sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ordem de Hermes.


Avó das Tradições, místicos sem iguais, detentores das chaves do Paraíso — a Ordem de Hermes clama muitos títulos. Sejam estas afirmações são verdadeiras ou hubris, a Ordem doou mais às Tradições, tutorou mais Arquimagos e criou mais teorias mágicas codificadas do que qualquer outro grupo dentro do Conselho. Estes artífices da vontade formalizados orgulhosamente se posicionam por suas realizações como altos feiticeiros, mestres de ritual e feitiços, sábios de grande renome e hábeis construtores de artefatos e Capelas. Apesar disso sua unidade esconde poderosas intrigas políticas. Seu apogeu se foi, varrido com os mitos do passado. Suas Capelas mais poderosas estão destruídas. Seus novos Iniciados abandonam os antigos códigos em favor de novos caminhos. A Ordem sobreviveu por séculos através de sua intensidade e dedicação, mas o novo milênio pode seu sinal de morte — ou de seu renascimento.

Antecedente
Historiadores herméticos escrevem tomos e dissertações inteiras a respeito da formação da Ordem. A maioria concorda que as raízes Herméticas nasceram no antigo Egito, onde a magia nativa e a Cabala Judaica se fundiram numa mística poderosa e numa precisão matemática. Os únicos sacerdotes-feiticeiros da era na Suméria, Babilônia e Egito plantaram as sementes do misticismo com escrita e linguagem. A magia dos símbolos e de seus significados levou para dentro da consciência humana um novo modo de olhar para o universo, um meio de unir e transformar idéias separadas. Os historiadores da Ordem apontam para um par de Arquimagos como a inspiração por trás de Thoth, deus Egípcio da sabedoria, mais tarde chamado de “Hermes Trismegistus” ou Hermes Três-Vezes-Grande pelos Gregos, de quem a Ordem tirou seu nome.
Das raízes Egípcias, a idéia de cultos misteriosos se espalhou através da Grécia e do Mediterrâneo. Escritos de pensadores como Salomão e Pitágoras infundiam uma combinação de misticismo e precisão nos trabalhos mágicos de vários grupos. Hermes, como um símbolo de comunicação, conhecimento e viagem e boa fortuna, serviu como um patrono popular para tais círculos. Os ideais Thothianos e Herméticos permaneceram dispersos como sociedades alternativas por vários séculos, ocasionalmente emergindo na consciência de grandes filósofos como Platão. A grande virada veio em 332 a.C. com a unificação da maior parte da Pérsia, Grécia e Egito por Alexandre. Deste Império, a viagem e comunicação permitiram a justaposição de vários tipos de Cabalas, Gnosticismos e religiões Persas, criando a primeira combinação reconhecida como uma parte verdadeira da Tradição Hermética.
Mesmo através do declínio da civilização Helenística, a queda de Roma e similares catástrofes da civilização, a Ordem Hermética teve sucesso. Textos poderosos codificaram alquimia, numerologia, teologia e magia simpática. O Culto de Mercúrio (versão romana de Hermes) realizou magias poderosas em conjunto e espalhou os ideais Herméticos pela nata da sociedade intelectual.
Eventualmente, a Ordem de Hermes se uniu sob a direção de Trianoma e Bonisagus. Estes fundadores, um político lendário e um pesquisador se uniram para viajar pela Europa reunindo praticantes dos ideais Mercúricos e Herméticos. A habilidade diplomática de Trianoma conquistou muitos adeptos para o grupo, enquanto que a revolucionária parma mágica (escudo contra magia) de Bonisagus permitia que artífices independentes suspeitosos se encontrassem com relativa segurança. Estes líderes mais tarde se tornaram os Primi, fundadores das maiores Casas da Ordem, passando adiante seus estilos mágicos e tradições através de seus aprendizes. A partir dessas linhagens, a Ordem se cristalizou como uma unidade política única, com cada Casa contribuindo e competindo numa sociedade mágica sob a codificação revolucionária de Bonisagus de sua Grande Arte.
Pelos séculos seguintes, a Ordem experimentou grandes triunfos e derrotas. A Idade das Trevas viu seu auge como conselheiros e místicos protegidos da sociedade e sutilmente influenciando-a. No entanto, seu Grande Experimento acabou em disputas internas, elitismo e um consistente interesse por Infernalismo. Ainda assim, a Ordem se reestruturara, se expandira e adicionara novos grupos mágicos constantemente. Velhas Casas caíram ou foram afastadas. A Druídica Diedne foi destruída sob acusações de que a Casa inteira tinha sido corrompida por demônios. Seus acusadores, os Tremere, mais tarde abraçaram o vampirismo. A Ordem da Razão, em contraparte ao misticismo de Hermes, derrubou muitas cabalas e Capelas Herméticas, mas a Ordem respondeu utilizando seus incríveis recursos e apoios para dar à luz a formação do Conselho das Tradições. A Ordem levou ao reconhecimento das Esferas como o sistema de estudo mágico inter-Tradicional, mas também acabou afastada de sua proeminência desejada dentro do Conselho inexperiente. A Renascença trouxe novas idéias para a Ordem, mas definitivamente indicou seu colapso com uma força pública entre a humanidade. A destruição de muitos bastiões da Ordem forçou os Herméticos a se retirarem da visibilidade diária, até serem eventualmente apagados das páginas da história pela Tecnocracia.
Através de influência sutil, a Ordem se esforça hoje para introduzir misticismo e segredos da Arte menores na sociedade em massa. Embora longe de um sucesso completo, este projeto ainda produz uma surpreendente quantia de tempo para manobras, especialmente à medida que impressões em massa de trabalhos Herméticos se tornam disponíveis. Pode ser muito tarde para este projeto fazer algo de bom, apesar de tudo. Com a queda de Doissetep, a destruição de Concórdia e a morte ou exílio involuntário da maioria dos grandes Mestres, a Ordem encontra seus professores tradicionais e estruturas ameaçados. Aprendizados que dificilmente seriam contados como Discípulos agora devem treinar Aprendizes com seu conhecimento rudimentar e parcial. Segredos antigos, cuidadosamente acumulados estão perdidos para sempre em muitos casos, enquanto que itens mágicos e poderosos patronos foram destruídos ou trancados pra fora além da Película hostil. Os sobreviventes na Terra só podem esperar lembrarem de seus ensinamentos e aprenderem tudo que eles podem. A Ordem sobreviverá, mas ela pode não ser a mesma Ordem que um dia ela foi.

