segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O ANJO E A TEMPESTADE.


Um trovão retumbante ecoou pelo firmamento
Trazendo consigo mensagens de flagelo e destruição.
O desespero tomou conta do pequeno vilarejo.
Seus habitantes, pegos de surpresa, precipitaram-se.
Os ventos tornaram-se cada vez mais fortes...

Os nobres trancaram-se em seus castelos
Enquanto a plebe disputava espaço em choupanas.
O trovão rugia ameaçadoramente
Apavorando até mesmo o mais valente dos aldeões.

Os tementes suplicaram aos céus por misericórdia;
Crianças, sem mácula, jaziam estáticas de pavor.
O céu escureceu engolindo a claridade,
As trevas e a escuridão uniram-se pelo mesmo objetivo.

Não se encontrava um só profeta,
Nem mesmo um cético,
Apenas futuras vítimas do imutável Armagedon.

Subitamente um anjo apareceu
E tocando sua trombeta
A terrível ameaça fez desaparecer.
Um grito de louvor foi ouvido por todas as nações.

Não pronunciando uma só palavra
O anjo novamente tocou sua trombeta:
Desta vez, versos caíram
Umidecendo de humildade orgulhosos corações.

Poesias cheias de esperança e salvação
Sopraram sonetos
Carregados de amor e afeição...

E nesse milagroso momento,
Eis que nobres e aldeões se abraçaram,
Sem orgulho ou submissão,
Nas ruas, nos bosques,
Nas choupanas e castelos
Agora sem divisão.
A. Troyan

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