sábado, 5 de setembro de 2009
Afrodite, deusa do amor.
Havia uma grande excitação na corte de Zeus, porque a sua esposa Hera ia ter outro filho. Zeus previra que ia ser um rapaz e já lhe escolhera o nome de Hefesto.
E, quando o rapaz nasceu, era horrível e aleijado. A deusa mal viu o filho agarrou nele por uma das pernas e atirou-o do alto do Olimpo.
Ele foi caindo em direção às montanhas da Terra. Mas, por sorte, havia um braço de mar no sítio onde se despenhou, e duas nereidas, Tétis e Eurínome, receberam-no e cuidaram muito bem dele.
Passaram-se os anos, e Hefesto tornou-se exímio em trabalhos artísticos de ferro e outros metais. Tétis arranjou-lhe uma forja e uma oficina numa gruta debaixo do mar, e o deus trabalhava ali, fabricando toda a espécie de objetos de metal e de jóias delicadas.
E, certo dia, Tétis vestiu-se com os seus mais lindos vestidos e pôs um colar que Hefesto tinha feito para ela.
Hera chamou-a imediatamente de parte e perguntou-lhe quem era o artista que tinha feito coisa tão fabulosa.
A pobre Tétis fez os possíveis por não dizer, mas Hera não desistiu. Por fim a deusa teve que confessar que o joalheiro não era senão o filho desprezado de Hera.
- Então manda-o imediatamente à minha presença - ordenou Hera.
Conforme Tétis suspeitara, Hefesto recusou-se a abandonar a sua forja no fundo do oceano. Não se tinha esquecido nem perdoara a Hera o seu procedimento descaroável. Apesar disso, começou imediatamente a trabalhar numa prenda para lhe oferecer: um lindo cadeirão de ouro lavrado, que Hera aceitou como oferta de paz, convencida de que em breve ele voltaria para junto de si.
Hera sentou-se orgulhosamente no seu novo trono, gabando-se da habilidade do filho. Só quando tentou levantar-se verificou que não conseguia sair dali.
- Hefesto tem que vir libertar-me - ordenou ela. - Não consinto em ser vexada desta maneira pelo meu próprio filho.
Zeus mandou primeiro mensageiros, e depois até mesmo alguns deuses para falarem com Hefesto, mas o deus das forjas manteve-se firme. Finalmente, o próprio irmão de Hefesto, Dioniso, conseguiu entontecê-lo com vinho e convenceu-o a abandonar o mar e regressar ao Olimpo.
Quando lá chegou, Hefesto libertou Hera do seu trono e, em troca, a rainha dos deuses mandou fazer para ele uma forja magnífica, cavada na encosta de uma montanha. Hefesto possuía agora tudo o que ambicionava, menos uma coisa: uma esposa. Como símbolo de reconciliação final, Hera prometeu-lhe a mão de Afrodite, a deusa do amor.
Hefesto estava encantado com a idéia de casar com Afrodite, a mais linda mulher do Mundo.
Para os Gregos antigos, Afrodite era o símbolo de tudo quanto era belo e desejável, e a própria deusa do amor. A estranha história da sua origem remonta à Idade dos Titãs, quando Crono combateu e matou o pai Urano com uma foice. O corpo desmembrado de Urano foi precipitado no mar, e em volta as ondas fervilharam lançando uma coluna de espuma. No centro desta coluna apareceu a mais encantadora ninfa do mar, Afrodite.
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