Organização
A Ordem de Hermes é, sem dúvida, a mais rigidamente hierárquica das Tradições. Os Iniciados e Aprendizes devem servir sob um mentor, que ensina as bases da teoria e prática mágica. Depois de um aprendizado cansativo (tradicionalmente, até sete anos, mas geralmente reduzido com o auge do mundo moderno), o suplicante faz um desafio por reconhecimento como um magus pleno — um desafio que pode terminar com um retorno ao aprendizado, ou até com a morte. Uma vez aceito, cada mago tem seu próprio selo, um símbolo das realizações do indivíduo. Embora todos magos tenham teoricamente a autoridade de votar nas reuniões Herméticas, a política acontece no ritmo estabelecido pelos Mestres e pelos ambiciosos. Mais de uma vez, a alavanca política colocou de lado o crescimento moral ou material. Cada degrau na escada da Ordem revela mistérios maiores, mas também torna o estudante mais endividado com a Tradição como um todo. Aqueles que atingem o nível de Mestre são enaltecidos pela sua posição elevada e recebem respeito devido aos seus poderes, mas eles também podem considerar ganharem vários oponentes políticos. Espera-se que cada Mestre, em troca, recrute e treine um novo aprendiz ou conjunto de aprendizes. O ciclo continua, com membros doutrinados nos segredos da Ordem, mas ficando cada vez mais enrolados em conflitos internos.
A Ordem de Hermes detalhou um código de conduta que estabelecem as bases dos comportamentos mágicos internos. Entre outras coisas, os magos Herméticos consideram que os santuários são invioláveis, eles estão proibidos de fazer espionagem mágica em outros Herméticos, espera-se que eles treinem pelo menos um aprendiz, e eles estão proibidos de negociar com entidades Infernais. É claro, todas essas regras são dobradas por um simples axioma: Não seja pego. Corrupções de muitos tipos são abundantes dentro da Ordem. Quebrar as regras não é tão penalizável quanto quebrar as regras de um modo politicamente inaceitável.
Entretanto, os negócios podem mudar muito em breve na Ordem. Com a falta de professores experientes e Mestres na Terra, os novos magos devem aprender com o conhecimento geralmente fragmentado dos Discípulos remanescentes. Cortados do apoio tradicional, as facções políticas não têm escolha senão porem de lado suas diferenças ou serem extintos numa fogueira de glória. A Ordem acha que não tem escolha à não ser reunir-se, e seus muitos membros estão criando para si mesmos uma nova visão da Tradição.Wikepédia

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