sábado, 5 de setembro de 2009

EROS E PSIQUÊ.


Os personagens da mitologia greco-romana vêm encantando a humanidade há séculos, aparecendo nos dias de hoje, com muita assiduidade, nas campanhas publicitárias que ditam a moda e cativam o público, porque ativam a energia das pessoas.
Um dos mitos de mais destaque neste final de milênio é Eros, o deus do amor, conhecido em Roma como Cupido. Na Alexandria era representado pela figura de um menino alado, com uma flecha que incendiava os corações. Atualmente está sempre presente, representado nas cenas de amor, do primeiro encontro ao grande final.

A história de Eros está ligada à de Psiqué, como nos conta Apuleio, em sua obra Metamorfoses.
Psiqué (a Alma) era uma das três filhas de um rei, todas belíssimas e capazes de despertar tanta admiração que muitos vinham de longe só para vê-las. Alvos de tanta atenção, logo as duas irmãs de Psiqué se casaram. Ela, no entanto, sendo ainda mais bela que as irmãs, além de extremamente graciosa, não conseguia um marido para si, pois todos temiam tamanha beleza. Desorientados, os pais de Psiqué buscaram ajuda através de um oráculo, que os instruiu a vestir Psiqué com as roupas destinadas a seu casamento, e deixá-la no alto de um rochedo, onde um monstro horrível viria buscá-la.
Mesmo sentindo-se pesarosos pelo destino da filha, os pais de Psiqué seguiram as instruções recebidas, conduzindo-a para o alto de uma montanha, onde a deixaram. Logo após começou a soprar um vento muito forte, e Psiqué foi carregada pelos ares, sendo depositada, depois de algum tempo, no fundo de um vale. Exausta, Psiqué adormeceu profundamente. Quando acordou viu-se em frente de um palácio de ouro e mármore. Entrou, e ficou maravilhada com tudo que viu. As portas abriram-se para ela e vozes sussurravam-lhe tudo que queria e precisava saber, apresentando-se como escravas que ali estavam para servi-la. Ao anoitecer Psiqué sentiu junto de si uma presença, que só podia ser, e era, o esposo de que falara o oráculo. Este lhe explicou quem era, mas advertiu-a de que jamais poderia vê-lo, pois isso significaria perdê-lo para sempre. Assim passou a decorrer a vida de Psiqué. Ficava só durante o dia,ouvindo aquelas vozes que a serviam; à noite tinha a companhia do esposo, que se revelara extremamente terno e carinhoso.

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