sábado, 13 de junho de 2015
"UMA BRINCADEIRA DE CRIANÇA".
Ouça o poeta Sanai,
que vivia recluso:
"Não erra pelas estradas
em teu êxtase. Dorme na taverna."
Quando um bêbado cai na rua,
as crianças riem dele.
Se cai na lama.
Ele segue qualquer e todas as estradas.
As crianças seguem,
sem conhecer o gosto do vinho, ou como
sente sua bebedeira. Todas as pessoas no planeta
sã crianças, exceto uns poucos.
Ninguém é adulto exceto aqueles livres do desejo.
Deus disse,
"O mundo é um jogo, um jogo de crianças,
e vós sois as crianças."
Deus fala a verdade.
Se tu não deixastes a brincadeira de criança,
como podes ser um adulto?
Sem pureza de espírito,
se ainda estás em meio à luxúria e à ganância
e outros quereres, és como crianças
brincando de sexo.
Elas lutam e se esfregam, mas não é sexo!
O mesmo com as lutas da humanidade.
É uma disputinha de espadas de brinquedo.
Sem finalidade, totalmente fútil.
Como crianças em cavalinhos-de-pau, os soldados afirmam cavalgar
Boraq, o cavalo-da-noite de Maomé, ou Duldul, sua mula.
Tuas ações não significam nada, o sexo e a guerra de que participas.
Estás segurando as calças e dançando,
Dun-da-dun, dun-da-dun.
Não espere a morte para descobrir isto.
Reconheça que a tua imaginação, o teu pensamento
e os teus sentidos são bambus
que as crianças cortam e fingem que são cavalinhos.
O conhecimento dos amantes místicos é diferente.
As ciências empíricas, sensoriais,
são como um asno carregado de livros,
ou como a maquiagem da mulher.
Sai com água.
Mas se tu carregas a bagagem corretamente, te dará alegria.
Não carrega a tua carga de conhecimentos por alguma razão egoísta.
Nega teus desejos e vontades,
e uma montaria verdadeira surgira sob você.
Não fique satisfeito com o nome de HU,
com apenas palavras a respeito.
Experimente aquela respiração.
dos livros e das palavras surge a fantasia,
e as vezes, da fantasia vêm a união. rumi.
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