quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rosas.


Meu campo está cheio de rosas em botões.

E espinhos existem mais do que as pedras no chão.

Não tenho como colher as rosas,

Pois meus pés não agüentam

A dor das pontas das pedras.

E mesmo se suportasse,

Eu não poderia pegar as rosas.

Os espinhos são grandes, afiados

E estão por toda parte

Mesmo sem exitar aos espinhos em minha carne,

Colheria somente botões.

Não adiantaria deixá-las na roseira,

Pois a gelidade da noite de ventos tempestuosos

Quebrariam as rosas e nunca desabrochariam,

E ali morreriam

E vão secar com o sol tórrido

Do dia abafado.

E nunca mais existirão rosas de nenhuma cor,

Pois só ali, naquela parte do meu coração

Elas foram cultivadas.

Os sofrimentos e as angústias

Fizeram a vida

Querer se extinguir em mim.

Então, não preciso mais viver,

E nem as rosas dentro de mim.
Cláudia E. W. Rigo.

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