sábado, 3 de outubro de 2009

LEIS DE TRÍADES.


Leis das Almas

O princípio espiritual que nos anima precisa descer a matéria (encarnação) para se individualizar, para constituir e depois desenvolver, por um moroso trabalho secular, suas faculdades latentes e o eu consciente. De degrau em degrau, esse princípio engendra para si organismos apropriados às necessidades de sua evolução, formas perecíveis que abandona ao cabo de cada existência (morte física), como trajo usado, para buscar outras mais belas, melhor adaptadas às exigências de suas tarefas, cuja importância cresce de uma para outra.
Enquanto lhe dura a ascensão, ele se mantém solidário com o meio em que ocupa, preso aos seus semelhantes por seretas afinidades, concorrendo para o progresso de todos, ao mesmo tempo que para o seu próprio progresso, todos trabalham.
Passa de vida em vida, pelo crisol da humanidade, sempre mais amplo, sempre diversos, a fim de adquirir virtudes, conhecimentos, novas qualidades. Quando auferiu de um modo tudo o que lhe ele podia dar em ciência e em sabedoria, eleva-se ao convívio de melhores sociedades (mundos mais elevados), a esferas mais bem aquinhoadas, arrastando consigo todos aqueles a quem ama.

Tais são os princípios básicos da filosofia druídica:

Em primeira linha, a unidade de Deus. O Deus dos Celtas tinha por templo o infinito dos espaços, ou as guaridas misteriosas dos grandes bosques e era, acima de tudo, força, vida, amor. Os mundos que marchetam as regiões etéreas são as estações das almas, na ascensão para o bem, através de vidas sempre renascentes, vidas cada vez mais belas e felizes, segundo os méritos adquiridos. Íntima comunhão une os vivos da Terra aos defuntos invisíveis, mas presentes. Este preceito enriquece o espírito de superiores noções sobre o progresso e a liberdade. Graças a ele, o Celta introduziu no mundo o gosto pelo ideal, coisa que jamais conheceu o Romano, amante das realidades positivas. O Celta é inclinado às noções nobres e generosas. Da guerra, aprecia a glória, não o proveito. Pratica a abnegação, despreza o medo, desafia a morte.
do livro "Joana D'Arc"
de Léon Denis

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