - O PRÍNCIPE CASPIAN - Muitos anos se passaram em Nárnia desde o reinado dos quatro irmãos e os Teomarinos, agora, a tomaram! Não existia quase nenhum narniano em Nárnia. Caspian X, o príncipe de Nárnia dos Teomarinos estava fugindo pois seu tio Miraz queria seu trono. Caspian, para pedir ajuda, soprou a trompa de Susana que seu tutor havia conseguido encontrar. Quando Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia chegaram em Nárnia encontraram Cair Paravél, seu palácio, destruído. Após pegarem suas espadas e artefatos, salvaram Trumpkin, um anão narniano que já ficou amigo deles e durante a história ganha um apelido de Susana e Lúcia: N.C.A( N-nosso C-caro A-amiguinho). Quando os quatro humanos e Caspian se encontram conseguem um grande número de narnianos para formar um grande exército na guerra contra Miraz. Fizeram um ataque surpresa no palácio de Miraz, mas Caspian querendo saber se foi seu tio que matou seu pai, mudou totalmente os planos de ataque de Pedro, fazendo assim perderem muitos soldados e precisando recuar com o peso da derrota. Caspian tem então a ideia de fazer um duelo entre Pedro e Miraz. Como os narnianos sabiam que os Teomarinos não cumpririam com a palavra, mandaram Lúcia, a única que durante a história conseguia ver Aslan, para a floresta com esperança de conseguir ajuda do Leão. Pedro ganhou o duelo, mas os Teomarinos, achando que o menino havia roubado, iniciaram a guerra. Lúcia encontrou Aslan, que acordou as árvores, estas fizeram uma grande diferença na guerra e os Teomarinos recuaram para a ponte que estes construíram para atravessar o rio Beruna, mas Aslan fez com que o rio tivesse vida derrotando muitos soldados Teomarinos e os que restaram, se renderam. Por fim, Caspian se tornou rei de Nárnia, e como amava Susana e ela também o amava se beijaram na despedida. Pedro e Susana não podiam mais voltar a Nárnia pois já estavam grandes, Lúcia e Edmundo podiam. Finalmente todos voltaram para casa. PERSONAGENS. •Lúcia: Rainha de Nárnia; •Edmundo: Rei de Nárnia; •Pedro: Grande Rei de Nárnia, não poderá mais voltar à Nárnia; •Susana: Rainha de Nárnia, não poderá mais voltar a Nárnia; •Caspian X: Rei de Nárnia dos Teomarinos, e agora Rei oficial de Nárnia; •Trumpkin: Anão que não acreditava na antiga Nárnia até ver Aslan, amigo dos quatro irmãos; •Doutor Cornélios: Tutor de Caspian; •Aslan: Leão bondoso e fiel de Nárnia.