Levou-a para Cítera, uma ilha nas costas da Lacónia. Poséidon contava guardar Afrodite para ele, mas a notícia da sua extrema beleza chegou aos ouvidos de Zeus, que a levou para o Olimpo.
Embora a sua beleza bastasse para fascinar todos os que a viam, Afrodite usava um cinto mágico que tinha o poder de fazer com que todos os homens a amassem. E, de fato, todos os deuses caíram no seu feitiço.
Poséidon achou que tinha mais direitos do que todos os outros, por ser ele quem a tinha descoberto no seu reino. E, levantando o tridente, desencadeou uma tempestade que pôs o mar em fúria.
Hermes prometeu levar Afrodite a dar a volta ao Mundo num carro dourado. Apolo também tentou convencê-la, cantando-lhe uma canção de amor. Mas Afrodite não deu atenção a nenhum, porque esperava arranjar um deus mais belo e mais poderoso ainda do que os outros que a perseguiam tão ansiosamente.
Mas de fato não teve oportunidade de escolher, porque Hera decidira casá-la com Hefesto, quando viu os olhos de Zeus brilharem de amor pela jovem deusa.
Hefesto ficou louco de alegria, mas todos os outros olharam para a cara de Afrodite quando ela encontrou pela primeira vez o pobre aleijado que ia ser seu marido.
Mas Afrodite ficou calma, e abraçou Hefesto.
Conforme era de esperar, o casamento da deusa do amor não foi fácil. Depressa se viu que ela preferia a companhia dos outros homens à do marido, e chegou aos ouvidos de Hefesto que a mulher passava a maior parte do tempo com o impetuoso Ares.
Então Hefesto fabricou uma rede de arame de bronze tão fina que era quase invisível, mas mais forte do que feita de mil cordas. Quando a acabou disse a Afrodite que ia para fora durante alguns dias. Depois introduziu-se em segredo em casa de Ares e pendurou a rede entre as cortinas da cama do deus da guerra. Despediu-se de Afrodite, como se fosse para uma grande viagem, mas depois de andar uma ou duas milhas voltou para trás e escondeu-se debaixo da cama de Ares.
Nessa noite Afrodite foi a casa do deus da guerra, e a armadilha de Hefesto funcionou como ele esperava. Quando os apanhou abraçados, puxou por um fio de bronze, que fez a rede cair sobre eles. E, apesar de lutarem e puxarem pelos arames, não houve possibilidade de escaparem.
E ali ficaram, apanhados como dois pássaros. Depressa os outros deuses souberam o que tinha acontecido, e ao princípio acharam muita graça, mas depois as deusas ficaram muito chocadas com a atitude de Afrodite.
Todavia, Hefesto estava disposto a libertá-los, mas não sem que Ares lhe desse uma compensação. Moedas de ouro, espadas e escudos preciosos, e os despojos de cem batalhas foram guardados num buraco feito na montanha, e ali ficaram para todo o sempre.
E o ridículo foi castigo suficiente para Ares. Mas Afrodite não se importou muito. Afinal era a deusa do amor e não estava no seu feitio ficar sossegada muito tempo.
Quando havia alguma festa, Afrodite era sempre convidada. Um dia assistiu ao casamento de Tétis, uma das nereidas que tinham tratado de Hefesto em criança. Tétis casava-se com um mortal, o rei Peleu da Ftiótida.
No meio do festim, Éris, uma das deusas convidadas, atirou ao chão uma maçã de ouro. E na casca da maçã estava gravada esta frase: <
E pouco tempo depois, Páris apaixonou-se loucamente por Helena, filha de Zeus, casada com Menelau. Com a ajuda de Afrodite conseguiu raptar Helena e levá-la para Tróia. A história da prolongada guerra que se seguiu quando os Gregos tentaram recuperar Helena.
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