Tu que não tem cor
Nem imagem
Nem sentimento
Que é dona do tempo
Que faz da vida
Tua mais louca sobrevivência
Que cala corajosa
Tão inoportuna que não
Escolhe vítimas
E em alguns, mutila
Os sonhos
Não tem pernas
Nem mesmo olhos
Tão covarde
Quanto tua idade
Tua virtude é o silêncio
Que faz dos sábios homens
Bobos do tempo
Tuas armas
Estão nas mãos dos homens
E num sonho de liberdade
Tu dás mais golpes
Sei que eu vou ser
Mais uma vítima
E esse mesquinho tempo
Deixa-te mais sábia
Que o homem
O mundo acaba
Exatamente à ação tua
Hei homem tu não podes
Com a morte
Pois ela é enigma dos mortais.
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