contos sol e lua

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Lâmina do Imortal.


Blade -
Conrad Editora
Agora é a hora de lançar produtos ligados a samurais - um blockbuster(bom ou ruim, não é o caso) estrelado por Tom Cruise é, por si só, retaguarda mercadológica para garantir o sucesso de qualquer produto do gênero. E nada mais apropriado que um mangá. Afinal, um dos precussores do quadrinho japonês no Brasil foi justamente Lobo Solitário, um clássico do estilo.
A escolha de Blade foi muito acertada: embora aborde um tema já bastante explorado no mangá (a ponto de levar a pecha de "faroeste oriental"), o gibi o faz introduzindo elementos próprios. Tais desvios vão desde homenagens a bandas ocidentais como Sex Pistols e Black Sabbath até a adaptação do estereótipo "anti-herói", em contraposição ao detalhismo histórico e aos códigos de honra, tão comuns em outras obras.
Claro, nem tudo isso salta aos olhos do leitor ocidental, salvo aquele que já tenha lido muito mangá de samurai. Mas quem não é tão veterano também deve gostar, já que os elementos "clássicos" também estão muito bem explorados. A simbologia exige interpretação fora do contexto ocidental(só para se ter uma idéia: o personagem "do bem" usa uma suástica). Felizmente a Conrad fez o costumeiro bom trabalho de adaptação.
A atitude macabra dos personagens, a narrativa mais aprofundada, a arte, enfim, todos os elementos que constituem um bom mangá de samurai estão presentes.

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