quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sopro das Trevas.


A morte bate a porta dos meus sonhos todos os dias

Sinto seus dedos frios me tocar

E o sopro do seu chamado em meus ouvidos

Convidando-me para com ela partir

Os meus pesadelos eternos

Dizem-me sempre

Qual o caminho certo a seguir.



Minhas lágrimas sanguíneas

Minhas gotas divinas

De sangue derramado

Doce e desejado.

Minha vida morta

Minha vitória sem glória

Meus pensamentos que vivem

Em função da morte e do passado.



Espera constante

Por um pesadelo distante

Que nunca chega próximo da realidade

Que sempre negam as verdades

Escondidas na pedra de gelo

Que tenho no lugar do coração

Que nunca sonham por mim

Que deixam que eu chore assim

Que nunca me dão perdão.



Gritos abafados

No silêncio da noite

Na véspera da morte

Que vem do sul, do norte;

De um inferno em chamas

De uma glória infâmia

De viver e ao mesmo tempo morrer

Gritos que soam como suspiros

Que suspiram esperando e desejando

Um sopro que venha das trevas,

A morte digna pela qual se espera.
Daniely Melo.

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